Ducado do Belo-Mar
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Margarita Martinez
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Batendo as pedras até sair faísca Empty Batendo as pedras até sair faísca

Sex Out 16, 2020 9:55 pm
A expressão de surpresa traz a tona um sorriso que puxa um respiro da cabrita, que fecha os olhos por um instante para sorver aquele pequeno som doce.

Sorri. O sorriso vem ainda tímido.

É puxada para um abraço quente, seguro. Ainda nos braços do Grande Sátiro, Marga passa os braços pela cintura de João Sem Nome, desliza as mãos por suas costas e retribui o abraço.

"- Quando me tocou os lábios, vi que era geniosa. Não era minha boca que ela queria. Que bom que ela conseguiu voltar."

Despede-se dos nobres com uma reverência. À Pés Escuros estende a reverência com um sorriso:

"- Até mais, meus amigos. Sabem como me encontrar."

Após a dispensa do Duque, enlaça o braço no de João e começam a andar.

O pequeno sorriso de aconchego se emudece novamente. Seus grandes olhos cinzentos parecem muito longe quando a resposta sai dos seus lábios.

"- É uma das coisas que sinto falta também. Mas o que mais me faz falta é o sorriso..."

Enquanto saem do lugar e seguem caminho, olha para ele com muito pesar.

"- Vamos n'O Bode, sim. Mas te digo com muita tristeza: ela não estará lá. Nunca mais estará."

Seu coração bate rápido como alguém que bate pedras para acender uma fogueira salvadora num frio muito grande.

Tudo que precisa para o fogo é de uma faísca, mas parece que não importa o quanto tente, sempre está tudo úmido demais pra acender a primeira chama.
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Batendo as pedras até sair faísca Empty Re: Batendo as pedras até sair faísca

Sex Out 23, 2020 9:44 am
João Sem-Nome então para, suspira fundo e fala:

" - Me conta no caminho, apesar de já imaginar o que aconteceu. Você sabia que tinha uma profecia feita para ela de que sua vida terminaria depois que ela ensinasse a última Sátiro do outono? Duvido que ela tenha dito isso, ela era boa demais pra falar qualquer coisa. Principalmente pra você, a última Sátiro do Outono."

Marga sabia que os tempos atuais eram considerados o Outono, porém agora o outono tinha terminado.

Os dois pegam um Uber em direção ao Bode e chegam na porta dele. Marga já conhecia bem o bar de Alana, que agora era gerido por Fabíola, a prima da dona e uma Kinain bastante conhecida. O Bode era famoso por aceitar todo o tipo de pessoas e tinha um aspecto bastante boêmio de boteco na Lapa. Na entrada tinham algumas mesas na calçada. Dentro um grande balcão com uma carne assada de alguns dias na vitrine e alguns ovos de diferentes cores. Haviam também algumas mesas do lado de dentro.

No final do bar, havia uma porta que levava para um grande salão com 3 mesas de sinuca e mais algumas mesas, geralmente os Kithain ficavam por lá.
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Batendo as pedras até sair faísca Empty Re: Batendo as pedras até sair faísca

Sáb Out 24, 2020 1:16 pm
*Profecia?*

Parece que o mundo inteiro havia girado, mas ela, continuava ali. Um arrepio percorre todo o corpo de Marga, passando de repente pelos seus braços e subindo até a nuca que João segurara no abraço. Ele, que há pouco tempo lhe trouxera a segurança que precisava, com uma frase jogava a negra àquele vento frio que afastava o outono anunciando o inverno.

"- A última Sátiro do Outono..."

Balbucia enquanto lembra de seu treinamento para se entender como Sátiro. Alana não estava muito presente para lhe treinar nas artes ou no que a Corte lhe exigiria. Seus olhos seguram uma raiva profunda que começa a querer afogar seus olhos cinzentos.

"- Se a profecia dizia que ela morreria quando ensinasse a última Sátiro do Outono, eu não aprendi tudo! Não deveria ter acontecido! A profecia errou!"

As pedras se batem, mas o vento frio não deixa as faíscas acenderem o fogo.

Seu coração bate depressa quando seus momentos com a Ruiva começam a invadir sua mente.

"A profecia errou!" - Ela balbucia baixo.

Alana era ausente no treinamento, era distante! Mas estava lá quando ao romper a Crisálida, Marga não sabia o que fazer. Ela que disse que seus pensamentos não eram errados. Ela que esclareceu que seu jeito de amar era apenas seu jeito de amar. A Ruiva estava lá no porre. Nas festas. no fundo do poço. Nas nuvens. Na euforia. Nas lágrimas. No gozo. Nos sorrisos. No seu amor pelas bebidas, pela arte, pela música, pelos livros, por si, por ela...

E isto não era tudo que precisava saber?

Aprender que amar não é errado e que devemos nos permitir amar sem culpa.

Que o amor não prende, que o amor liberta.

"Não... A profecia estava certa... Ela me ensinou tudo que realmente importa. Eu só não queria que ela fosse embora..."

Marga começa a chorar. Após alguns instantes, tenta se recompor um pouco.

"- No dia de meu nome..." - Ela começa.

"- Ela disse que queria me deixar pronta porque não sabia até quando estaria comigo. O Duque Keldrian veio aO Bode e nos levou para um bosque onde havia uma festa ao longe. Por ali mesmo uma batalha começou. Enquanto eu sabia de mim mesma, o Duque e ela foram em direção à confusão. Me mandaram fugir, mas eu não consegui, corri com tudo que tinha para o campo de batalha. O Duque lutava contra um lobo de gelo e a Ruiva lutava lado a lado com outros Kithain."

Lembra do Eshu que lutava junto com Alana. Quando sua mentora deu a vida por ele um laço foi criado, herança daquele sacrifício, mas ele nunca saberia.

"Ali ela foi morta a Ferro Frio. Seu corpo mortal caiu e nada mais dela restou que não a lembrança. Ali recebi a alcunha de Mãos da Vingança."

O Uber chega e eles vão em direção à Lapa. Marga se mantém em silêncio no caminho, olhando o mundo passar pela janela.

Avistam O Bode. Que saudades daquele lugar...

Respira fundo, dá o braço para João e se encaminha para o final do bar, perto das sinucas. Busca Fabíola com o olhar.
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Sáb Out 24, 2020 2:19 pm
Havia algumas mesas perto das mesas de sinuca e João Sem-Nome senta em uma das cadeiras e aponta para que a sátiro se sentasse.

" - Profecias não costumam falhar, no máximo elas acontecem de uma forma que a gente não esperava... Pelo menos ela se foi lutando.. E no dia do seu nome... É uma pena você não ter visto como era o Império do Crepúsculo antes, nunca tivemos uma vida fácil por aqui, mas pelo menos por um tempo o Império floresceu e havia certa paz.

Sua expressão muda um pouco, exibindo um pouco de raiva.

" - Mas a ignorância, a loucura e o apego ao poder acabam falando mais alto e uma porra de uma Imperatriz se declara a única Imperatriz quando devia ser um Triunvirato. E o pior, voltamos à estaca zero quando cada Reino se fechou para suas próprias mesquinharias e intrigas de corte. Eles vão ruir com o peso da sua própria arrogância. Estamos sozinhos Alana, o Ducado, pelo menos nessas regiões parece ser a última resistência contra isso."

João Sem-Nome parece ser bastante politizado e Marga conseguia ver alguma relação entre a situação no mundo mortal como um certo reflexo da loucura atual que acontecia no mundo feérico.

" - Está tudo complicado demais e olha que eu lembro um pouco da época antes dos Sangue-Azul voltarem, quando os nossos eram caçados, presos e torturados nos porões. Chegamos a achar que ia melhorar quando eles voltaram mas saímos da panela e fomos direto para o fogo."

Fabíola então chega, ela parecia um pouco enrolada mas vai até os dois e quando vê o Sátiro correm em sua direção e o abraça, João retribui em silêncio e fala:

" - Fabíola minha querida, tá se virando bem aí? Eu sei que fiquei fora um tempo, mas eu to de volta e hoje eu só saio daqui carregado ou carregando. Você consegue aquele vinho especial pra gente?"

Fabíola lembrava um pouco Alana, tinha alguns traços que era impossível negar sua herança sátiro, apesar de ser uma Kinain, uma encantada com sangue faérico. Ela se vira para Marga e fala de forma brincalhona:

" - Margarita, achei que tinha esquecido da gente e que não ia voltar a te ver de novo!"

Aquilo traz um certo incômodo para Marga, Kinains não sofriam com a banalidade e falar sobre "esquecer e nunca ver de novo" era como um humano falar de morte em um momento inapropriado.

João Sem-Nome então diz para Marga:

" - Tem alguns frequentadores daqui que vou querer que você conheça e em breve vou te fazer uma proposta que espero que aceite. Mas antes, vamos beber!"
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Qua Out 28, 2020 9:19 am
Marga se senta. João fala com saudosismo do antigo Império. O apego insano da Imperatriz arrancou pedaços e deixou marcas. Sejam físicas como de seu senhor, sejam emocionais nos que ficaram.

...Estamos sozinhos Alana...

Ele a chamara de Alana. Um pequeno ato falho que não passa despercebido dadas as grandes proporções da saudade. Falta esta que, pelo desenrolar da conversa, não pertencia só as suas mãos de vingança. Tudo interfere. O mundo Outonal reflete o Sonhar. A conversa séria é dissipada pelo frescor de Fabíola.

Uma pontada vem nas palavras doces e tão puras em sua intenção que não compreendiam o próprio peso que carregavam, e Marga se levanta por um instante para falar com a Kinain. Passa as mãos pelos cabelos e por alguns dos traços de herança. O Sangue de sua Tutora não se perderia, no fim das contas...

"- Você é inesquecível, meu bem. Esse mundo é que quer engolir a gente, mas você sabe como a gente consegue dar uma escapadinha pelos que valem a pena."

Um beijo estalado na bochecha de Fabíola tentava trazer um pouco dos bons tempos, e com um sorriso completa:

"- E acredite quando digo que, retornar a este lugar e lhe encontrar assim tão linda, sempre vale!"

Vira para João e fala com simplicidade e certeza:

"- Conhecer uma galera e receber uma proposta. A primeira, que não estava no bolo, já aceitei: Carregando ou carregada!"
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Sex Out 30, 2020 1:18 pm
Fabíola sorri para Marga e aceita o beijo de forma graciosa e fala enquanto se retira:

" - Então deixa comigo que eu vou trazer algo especial para vocês hoje!"

João Sem-Nome agradece, assume uma postura um pouco mais séria, olha em volta e se inclina falando em um tom conspiratório:

" - Você já ouviu falar do grupo Os Desbocados?"

OFF: Marga precisa de pelo menos um sucesso no teste Int + Greymare dif 7 para saber do que se trata.
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Qui Nov 05, 2020 5:32 am
Quando Fabíola sai, Marga nota a mudança na postura de João. Sua pergunta vem quase num sussurro e Marga pensa um pouco.

"- Os Desbocados...?"

OFF: Int+Graymare = 2 Sucessos
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Seg Nov 23, 2020 7:11 pm
Marga não sabia como mas lembrava desse nome. Era uma das muitas sociedades secretas/não tão secretas que existiam na sociedade Kithain. Um grupo que não reconhecia os Sidhe como líderes e que reconhecia que apenas táticas mais agressivas dariam algum resultado.

João Sem-Nome ia começar sua explicação quando uma mulher entra naquela parte do bar. Era uma Troll que Marga nunca tinha visto. Era um pouco mais esguia e menor que os Trolls que conhecia, sua pele era de um azul mais escuro e seus tinham um brilho amarelado.

Batendo as pedras até sair faísca Troll_10

Ela entra sem falar com ninguém e vai até a Jukebox, seleciona uma música.



Ela vai até a mesa onde os dois estão, se vira diretamente para João Sem-Nome e pergunta com um forte sotaque castelhano:

" - Trinta e sete?"

O sátiro de uma forma protocolar responde:

" - Quarenta e cinco."

Ela abre um sorriso e abraça João Sem-Nome. Ela puxa uma cadeira, vira as costas dela para frente, se senta fala com um sotaque forte em castelhano para os dois:

" Então essa é sua prospecta, companheiro João?"

Ele responde:

" - Marga Mãos-da-Vingança, essa é Mercedez Olhar-de-Ouro. Mercedez, essa é a Marga."

A Troll apenas olhava curiosa para Marga.
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Ter Dez 01, 2020 12:03 am
A lembrança lhe vinha à mente como algo familiar. As vezes as coisas só acontecem se a mudança bate de forma insistente, forte. Um grito forte para sacolejar estruturas alicerçadas no coração e na mente. Marga olhava um pouco distante, pensando. Não ligava para títulos, e além disso...

"- Há os que acreditam que liderança não deveria ser direito de nascença. Deveria ser algo a ser conquistado, né?..."

Ao falar isso num tom de voz mais baixo, seus olhos se erguem para a esguia e escura Troll. Seus olhos cinzentos passeavam pele escura de um azul tão profundo que valorizava ainda mais o brilho amarelado dos olhos dourados. A música que escolheu trazia à Cabrita lembranças que não lembrava quais. A sequencia fria de números dá lugar a um abraço caloroso. O sotaque remetia às suas próprias raízes.

"- Não lembro o que essa música me lembra... Eu gosto."

A frase vem com um sorriso cortês.

"- Só não concordo em um ponto... 'O que me importa é não estar vencido. Minha vida, meus mortos, meus caminhos tortos, meu sangue latino'... E exatamente por tudo isso, nunca deveríamos permitir nossa alma ser cativa. O espírito sempre deveria poder ser livre, é o que penso."

Olhava no fundo dos olhos da Troll enquanto falava, como quem procurasse algum segredo escondido no fundo do brilho que emanavam.

O escuro azul lhe lembrava um vulcão que adormecido era estável, coberto pela neve e as fagulhas que escapavam pelas orbes, indicassem que a qualquer momento, poderia explodir numa violenta erupção. Ou talvez seja só o sangue latino que como fogo, transbordava. Voltando ao presente dos pensamentos, completa:

"- Você parece saber de mim, mas de você, nada sei. Vai ser um prazer lhe conhecer Mercedez!"

Estende a mão para a Troll.
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Sex Dez 04, 2020 11:15 am
Ela aperta a mão de Marga, sua mão era grande e calejada. Sorrindo, ela fala:

" - Questionadora e livre. Tinha certeza que o camarada João Sem-Nome não ia decepcionar! Sou Mercedez, vim há alguns para cá depois de lutar em batalhas contra as forças imperialistas na Bella Tierra. Depois que nossa célula se estabeleceu lá vim ajudar os irmãos aqui. Vim para cá e não segui a tradição de me apresentar para o Duque, estou na esperança que algum deles venha tirar satisfação comigo sobre isso. Principalmente se for um Troll como eu."

Ajeita então sua grande lança e continua:

" - Você diz que o espírito não pode ser cativo, mas me diga, qual foi a primeira coisa que os nobres demandaram de você quando os conheceu? Tenho certeza que foi se ajoelhar. Não existe espírito livre que se ajoelha ou que se submete à alguém. Acredito que um espírito livre só se submete à causas, não à pessoas."

Ela então continua:

" - Os Desbocados se lembram de quando os Sangue azul voltaram, do quanto lutamos e do quanto sofremos para manter nossa liberdade. Das pressões de Concórdia que enviava seus nobres para cá. Essas informações são de extrema confiança à você, porque oficialmente os desbocados não existem no Império do Crepúsculo. Nossa missão é restaurar o poder ao povo, minando a influência dos nobres tanto de fora quanto de dentro. Enfim, queria saber sua opinião sobre essa nossa causa e sobre os nobres. Não precisa ter papas na língua, você está entre seus iguais."
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Qua Dez 09, 2020 9:00 am
Não se apresentou ao Duque foi uma das primeiras coisas que lhe chamou a atenção.

"- Creio que virou um costume se apresentar aos nobres porque isso enfraquece quem chega. Quem chega primeiro perde a vantagem e acaba sendo exigido obediência ou retirada. Entramos em tempos muito conturbados agora, dificilmente alguém chegaria para tirar satisfação a menos que fosse uma ameaça clara...." - um pequeno sorriso travesso escapa dos lábios da Sátiro. "... ou alguém muito barulhento querendo problemas. Você não parece querer problemas só de birra. Acho que taí o porquê de ninguém ter vindo ainda saber de ti."

Observa a lança de Mercedez. As mãos calejadas que manuseavam a arma mostravam as batalhas que haviam sido marcadas.

"- Causas..."

Marga não havia pensado nisso até então. Lembrava de seu próprio juramento. As palavras que saíram do fundo do seu coração e aceitas pelo Duque e pelo sonhar, a ligavam à sua causa.

"- Me ajoelhei diante dele, realmente... mas o fiz por amor. Não amor ao Duque, mas ao que movia meu coração."

Olha para as palmas de suas próprias mãos, resistentes, mas não como as da Troll.

*Mãos da Vingança*

"- Ele quis me oferecer um título quando voltamos com João. Mas na minha cabeça, meu juramento estava completo. Um juramento à uma causa, e não à um título."

Seus olhos encontraram novamente os dois brilhos dourados que a encaravam. Marga não era uma pessoa muito política, mas responde com sinceridade.

"- Então, não aceitei. Títulos não são garantia de um bom líder. Estar à frente tem muitos sacrifícios, eu entendo isso, mas um título nunca irá garantir que o fogo será enfrentado de frente por este ou aquele. Se um título fosse algo inerente aos soberanos, os plebeus não teriam acesso. Mas existem nobres entre o povo. Nobreza virou objeto de interesse e barganha. Tenho certeza que há bons líderes entre os Nobres, mas enquanto eles não estiverem dispostos a perder tudo assim como muitos de nós perdemos, são só bonitos discursos lançados ao vento para quem espera escondido por dias de glória."

Pensa por um instante e completa:

"- Chacoalhar este poder pode revelar os verdadeiros líderes, nobres ou não. Gosto da ideia. Não há nada melhor do que a adversidade. Cada derrota, cada mágoa, cada perda, contém sua própria semente, sua própria lição de como melhorar na próxima vez. Todos precisam disso, inclusive os Nobres."
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Qui Dez 10, 2020 10:37 am
Mercedez escutava atentamente e demonstrava sincera atenção ao que à Marga falava. Com certeza, a Troll tinha um carisma nato que ajudava a inspirar à grandes causas. Ou talvez não fosse carisma, mas a expressão de uma verdadeira paixão por uma causa. De qualquer forma aquilo irradiava.

Ela então responde mantendo seu forte sotaque:

" - Marga, mira, os Sidhe são o que são, isso não pode ser negado e eles sabem o que fazem. Tenho certeza que você se ajoelhou por amor. Mas é exatamente esse o modus-operandi deles, elês tem a capacidade incrível de pegar a menor e mais sútil brecha e usá-las em seu favor.

Ela começa a falar um pouco mais exaltada, como se estivesse fazendo um discurso mais caloroso.

As simples presença e palavras deles fazem com que deixamos de ser quem somos. Você diz que se ajoelhou por amor, mas por amor não se ajoelha. Por amor se levanta. E é isso que pedimos dos membros dos Desbocados, QUE SE LEVANTEM. QUE SE LEVANTEM CONTRA A OPRESSÃO E O FEUDALISMO QUE ELES TENTAM TRAZER DE VOLTA DESDE SEU RETORNO. PEDIMOS QUE SE LEVANTEM CONTRA OS JURAMENTOS INJUSTOS DE LEALDADE. SE LEVANTEM E PEÇAM JUSTIÇA E VINGANÇA POR TEREM FUGIDO DE FORMA COVARDE E NOS ABANDONADO AQUI NOS DEIXANDO ISOLADOS DE NOSSA CASA!"

Ela já estava de pé enquanto falava, nisso Fabiola chega com as bebidas e serve à todos. A Kinain era sagaz e sabia que naquele momento não era o seu lugar, ela apenas coloca as bebidas na mesa e se retira com um sorriso no rosto.

Marcedez faz um sinal de agradecimento para Fabíola, pega uma caneca de cerveja, bebe e continua:

" - Eles desvirtuaram até mesmo nós, os Trolls, a maior resistência que enfrentaram no seu retorno. Eles conseguiram convencer quem não pode ser convencido e os fizeram se submeter às suas vontades.

Ela pausa um pouco, aquilo obviamente afetava ela, então finaliza:

" - Sobre os títulos, no nosso mundo tem um problema maior. Os títulos reforçam o segredo mais bem guardado dos Sidhe. A Soberania. Eles oferecem essas migalhas para manter ainda mais os outros sob controle. Você consegue ver o quanto isso é baixo? Se você realmente quiser abalar os alicerces dos Nobres para que só os bons perseverem, é exatamente o que fazemos aqui. Mas obviamente, vamos precisar de você um prova de que está dentro da nossa causa. Você aceita? Como eu disse... Você é livre para escolher se juntar a nós ou não."
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Qua Dez 16, 2020 1:08 pm
Mercedez tinha vários pontos a lhe chamar a atenção, mas o maior de todos era sua forma apaixonada de falar. Ao levantar levantar a voz, a própria Troll parecia cada vez maior, e estava, dado que não mais sentada a cadeira, mas de pé enquanto se inflamava em seu discurso.

A cada palavra mais alta, Margarita a observava com mais atenção. Quando Fabíola chega com as bebidas, pega seu copo com um sorriso e um aceno de agradecimento com a cabeça, voltando o olhar novamente à esguia azul a sua frente.

"Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe. Quero ser livre para seguir quem acredito e viver plenamente. Não nasci para servir quem quer me aprisionar o espírito."

A Sátiro levanta o copo em um brinde na direção de Mercedez.

"Me diga qual prova precisa. Se me aprofundar na causa me despertar a paixão que você mostra por ela, certamente valerá a pena!"
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Qua Dez 16, 2020 1:19 pm
Ela comenta, mais tranquila, enquanto bebe:

" - Soube por fontes confiáveis que os Nobres Unseelie estão fazendo uma reunião junto com o Duque. Estranho um Gwydion em reunião com eles, vai saber o que estão tramando... Hoje vamos mostrar que eles não reinam em absoluto. Hoje vamos incendiar a casa de um deles."

Ela se recosta na cadeira enquanto acende um cigarro e oferece um de seu maço para Marga.
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Qua Dez 16, 2020 1:34 pm
*Fotiá...*

A palavra lhe vem a mente instantaneamente e acende um claro sorriso no rosto da Sátiro. Lembra da dança com seus irmãos e do túnel antes de entrarem mais fundo no Sonhar. Pega um cigarro do maço da Troll. Não lembrava de fumar cigarros comuns há muito, mas o movimento veio no automático. Inclina o corpo adiante para que a esguia azul acendesse seu fogo.

"- Eu vou saber antes a quem será a visita?"
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Qua Dez 16, 2020 1:43 pm
Mercedez responde:

" - A reunião é no Freehold do Duque, então já é inviável. Dos que sabemos que estão na reunião apenas na casa de dois esse ato político teria algum significado: O Conde Rodiart de Eiluned e a Condessa Evony de Eiluned. Você decide então. Sei que a Condessa é da sua Mixórdia, você conseguiria cortar na própria carne pela causa?"  
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Qua Dez 16, 2020 2:22 pm
"- Conde Radiart ou Condessa Evony..."

Seu olhar procura por alguns instantes na mente enquanto traga o cigarro.

*Cortar a própria carne...*

Margarita lembra de todos os momentos em que a Condessa mostrou o quanto alguns bons tapas lhe fariam muito bem. O menosprezar do humano quando pegaram a Rabeca e tantos outros momentos o qual deixavam a Sátiro cada vez mais distante do coração frio da bela Sidhe.

"- A primeira vez que ví Radiart foi hoje. Não tenho nenhuma relação com ele, então, se posso decidir, a casa do Conde é minha escolha. Além do mais, isso fará com que o ato seja visto e sentido por todos, inclusive a própria Condessa, e ela bem que merece uma lição de que nem tudo acontece como ela imagina."

Após uma pequena pausa para tragar mais uma vez, completa.

"- Mas estou aberta a ir por qualquer um dos dois lados."
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Qua Dez 16, 2020 4:14 pm
A Troll faz uma expressão de surpresa para Marga e diz:

" - Olha.. achei você fosse arregar! Tõ animada com você agora!"

Ela então se levanta, termina de virar a cerveja e fala para Marga e João Sem-Nome:

" - Então vamos porque temos o que fazer."

Ela leva vocês seu carro que estava parado na porta e abre o porta-malas. Lá dentro marga vê uma AK-47, duas pistolas, dois tacos de beisebol com arame enrolado e uma caixa com alguns coquetéis molotov e algumas tochas, Mercedez se vira para Marga e conclui:

" - Você sabe usar algum desses? Só por segurança!"

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Qua Dez 16, 2020 4:47 pm
A fala da Troll lhe traz a luz um ponto. Ela normalmente evitaria problemas, mas estava cansada. Cansada de virem as mudanças e se deixar levar por elas. Ou chorar por elas... Estava na hora de tentar lutar por elas.
Marga olha para todos aqueles aparatos. Armas de fogo... Um recurso moderno que poderia se acostumar, mas não hoje. Os Molotov rapidamente lhe saltam aos olhos.

"- Estes..."

Passa a mão suavemente pela caixa.

"- Estes estão de bom tamanho."

Olha então para Mercedez e João Sem Nome, que até o momento não havia interferido.

"- Teremos grandes fogueiras para aquecer quanto mais próximo o inverno chegar, não teremos?"
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Batendo as pedras até sair faísca Empty Re: Batendo as pedras até sair faísca

Qui Dez 17, 2020 11:02 am
João Sem-Nome responde:

" - Temo que sim minha cara... O Olho de Balor que brilha no céu é o sinal de que mais uma vez o tempo dos Sidhe acabou e que o povo precisa recuperar as rédeas da situação."

Mercedez pega uma pistola e uma tocha enquanto fala entrando no carro:

" - O camarada João Sem-Nome faz um trabalho perigoso, ele atua de dentro nos dando informação privilegiada. Você fez falta meu amigo.."

João pega a AK-47 e responde sentando no banco do carona:

" - Se eu pudesse, teria ficado por lá pra evitar o Inverno, mas o que tá feito, tá feito e agora é tacar fogo nos filha-da-puta."

Marga vai no banco de trás e dirigem por uns 20 minutos até chegar ao Recreio, um bairro classe média alta próximo à praia. A casa ficava em um condomínio onde havia uma guarita que bloqueava a entrada. Mercedez para à uma certa distância e fala para Marga:

" - É aqui nesse condomínio. Marga quero ver do que você é feita. Como você fará para dar um jeito de fazer com que o porteiro nos deixe passar sem levantar suspeitas?"

Sem dar tempo para responder, ela anda com o carro novamente em direção à entrada, deixa a janela do banco de trás alinhada com a janela do porteiro e abre o vidro.
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Qua Dez 23, 2020 10:31 am
O Olho de Balor vem trazendo um novo ciclo. Quando João comenta que se pudesse, ficaria para evitar o Inverno, Marga comenta:

"- Se as profecias não erraram, mesmo lá, o Inverno não poderia ser evitado. Que possamos lutar com tudo, juntos!"

Os minutos passam rápido. O relógio do mundo outonal passava depressa demais... Observa o cenário mudando pela janela e vê o nível das casas mudando a medida que vão chegando num bairro de classe média mais alta.

Mercedez vai com o carro diretamente para a entrada.

*E não vamos escondidos? Ousada... Gosto!*

Puxa de Marga sua primeira prova, emparelhando não sua janela, mas as do banco de trás.

A Sátiro dá um sorriso quase sem conseguir conter uma pequena risada.

*Aaaaahhhh, safada!*

E com esse sorriso divertido de quem acabou de ser pregada uma peça, começa a conversar com o porteiro.

"- Bom dia, moço! A gente veio..." - Interrompe casualmente e levanta um pouco do banco mostrando interesse no jogo que passa na TV. "- Eeeiii!! Esse que tá rolando é Flamengo e Botafogo? "

Seus olhos cinzentos saíam da tela para encarar os olhos cansados. Marga conhecia aqueles olhos... Olhos de quem pega um pouco de alegria nas pequenas fatias do dia com arte, música ou apenas curtir um jogo que já passou, para levar a cabeça para um lugar mais ameno que a chata realidade.

"- Semifinais já aí em cima, já, né? Torcendo pra quem, amigão?"
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Batendo as pedras até sair faísca Empty Re: Batendo as pedras até sair faísca

Seg Dez 28, 2020 12:57 pm
Um pequeno sorriso brota no rosto do homem que fala:

" - Porra, esse flamengo só me dá orgulho. O urubu já foi pra final, tô vendo o jogo porque não deu pra ver ontem! Filho em casa e patroa no cangote é foda né.."

Ele olha pra Marga, muda um pouco sua entonação e continua:

" - É.. mas tá difócil em casa com a esposa, quem dera eu ter a sorte de ter um mulherão igual você."
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Batendo as pedras até sair faísca Empty Re: Batendo as pedras até sair faísca

Ter Dez 29, 2020 2:00 am
"- Pô, mas tinha de dar orgulho mesmo! Mengão tá levando tudo! Acho que esse Brasileirão é Rubro Negro, hein?"

Um sorriso começa a aparecer e o porteiro começa a relaxar. Tanto que até o tom de voz muda... e aquele tom de voz, Marga conhecia bem.

"- Ah, mas a Patroa no cangote era pra ser uma coisa boa..." - A Sátiro sorri com a afirmação. "- Mas tem umas épocas que são mais difíceis, aí é foda..."

Incrível como sóbrios ou bêbados, no fim, humanos são humanos... E humanos querem o que todos querem...

*Serem percebidos... Aceitos em suas fraquezas... Amados...*

Todos queriam ser amados, e é engraçado como as pessoas confundem o 'amar' com o 'ter', com o 'possuir'... Quantas pessoas passariam por ali todos os dias? Para quantas pessoas, aquele homem era invisível? Mostrar que ele existe não era também amar? Claro que era... Tanto é, que logo ele reage tentando conseguir um pouco mais. Era aí que Marga o ganharia?

"- Como é teu nome mesmo, amigão? Tu parece ser um cara bacana demais pra eu ficar te chamando de moço. Eu sou *Marga...* Rita.

Olhava nos olhos do homem enquanto falava, sorrindo. Seria sorte TER um mulherão que nem ela? Seria sorte TER alguém? Nunca entenderia com certeza qual o sentido de tantos insistirem no pertencer, ao invés de procurarem o pertencimento. Dado o tanto que pertencer causa sofrimento, e o quanto o pertencimento era um sentimento que independe de coleiras.

*E eles insistem em achar que se libertaram quando apenas afrouxam as cordas que os amarram quando não tem ninguém olhando...*

"- Tu diz isso mas até pra mim tá difícil. - Responde com um tom de voz levemente contrariado, emendando com bom humor. - "- Será que a sorte no jogo com Mengão ganhando todas tá trazendo pra gente azar no amor? Não é possível uma coisa dessas! Hahahaha"
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Batendo as pedras até sair faísca Empty Re: Batendo as pedras até sair faísca

Qua Dez 30, 2020 12:23 pm
O porteiro sorri e fala:

" - Certeza, já to até sacaneando os botafoguenses no zap!"

Ele então começa a se lamentar:

" - Ahh que nada.. a patroa é fogo.. a gente nem tá mais junto não, já estamos separados há muito tempo.. Sabe como é né.. sou bicho solto.. Meu nome é Antônio, se quiser, fala pros teus amigos aí entrarem e você fica aqui assistindo o jogo comigo, já é? Qual casa eles vão mesmo? Vou só anunciar aqui eles."

Ele ri mais uma vez e finaliza:

" - Que nada pô.. tenho certeza que hoje to com sorte no jogo e no amor!"
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Batendo as pedras até sair faísca Empty Re: Batendo as pedras até sair faísca

Sáb Jan 09, 2021 11:11 am
"- Caraca, Antônio, seria tudo ficar aqui para ver o jogo contigo..."

A fala vem acompanhada de um pequeno estalar de lingua e lábios, quase um muxoxo contrariado. A expressão vai mudando aos poucos ao continuar.

"- ...mas vai ter uma festa surpresa. A galera da casa não pode saber porque sabe como é... conversam entre si e iam acabar estragando a surpresa toda. A gente vai só dar uma olhada na área comum pra saber o que dá pra trazer e incrementar a festa. Soubemos que os velhos gostam de umas decorações diferentes, mas temos de ver se vai ter como posicionar tudo perto ou se precisamos trazer cordas e fios pra laçar tudo."

O Glamour começa a fluir da Sátiro, enquanto um sorriso meio sedutor, meio moleque embala sua fala.

"Pra dar conta, a gente precisa entrar sem a galera da casa saber. Prometo que a gente não demora! Ninguém nem vai saber que foi a gente que esteve por aqui. Se tu deixar a gente passar só na mutuca, a festa vai ser um estouro, a Patroa te dá uma folga, tu vai ter sorte no jogo, no amor e Mengão leva a final, certeza! "

Os grandes olhos cinzentos e brilhantes encaravam os de Antônio, enquanto ele absorvia toda aquela informação.... do jeito certo.

OFF: Chicanery + Ator. Bunk 1 + 1 de Glamour. 3 sucessos
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