Ducado do Belo-Mar
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Margarita Martinez
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O Fogo da Fome - Página 3 Empty Re: O Fogo da Fome

Qua Out 23, 2019 8:06 pm
Passar a música de pai pra filho... Marga sorri. O sonho do amor passado adiante.

"- Se aprender aprende, mas se ensinar, aprende duas vezes. É o que meu irmão sempre me dizia."

Os olhos dele se enchem com a possibilidade. Era um sonhador. Naquela terra castigada, sonhar era o que mantinha a todos vivos. Humanos e Kithains.

"- Ela trará a esperança. Com ela, as estradas que precisamos trilhar vão se abrir, e aí é com a gente. Faremos tudo que pudermos para que nosso povo possa continuar vivo, e assim vamos poder continuar a ajudar o seu. Mas para achar o caminho, precisamos dela."

Lady Evony canta ao Joca uma canção em resposta a pergunta sobre o músico. Quando a isso, apenas o Eshu saberia responder, aparentemente.
Idris Bancole
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O Fogo da Fome - Página 3 Empty Re: O Fogo da Fome

Qua Out 23, 2019 10:06 pm
Era triste, mas, Idris faria o velho sonhar novamente...

*Maldita... tenho de me apressar..* - Pensava o eshu ao ver o Ultimado da baronesa.

Com um olhar carinhoso, ele passa o braço pelos ombros do velho, e, como um pai que acalenta um jovem filho começa...

“-Normalmente, você precisaria seguir a sombra do toco de pau ao meio dia, por 3 dias e sete noites, precisaria encontrar uma rasga mortalha de dia que vira passarim a noite, só aí, quando c conseguisse aprisionar o canto dele à tardinha duma sexta feira treze, depois da chuva, você encontraria o mestre Otemre Laocsap, capaz de fazer música até com colher de comer”

Ele deixa que o velho viaje por suas palavras..

“-Mas você, meu jovem Joca, apenas precisa firmar o pacto comigo, me dá de bom grado a rabeca, e mantém o mesmo compromisso que tem hoje com o povoado, se aceitar, você deve ir ao povoado em 20 dias mais um e procurar na frente da igreja Central assim que o Relógio bater as três da tarde, falar meu nome e o mestre vai lhe encontrar, prometo-lhe ainda, mesmo antes que se torne um mestre, nunca há de faltar o que trazer para os seus, enquanto você honrar o pacto!”

Ele pega o fumo de Joca, da uma longa tragada, e, fala deixando com que a fumaça teatralmente saia de seus lábios...

“-O que me diz jovem Joca? Deseja partir na aventura que sua vida sempre o preparou?
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O Fogo da Fome - Página 3 Empty Re: O Fogo da Fome

Qui Out 24, 2019 12:11 am
Joca estava encantado com Evony, os outros começam a sentir um fluxo de Glamour, obviamente ela estava preparando algo.

" - A moça bonita é a coisa mais linda que eu já vi.."

Por fim, ele estava completamente indeciso, ele olhava para as pessoas do vilarejo, para as crianças e depois para sua Rabeca. Obviamente ele pensava nós ensinamentos que todos os locais tem sobre os perigos de fazer acordos com o Povo Perdido. Ele então aponta seu dedo torto para Idris e fala:

" - Eu aceito, mas olha só... Vocês não vão me enganar, se no tempo que você me disse, sua parte não for cumprida, que a sua língua apodreça em sua boca por toda a eternidade, para que ninguém possa escutar mais as suas mentiras. Te dou minha Rabeca e em 20 dias e mais um, vou parar no lugar marcado pra você me levar pra esse mestre Oterem Laocsap.. ou seja lá o nome dele e não vai me faltar nada.

Ele leve seu fumo à boca, com a mão esquerda ele entrega a Rabeca, e com a mão direito ele estica a mão para firmar o acordo.

Idris Bancole
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O Fogo da Fome - Página 3 Empty Re: O Fogo da Fome

Qui Out 24, 2019 8:12 am
O Eshu, agora de frente para o velho, olha no fundo dos olhos deste, dessa vez pensando..

*Velho safado, quer me pegar numa palavra que eu não disse...*

“-Temos um pacto, encontrarás o mestre, e, antes mesmo que tu te tornes um, nunca ha de faltar o
Que trazer de volta para os teus..”


Ele enquanto aperta a mão de Joca com uma mão, apenas aponta à Baronesa com a outra..

“-Entregue-a a Lady Evony de Eliuned por favor...”
Condessa Evony de Eiluned
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O Fogo da Fome - Página 3 Empty Re: O Fogo da Fome

Sex Out 25, 2019 7:28 am
Evony continua cantando sua canção e apenas sorri quando o mortal diz que ela era a mais linda que ele jamais havia visto. Por óbvio, até onde constava para a vaidosa nobre ela era a mais linda que qualquer um já havia visto. Enquanto escuta a promessa feita e recebe a Rabeca das mãos do mortal. Ela toca delicadamente na Rabeca e pode sentir o poder fluindo através do instrumento. A Sidhe estuda o objeto e até mesmo reconhece um dos poderes lendários do tesouro mas se mantem apenas cantando baixinho até gradativamente parar de cantar. 

*Finalmente. A Rabeca é minha! Será que o Eshu vai cumprir sua promessa? Foda-se! Isso não é problema meu, a língua dele que caia se for o caso...*

"- Obrigada Senhor. Quem sabe nos vemos de novo um dia... Mas infelizmente agora precisamos voltar para casa."

Se despedindo do homem, a Baronesa estala os dedos para que seu porco a siga e gesticula para que a Mixórdia faça o mesmo, indo até Riobaldo. 

Ao se aproximar do Troll, Evony faz uma respeitosa reverência e fala: 

"- Muito bem Sr. Riobaldo. Nós agora conseguimos o que buscávamos e precisamos retornar ao nosso povo. O Sr. poderia nos fazer uma última gentileza de nos levar até o portal mais próximo ao sonhar?"


O Sorriso em seu rosto deixava claro a sua satisfação. Ela tinha em suas mãos a lendária Rabeca do Juazeiro e estava prestes a sair daquele fim de mundo e seguir de volta a civilização.
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O Fogo da Fome - Página 3 Empty Re: O Fogo da Fome

Sex Out 25, 2019 11:11 am
Riobaldo olha para a Rabeca nas mãos de Evony e fala:

" - Então conseguiram o que queriam... Espero que a ajuda de nosso bando seja lembrada quando o Império for estabelecido e não voltemos à forma que era antes."


Evony sabia que o Reino dos Castelos Esquecidos era regido por alguns Sidhe loucos que foram expulsos para o Sonhar depois do Império ruiu.


Ele finaliza:

" - Reúna os seus, vamos voltar ao Umbuzeiro. Nosso papel aqui acabou por hoje."


O Troll dá um assobio agudo e seu bando olha para ele, ele faz um gesto com o dedo simbolizando que era para recolherem tudo e ir. Todos começam a se organizar para recolher e voltar.
Zvenn Lehmann
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O Fogo da Fome - Página 3 Empty Re: O Fogo da Fome

Sáb Out 26, 2019 5:02 pm
De longe, Zvenn observava o homem tocar a Rabeca. E ao observar o objeto começava a entender o que ele era capaz de fazer e porque ele era tão importante. O Sluagh ficava ainda mais curioso com tudo aquilo e passava, pela primeira vez, a realmente querer ajudar aquilo a se resolver com a Rabeca ficando de posse dos membros de sua Mixórdia.

O grupo conversava com o idoso e, enquanto faziam isso, Zvenn retira furtivamente seu punhal da sua bolsa de pano. Com a lâmina enferrujada corta seu dedo e sussurra:

'- Vento, vento, que corta o solo e tudo sabe... vento que vem dos sonhos, ventos que sopram esperança, ventos que assustam e alimentam o medo... eu lhe oferto um pouco de meu sangue, e rogo que alimente minha sede, sussurre o que preciso ouvir...'

As gotas de sangue caem e o vento as leva para longe, o Sussurro do vento no entanto faz com que Zvenn abra seu mais sádico dos sorrisos e comece a caminhar na direção do grupo com seu habitual caminhar desengonçado. O punhal, a essa altura, ja estava guardado.

Zvenn se esforça para alcançar o grupo. Tenta andar no mesmo ritmo do Eshu e isso era bem complicado, fazendo com que ele tropeçasse em suas desengonçadas pernas algumas vezes. Quando finalmente o alcança, ao seu lado, sussurra para que só ele ouvisse:

'- Os ventos do mau agouro sopram do cruzamento da sua história com aquele velho, aproveite cada minuto até sentir o doce gosto da tragédia...'

E segue caminhando, parando de forçar o ritmo para ficar ao lado do Eshu. Não era mais de seu interesse falar com ele. O sorriso doentio estava mais uma vez estampado na psicótica face de Zvenn.
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Dom Out 27, 2019 2:10 pm
A Baronesa apenas sorri em agradecimento e uma vez que a mixórdia estivessem juntos partiriam ao umbuzeiro iniciando assim a jornanda de volta para casa.
Margarita Martinez
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O Fogo da Fome - Página 3 Empty Re: O Fogo da Fome

Seg Out 28, 2019 1:07 am
Marga escuta atentamente a fala do Eshu. O jeito de encontrar o mestre era algo que, se alguém pedisse para ela repetir, certamente haveria de esquecer alguma coisa e ela quase se perde em seus pensamentos.

*Uma promessa... Uma aventura...*

Mas, havia um outro jeito possível ao velho. Este, mesmo desconfiado como estava, acaba aceitando a proposta.

*O coração desse povo é movido a esperança. Espero que ele esteja falando a verdade...*

A Rabeca é entregue a belíssima Lady Evony, que imediatamente se despede e vai. Tão rápido que Marga se questiona se toda a ternura que havia para com o velho em seu canto era real, mas nada diz. O sorriso de satisfação da Baronesa era inegável e a olhos cinzentos se pergunta o quanto as escolhas pesam no coração de cada um. Uma promessa... Esperança... Encanto... Desejo... A liberdade faz morada no ato da escolha e fugir dela é impossível. Mas que força temos ante as escolhas quando somos grão de areia ante uma tempestade?

*Na tempestade do inverno que se aproxima, os grãos de areia seriam eles, ou nós?*

Riobaldo troca algumas palavras com a Sidhe, e quando se faz a menção de retornar ao Umbuzeiro, a negra olha mais uma vez para o velho Joca, para as crianças, e para as famílias que ali viviam. Uma onda de compaixão para com aquele povo invade novamente o coração da Sátiro. Está feliz por estarem um pouco mais perto de conseguirem a última canção, mas aparentemente muitas escolhas difíceis ainda haveriam de ser tomadas e aquele era apenas o começo.

Enquanto se vão, o Sluagh se junta ao grupo com um sorriso nos lábios e sussurros segredados ao viajante ébano.

Escolhera vingar a Ruiva, eles agora fariam parte de sua história, mas a Mixórdia que agora fazia parte ainda lhe era um mistério ao fim das contas
Idris Bancole
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Ter Out 29, 2019 4:04 pm
O Eshu se compadece do velho, se demora meio segundo a mais olhando para as rugas, para os olhos cansados...

*Eu lhe farei sonhar de novo jovem..*

.. tão logo vê a Baronesa a pegar o instrumento, tão caro, tanto à homens como ao povo belo, tão querido por tudo aquilo que sonha, pelo qual vidas foram perdidas, pelo qual tanto era arriscado, de maneira... de maneira tão...

*Banal..*


.. Idris se vê mais uma vez ressentido com os modos da nobreza..

*Tão logo conseguem o que querem, viram as costas.. assim como um dia viraram as costas para nós..*

"-Muito obrigado Sábio Joca, lembre-se das instruções, e, terás a aventura da vida de dez gerações.." - Diz com um sorriso nos lábios e nos olhos.

Porém, o  semblante plácido se desfaz tão logo se despede do músico e passa a fitar a silhueta perfeita de Evony..

Taciturno e decidido, ele segue com o restante da mixórdia para longe dali.
Zvenn Lehmann
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O Fogo da Fome - Página 3 Empty Re: O Fogo da Fome

Ter Out 29, 2019 5:24 pm
Percebendo que o Eshu fazia pouco caso do anúncio profético que fizera, Zvenn apenas dá de ombros. Poderia ser divertido? Poderia. Mas também era doce perceber que talvez o Colosso de Ébano não tivesse o coração tão mole quando Zvenn pensava. Relataria depois àquilo à Baronesa. Talvez Idris ainda tivesse alguma salvação...

*Será? Talvez...*

O Sluagh segue andando na direção indicada pela Baronesa. Já passou da hora de irem embora dali.
Sir Íkkarus Kataskevastís
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O Fogo da Fome - Página 3 Empty Re: O Fogo da Fome

Qua Out 30, 2019 11:58 pm
O Nocker ansiava pela resposta do velho quando a Baronesa se prontifica a também mostrar seus dotes musicais ao velho mortal. Ikkarus não entende de pronto, mas, a medida que Evony agracia os ouvidos de todos com sua melodia, era possível compreender o que a mesma tinha intenção de fazer. Ele não sabia se a mesma havia tido sucesso em seu intento, mas o fato era que Joca havia acertado a proposição do Exú... a troco de uma pequena promessa, era verdade, mas ainda havia aceitado.

*Ainda bem!*

Ele observa a Baronesa se apossar do instrumento mágico com suas belas e delicadas mãos. Debaixo de toda aquela delicadeza, ele sentia a vontade da Sidnei de ter aquilo que sempre queria. O que Evony faria se Idris não tivesse tido sucesso?

*Não quero nem pensar...*

O grupo se despede de Joca e o Nocker é um dos últimos a deixá-lo, com uma mensagem:

‘- Vá na sombra, seu Joca... você conseguirá se tornar o velho rabequeiro mais conhecido desse sertão!’

Assim, ele vai atrás do grupo, ainda pensativo. Seus olhos por vezes fitava-me a rabeca, outras fitava-me o local onde antes havia a fogueira. Eles sobreviveriam sem o instrumento? A ajuda de Riobaldo seria suficiente? E se o restante do bando morresse, o que seria daquele vilarejo? Tudo era questão não mente engenhosa do Estouvado. Ele apenas seguia o grupo fisicamente, sua mente estava cheia de questionamentos. Seu corpo, então, acompanhava o grupo por onde quer que fosse.
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O Fogo da Fome - Página 3 Empty Re: O Fogo da Fome

Qui Out 31, 2019 10:19 am
Todos haviam se reunido e era hora de partir, Todos entram no trailer do Eshu mais uma vez, enquanto ele sobe no veículo para segurá-lo pelas suas rédeas. Riobaldo grita para o Eshu:

" - Shaolim do Sertão, temos uma parada antes de voltar pro Umbuzeiro. Taca pau até o Ducado do Belo-Mar!"

Shaolin do sertão apenas responde ao Troll:

" - Cê que manda, chefe! "

O trailer sai deixando para trás o Vilarejo, o humano que havia feito as profecias estava com o grupo agora conforme havia sido requisitado por Riobaldo, ele estava assustado e tentava entender aquilo tudo.

Após uns poucos minutos de estrada o trailer parecia aumentar ainda mais a sua velocidade enquanto a paisagem pela janela ia mudando, do clima árido e deserto, para uma vegetação mais verde depois passava para algumas poucas casas, então casas maiores, até surgirem alguns prédios que a Mixórdia reconhecia como alguns prédios e ruas do ducado. O trailer então para e pela janela vocês estão enfim em uma das ruas do Ducado do Belo-Mar. Riobaldo então diz:

" - Acho que a missão de vocês tá cumprida. Quando saírem por essa porta, cada um sairá em frente a sua própria casa. Acho que aqui nossos caminhos se separam de novo. Espero que vocês não esqueçam do que viram por lá, o quanto o povo sofre e que essa história seja repetida até os confins do Sonhar. Espero que o Fogo-da-Fome nunca se apaixone pelas pessoas desse Ducado."

Uma cena estranha era vista também, Capitão Carniça-do-Mal, tinha lágrimas nos olhos. Ele fala:

" - Odeio despedida porra! A gente deu cabo de um bando de sanguessuga e vocês me ajudaram a saber que eles tem gosto de cinza de cigarro. Isso não é pouca coisa não.."

Enfim Xicó se vira para Marga e diz:

" - Cê até esqueceu que a gente ia roubar a comida antes de levar pro vilarejo né? Tudo bem.. eu sabia que não ia dar mesmo, Riobaldo me mataria se desse algum problema mesmo."

Riobaldo faz uma expressão incrédula para o Pooka e para Marga, mas não parecia zangado. Ele diz para todos:

" - Outra coisa... Soubemos recentemente que um monstro escapou do Sertão em direção ao que vocês chamam de mundo civilizado... Ainda não sei qual foi, mas isso pode ser um perigo pra vocês, eu soube também que um dos nobres de vocês que guardavam a fronteira morreu tentando impedir o avanço desse monstro. Medeiro Vaz jurava que tinha tido uma audiência com outro nobre desse Ducado no mesmo dia.. Parece que era um Conde, a gente achava que era coisa da cabeça dele então não demos muita atenção, mas logo depois vocês chegaram... Tem alguma coisa aí.. Enfim.. é o que eu sei.. fiquem de olho.. E talvez nosso destino se cruze novamente.."

Ele então abre a porta do trailer para saírem.
Margarita Martinez
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O Fogo da Fome - Página 3 Empty Re: O Fogo da Fome

Qui Out 31, 2019 5:08 pm
Margarita entra no trailer do Shaolin do Sertão. Antes de entrar, olha para trás uma última vez. Passa o olhar pelas famílias, velhos e crianças. Ao cruzar o olhar com seu Joca, um carinhoso sorriso e a boca fala sem dela sair som. Nela se lê a palavra 'Obrigada'.

Ele era um senhorzinho e provavelmente ele não veria a palavra que se desenhara em sua boca, mas seu coração agradecia. Naquele dia lutou, chorou, perdeu, conheceu humanos que sonham, de coração forte, e ao fim de tudo recuperaram algo importante. Sentia -se grata... e desejava a eles sorte.

Ao olhar dentro do veículo quimerico pilotado pelo Eshu, vê num canto o jovem humano, aquele que era profeta. Parecia bem assustado, então é ao lado dele que Marga decide sentar. Ela espera um pouco para que ele tenha tempo de se sentir confortável com ela ali e pega na sua mão de forma gentil e carinhosa.

"- Eles cuidaram da gente, cuidarão de você também. Você falou com muita confiança lá, vai se sair bem."

O balançar do trailer lhe dava a impressão daquele cochilar de leve, que não se nota o tempo passar. Mas era apenas uma impressão, dado que num espaço de apenas alguns minutos, a paisagem na janela mudava em uma velocidade imensa. Uma paisagem familiar emergia no lugar da terra castigada. Estavam de volta ao Ducado.

Ao pararem, a Sátiro levanta, da um beijo na testa do jovem oráculo e com um olhar doce sussurra um breve:

"- Boa sorte."

Riobaldo lhes fala, ela o escuta, atenta.

"- Não esquecerei vocês nem os que ficaram. O que vivi nos Castelos Esquecidos está gravado em meu coração. "

* ...Que o coração da mulher de branco tenha encontrado descanso, assim como os outros que sacrificaram...*

Marga faz uma reverência sutil ao Troll. O Capitão se debulha em lágrimas, uma cena que realmente não esperava.

*Homem bruto, mas de coração doce.* e sorri ante a descoberta contida neste pensamento.

"- Obrigada por toda a ajuda que nos deu, Capitão. Continue cuidando bem do bando."

O Pooka lhe chega com uma conversa que não fazia sentido e Riobaldo os encara.
Margarita está claramente confusa, mas como o Troll não pareceu se zangar, acalmou um pouco a tensão da negra cor de canela.

*Roubamos toda aquela comida pro Vilarejo e mesmo assim, sobrou tão pouco. Ele ainda queria roubar um tanto? Será que este pequeno quer me pregar uma última peça?*

"- Foi? Vixe... tudo aconteceu tão rápido, que isso nem chegou a chegar na minha cabeça, Xicó!

Passa a mão perto da orelha do burrico e fala baixinho:

"- Tu quer me encrencar com uma promessa que nem tô sabendo, criatura?"

Antes que possa se aperrear, Riobaldo fala de um monstro foragido e um nobre morto.

*Um conde... será que era o conde Trevor?*

"Obrigada pelo aviso.... E pela carona!"

Com mais uma reverência respeitosa ao grande azul, vira-se para a Mixórdia antes de ir. Tira da carteira alguns cartões de visita com a logo e endereço de um bar. Neles, claramente escrito depois à caneta havia seu nome de guerra (Marga). Entrega um para cada da Pés Escuros.

"- Para quando quiserem me encontrar ou só tomar um bom trago."

Não poderia falar muito mais que aquilo. Para o Bando, eles se conheciam desde sempre, apesar de terem se falado apenas aquele dia.

Espera um instante para ver se alguém teria algo mais a dizer antes de sair.
Condessa Evony de Eiluned
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O Fogo da Fome - Página 3 Empty Re: O Fogo da Fome

Sex Nov 01, 2019 7:52 am
A Baronesa sobe no Trailer com toda a sua elegância e senta no melhor lugar disponível enquanto aninha a rabeca em seu colo como se fosse uma criança. Durante o rápido trajeto Evony tem apenas olhos para a Rabeca e analisa cada pedacinho do instrumento com atenção. 

Quando chegam ao destino Riobaldo explica que cada um iria para sua casa e também fala algo alarmante: Um nobre havia morrido defendendo a fronteiro de um Monstro Sertanejo que avançou para a cidade. Além disso um Conde havia ido falar com Medeiros Vaz no Sertão...

*Rodiart? Olhos-do-Corvo? Qual deles seria... O Sluagh é mais provável de conversar com outro sluagh...

A Baronesa então olha para Zvenn e sussurra em seu ouvido: 

"- Venha tomar chá comigo esses dias... Nós temos muito o que conversar."

Ao Troll, a Nobre faz uma reverência educada e fala:

"- Muito obrigado por toda a sua ajuda Sr. Riobaldo. Passarei as informações ao Duque e falarei muito bem sobre o seu bando e como vocês ajudaram em uma missão tão importante para o império. Tenho certeza de quando tudo voltar aos eixos vocês serão reconhecidos e recompensados."

Então ela se dirige a Mixórdia: 

"- Eu irei informar ao Duque sobre o sucesso de nossa missão e depois os convidarei para um chá em minha casa para planejarmos os próximos passos. Podem ir eu irei por último..."

Ela então recebe o cartão da Sátiro e apenas lhe responde com uma discreta e sensual piscadela.

E num movimento súbito, a Sidhe saca seu Iphone da bolsa e tira uma foto com o Eshu. Aquele seria um excelente álibi para seu sumiço e daria muito assunto para as colunas de fofoca. 

Junto do seu porco a Baronesa espera apenas que todos saiam para se retirar tbm.
Zvenn Lehmann
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O Fogo da Fome - Página 3 Empty Re: O Fogo da Fome

Sex Nov 01, 2019 3:37 pm
Zvenn viaja calado o tempo todo. Ouvidos atentos à história relatada sobre o monstro que fugiu e o nobre morto. O pouco tempo com a Mixórdia e sua própria existência faziam com que Zvenn sempre duvidasse do acaso. Sua Língua de Bardo sempre lhe ensinou que o que saía da boca das pessoas, tinha vida e que nada era escutado por acaso.

*Diacho... eu conheço esse cheiro...* 

Sim, o cheiro de problemas. O aroma de mais problemas era o fim do tom daquela viagem. E era refletindo sobre aquele aroma, que a doce voz da Baronesa toca seus ouvidos e apenas ganha um aceno positivo como resposta. Era o sinal de que ele tinha que descer. Já sabia o que tinha que fazer no futuro, embora não soubesse como.

*Mas eu descubro.* - Pensa.

Não ia se emocionar com despedidas. Não era, nem de longe, sentimental. Mas com a mesma intensidade do olhar de cumplicidade que troca com a Baronesa antes de descer, lança um último olhar sádico junto com um tímido sorriso doentio na direção do Eshu.

*Eu avisei...*

E se vai, sabendo que sairia na frente de sua casa. Era hora de ver como estava o fedelho...
Idris Bancole
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O Fogo da Fome - Página 3 Empty Re: O Fogo da Fome

Seg Nov 04, 2019 4:18 pm
Um taciturno Eshu entrava no Trailer e assistia a viagem com olhos abertos mas o pensamento longe..

*Irei precisar de muito... mas.. ainda terei muito mais que aqueles pobres coitados..*


.. apenas o Ranço de Riobaldo faz ele despertar do torpor..

*Nobres... Hunf..*

.. Até mesmo o fato do Redcap ter se emocionado não faz com que Idris sorria.

*Morte... morte de um nobre.. Espero que não tenha sido Rodiart, ele parecia um bom homem..*


Levantando-se finalmente quando sentia que seu destino havia chegado, ele olha para cada um de sua Mixórdia e para o bando de Riobaldo, demorando-se um milissegundo em cada um para que entendessem que o recado era individual à cada um deles..

“-Nos encontraremos de novo quando tivermos de nos encontrar..” – O Tom era gentil.

.. Com Exeção à Lady Evony, para esta, ele apenas a encara em silêncio, por um período de apenas dois milissegundos, abre a porta, e, finalmente, sai.
Sir Íkkarus Kataskevastís
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Seg Nov 04, 2019 5:18 pm
O Nocker acha interessante o itinerário. Eles não precisariam de muito para chegar finalmente em casa. íkkarus se instala em uma das janelas, acompanhando a miscelânea de silhuetas que se esparramavam pelo vidro sujo do trailer de Shaolim do Sertão. O clima árido, alaranjando, ia tomando as matizes mais tropicais, esverdeadas e azuladas. Algumas casa iam salpicando rapidamente na frente dos olhos do Estouvado, mas muito rapidamente. A velocidade mágica do automóvel não permitia captar melhores características do cenário.

Nisso, Íkkarus se afundava em seus pensamentos. Idris realmente cumpriria o combinado? Como ficaria o rabequeiro sem seu instrumento? Ele sobreviveria? E a vila? E o bando de Riobaldo? As questões que rondavam sua cabeça se apagam quando o próprio Riobaldo faz um anúncio: estavam em casa.

Na despedida, Carniça-do-Mal chora e o Nocker se segura para não rir da cena jocosa. Era difícil que acreditar que o choro era possível a um Redcap. O Pooka faz uma última brincadeira, mas aquilo pouco chama a atenção de Íkkarus ao escutar sobre o monstro do Sertão indo em direção ao mundo civilizado. Suas orelhas pontudas se direcionam ao Troll, principalmente quando ele fala de um tal conde...

*Poderia ser Rodiart.... ou o Olhos de Corvo...*

Possibilidades. 

Ele pega o cartão de Marga e lhe sorri. Um a um, a Mixórdia ia deixando o trailer. Idris parecia mais uma vez estranho. O que estava na cabeça daquele Exú? O Nocker escuta a Baronesa e concorda com a cabeça, saltando logo após seu amigo. Ele tinha muitas coisas a fazer... e uma mãe para rever...

*Que ela esteja bem...*
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Ter Nov 05, 2019 11:06 am
Após todos saírem do Trailer, cada um apareça na porta de suas respectivas moradias. Parecia que tinham viajado por meses tamanho o cansaço, sujeira e até mal-cheiro. A vontade de um longo banho, ou apenas de um descanso bate quase que automaticamente.

A aventura naquele momento tinha acabado, era hora de resolver outras coisas:
Marga percebe que faltava menos de 4 horas para começar seu turno no bar e já tinha trocado uma vez, não poderia trocar de novo.
Evony vê o porco do seu lado, querendo ou não ainda era um porco e provavelmente cagaria a casa toda, fora que seus seguidores já deviam estar reclamando da falta de notícias.
Ídris sabia que precisava fazer algo em relação ao novo diretor, tinha uma oportunidade grande e já tinha abusado da paciência dele.
Zvenn precisava organizar seu local de trabalho, seu ele, o local não era tão assustador, haviam contas a pagar e coisas à resolver.
Por fim, Íkkarus ao olhar para a sua casa, pensa em sua mãe. Ela tinha acabado de fazer aniversário e ele estava desaparecido há dois dias.

Era hora de voltar "ao normal", mas uma frase dita por um mortal naquele local martelava a cabeça de cada um:

" Herdeiros do fim do mundo, queimai vossa história, tão mal contada."

Fim do Capítulo 6 - Veredas
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