Ducado do Belo-Mar
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De volta ao Umbuzeiro Sagrado Empty De volta ao Umbuzeiro Sagrado

Seg Ago 19, 2019 12:11 pm
Ao chegar o clima é Fúnebre, uns 3 a 4 Kinain que ficaram por lá os recebem e começam a ajudá-los e tirar os corpos, colocando eles lado-a-lado próximo ao centro do lugar quase na entrada do Umbuzeiro.

Alexandre vê uma árvore enorme, talvez a maior que já tivesse visto em vida. Mas, obviamente não tão grande quanto a que os outros viam.

Após todos os corpos estarem organizados, Riobaldo fala para todos que estavam ali em um tom de discurso:

" - Fomos enganados mais uma vez, na esperança de manter o Glamour vivo desse povo tão sofrido, recebemos a informação de uma das que vivem nos Castelos Esquecidos. E acreditamos. Como sempre, eles não mentem mas brincam com a verdade de forma desonrosa. Conseguimos os mantimentos, mas tinham sanguessugas com eles e perdemos vários companheiros! Isso não vai ficar impune e o sangue vai ser cobrado com sangue. Diadorin, como nossa mestre-estrategista, fale o nome de quem nos passou essa informação e que vai morrer na ponta da minha peixeira!"

Diadorian toma a frente e fala:

" - Ela já andou conosco um tempo até descobrirmos o que ela tava fazendo com os homens do Bando. Se eu não fosse mulher/homi teria acontecido comido também! Quem passou a informação foi a 3 vezes 3 maldita, Mãe de Pantanha!" 

Um burburinho surge e o Capitão Carniça-do-Mal se levante e berra:

" - OXI! E como cês deixaram se enganar por uma docinho? Num aprenderam nada?"

Riobaldo responde:

" - Os humanos da Vila estão cada vez mais sem esperança, daqui a pouco ele vão embora pra cidade e quem vai passar fome somos nós, Capitão, tínhamos que fazer alguma coisa. Mas isso não vai passar impune, porque eis aqui a minha promessa perante o lar de Nossinhora Aparecida e Túmulo de Padim:"

Ele então vira em direção ao Umbuzeiro, se ajoelha e recita::

" - Hoje somos dois, amanhã haverá apenas um. Juro-te inimizade até o ocaso do último Sol. Que meu coração deixe de bater e que minha mão perca a força se um dia eu demonstrar benevolência para contigo, mãe de Pantanha. Faço de Nossinhora Aparecida que mora no Umbuzeiro e de Padim Padi Ciço que aqui descansa minhas testemunhas."

Um silêncio de faz mediante o juramento e o clima se torna mais pesado. Um onda de Glamour sai de dentro do Umbuzeiro e envolve o Troll com o juramento sendo aceito pelo Sonhar. Ele se levanta e finaliza:

" - Temos que entregar esses mantimentos na Vila, eles estarão nos esperando já no primeiro raiar do Sol. Vamos levar os corpos para que eles vejam o que perdemos para que eles tenham o que comer, o enterro vai ser feito lá mediante o Fogo da Fome."


Tudo que Alexandre vê são pessoas maltrapilhas, fedorentas e estranhas fazendo coisas ainda mais estranhas.
Zvenn Lehmann
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De volta ao Umbuzeiro Sagrado Empty Re: De volta ao Umbuzeiro Sagrado

Seg Ago 19, 2019 3:22 pm
O Sluagh estava satisfeito por terem retornado ao umbuzeiro e isso aumentava suas esperanças de que voltariam logo para o único lugar no mundo que poderia chamar de seu. Com seu humor peculiar e caminhar desajeitado, busca se aproximar da Baronesa para ver que rumo ela tomaria. Tinha pressa e não tinha tempo para lamentos.

O juramento feito por Riobaldo lhe lembra do juramento que havia feito à Baronesa e que sabia que tinha uma vingança a fazer. Não lembrava dos detalhes, mas sabia do desejo que adia em sua alma. A paixão sempre vinha antes do dever e Zvenn estava começando a ficar cansado de esperar e de ter outras coisas mais importantes para fazer...
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De volta ao Umbuzeiro Sagrado Empty Re: De volta ao Umbuzeiro Sagrado

Seg Ago 19, 2019 4:34 pm
Íkkarus é quem dirige o SUV da Mixórdia. Estava exausto. O ferimento latejava mais e mais. Por vezes, ele sentiu a tontura subir-lhe os nervos, mas sua ira era maior do que a própria dor. Estava sedento. Irritado. Puto... para ser mais exato.

*Puta que pariu!... Merda!... Filhos da puta metidos a chupa-cabras!*

Toda vez que a dor vinha, a imagem dissimulada da vampira vinha-lhe a mente. Os olhos tomados pela loucura piscavam diante dos olhos do Nocker, que aproveita a situação para ligar o som do rádio e colocar uma música alta. Ele balançava a cabeça ao ritmo da música, tamborilando os dedos - melecados de seu próprio sangue - no volante enquanto dirigia logo atrás do furgão guiado por Zvenn. Naquele momento, ele sentia-se sozinho, imerso em seus pensamentos e lembranças dos olhos que lhe atormentaram

Seria aquele o dia que ele nunca sentiria falta? Talvez.

Seria aquele o dia mais sombrio que viveria? Talvez também. Ou talvez não. As coisas pareciam caminhar para uma aventura que ficaria mais sombria a cada dia. E aquilo amedrontava o Nocker.

Naquele momento, ele só conseguia agradecia por ter sobrevivido. Ao menos por enquanto. Ele não duvidava nunca mais de reviravoltas.

Ele finalmente chegam ao Umbuzeiro, o que trás um pouco de tranquilidade a Íkkarus, apesar do clima fúnebre. Os corpos são retirados dos carros e Riobaldo começa a discursar. 

Ele queria uma cabeça para empalar. Queria o motivo de sua perda, de seu choro. Queria lambuzar-se na vingança que era visível em seus olhos... tão visível que chegava a ser palpável. O Troll não descansaria até ter a cabeça da traidora...

*Mãe de Pantanha?*

Era um nome esquisito e parecia ser alguém já conhecido do bando de Riobaldo. Diadorin anuncia a todos o pecado que expulsou a mulher... o que de fato teria feito a tal Mãe para ser renegada por todos do bando? Aquilo era uma dúvida que brotava na cabeça do Estouvado. O Capitão Carniça-do-Mal se irrita com a facilidade que são enganados e Riobaldo revela que a situação crítica anuviou o discernimento deles. No fim, o Troll faz um juramento diante a grande árvore, dando as ordens. Iriam fazer a entrega dos mantimentos ao nascer do sol. Enquanto isso, eles precisariam descansar.

'- E eu preciso de alguém que me ajude com esse ferimento...'

Ele fala para sua Mixórdia, que provavelmente estava próximo de si ali.

___________________________________________________
Música que tocava na volta ao Umbuzeiro:
Condessa Evony de Eiluned
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De volta ao Umbuzeiro Sagrado Empty Re: De volta ao Umbuzeiro Sagrado

Ter Ago 20, 2019 7:49 am
De volta ao Umbuzeiro, a Baronesa faz o caminho e silenciosa contemplação enquanto trabalha planos em sua ambiciosa mente. 

Ao chegarem no Umbuzeiro Zvenn se aproxima e a Baronesa sussurra com sua bela voz em seu sensíveis ouvidos:

"- Eu tenho uma idéia para trazer um Eshu de volta. Mas eu quero que ele saiba muito bem quem o trouxe de volta e o quanto ele me deve..."

Uma sombra de pura ambição passa no belíssimo rosto da Sidhe mas dura apenas um segundo. Ela então continua a contar seu plano para o Sluagh:

"- Fique de olho nele para que esse mortal não estrague nossos planos. Nós enquanto mixórdia faremos uma infusão de glamour nele e logo logo ele voltará a ser um Eshu chato de sempre..."

Ainda próxima ao Sluagh a Baronesa fala com Riobaldo:

"- Riobaldo, alguns dos meus foram feridos no combate com os vampiros. Teria algum dentre os seus com poderes curativos?"

Se seu sorriso gentil era apenas abalado por sua expressão preocupada quando fala dos seus feridos.
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De volta ao Umbuzeiro Sagrado Empty Zvenn Lehmann - Baronesa | Réles Mortal

Ter Ago 20, 2019 3:02 pm
Zvenn não precisava falar nada e a verdade era que o Sluagh gostava de poupar sua sussurrante voz apenas para o que era inevitável. A Baronesa parecia ter uma ideia para trazer o Eshu de volta e, sem ver motivos para qualquer julgamento moral, apenas assentia com a cabeça.

*Se é assim que a Baronesa quer, que assim seja.*

Aproveitando o momento em que ela caminhava até Riobaldo, o desajeitado Sluagh se aproxima do antigo Eshú. Mantinha uma distância curta para o mesmo, mas ainda não o abordava, apenas mantinha cada movimento seu dentro do seu olhar.
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De volta ao Umbuzeiro Sagrado Empty Re: De volta ao Umbuzeiro Sagrado

Ter Ago 20, 2019 10:59 pm
Alexandre havia passado por muitos sentimentos em um espaço de tempo curtíssimo, e, após ser sumariamente ignorado por aquela criatura. Logo após essa mesma ter lhe feito uma pergunta, acende um dos poucos sentimentos capaz de abrigar todos os outros.

Raiva!

Tão logo chegam no que melhor seria descrito como assentamento de sem terras, toda aquela turba começa a tagarelar sobre maluquices, e, o pior, novamente ignorando ELE, Alexandre Bancole.

*Posso comprar a porra desse assentamento todo só com a conta do hotel...*

“-OLHA GALERA, SEGUINTE - Após ter chamado a atenção, ele diminui o tom de voz - eu prometo uma grana boa pra QUALQUER UM que me arrumar um telefone com bateria e que ligue, grana suficiente para tirar vocês desse lugar horrível, a proposta vale pro que chegar primeiro”

O Wylder, desprovido de Glamour era, por demais, banal!
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De volta ao Umbuzeiro Sagrado Empty Re: De volta ao Umbuzeiro Sagrado

Qua Ago 21, 2019 12:47 am
Seu devaneio é interrompido pelo buzinar do caminhão conduzido pelo Sluagh. A Baronesa, assim como Íkkarus, fala da importância de saírem dali. Principalmente por, apesar de todas as perdas, terem completado a missão que lhes cabia...

*Ela não parece mais tão triste...*

Isso era muito estranho para a Sátiro. O coração dos nobres era assim tão simples de curar? Arianna mostrara que sentimentos assim não passam tão rápido, e mesmo a Sidhe descontrolada parecia sentir o baque não só daquele momento funesto, mas tentando sentir como estava o tal Alexandre, que tinha um semblante claramente confuso.

Xicó abraçava a gaita com carinho durante o caminho, e Margarita se compadece do pobre Pooka. Era a vez de Riobaldo tomar a atenção para si ao tomar a decisão de voltar ao Umbuzeiro.

*Talvez seja mesmo o melhor a se fazer.*

No caminho até lá, apesar da música colocada pelo Nocker que nervosamente tamborilava os dedos no volante da SUV, se mantinha um silêncio profundo das vozes. Talvez em respeito aos que se foram... Talvez pelos que permaneciam.

Ao chegarem à grande árvore sagrada, o Troll toma a palavra e, junto a Diadorin, anunciam quem foi a mensageira que os enviara para os sanguessugas. O líder se exalta e se lamenta. O que mantém os humanos a sonhar é a esperança, e naquela terra tão castigada, esta também era uma semente difícil de cuidar. Uma promessa é feita por ele ao sonhar que a acolhe: A dita mãe da Pantanha haveria de pagar por aquelas mortes através das mãos do grande azul.

*Para tudo, consequências...*

O jovem que tinha a capacidade de consertar qualquer coisa pede ajuda para si, e a Baronesa solicita cuidados para com a Mixórdia. É então que o mortal levanta a voz e a Sátiro volta seu olhar para o que, há tão pouco tempo deixara de ser seu amigo Ébano.

*Lhe falta algo... talvez um universo inteiro.*

Ele oferecia dinheiro. Será que o Eshu encontraria o caminho de volta? Marga tinha muita esperança que sim, mas ele parecia cada vez mais distante de si.

*Quanto mais nos distanciamos do que realmente somos, mais tensos ficamos. Se este elástico continuar a esticar, vai acabar se partindo.*

A negra de olhos cinzentos sempre tivera de lidar com clientes indignados e bêbados trabalhosos, mas não estavam num bar. Aquele humano não sabia o que estava acontecendo, e o medo tem o poder de se assumir várias facetas... inclusive a raiva. Certamente ele parecia BEM chateado.

*Ele realmente não consegue mais ver a beleza desse lugar...*

Se aproxima então do mortal, tentando manter um sorriso. Por conta de sua Abuelita, segurar um pouco as emoções ante esquecimentos a respeito da estrada da vida eram algo um tanto mais fácil de lidar, apesar de nunca menos triste. Nunca pensou em ter de se reapresentar a alguém tão cedo...

"Oi, lembra de mim? Sou Margarita Martinez, nos esbarramos hoje cedo..."

Olhando com sinceridade no olhar, estende a mão para Alexandre e completa.

"Espero poder te ajudar, meu amigo."

*Espero mesmo, de todo coração poder te ajudar, meu amigo...*
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De volta ao Umbuzeiro Sagrado Empty Zvenn Lehmann - Réles Mortal | Margarita Martinez

Qua Ago 21, 2019 11:01 am
*Bicho estúpido, tem que me dar trabalho?* - pensa quando vê o xilique do antigo Colosso de Ébano.

Se esgueirando sorrateiramente, para do lado do mortal e sussurra para ele:

'- Se quer sair daqui, vem comigo...'

Dá alguns passos para o lado vendo se seria seguido. A ideia era tirar o mesmo de perto de qualquer um que pudesse mais atrapalhar do que qualquer coisa, depois via o que faria com o mortal. Talvez pudesse se divertir enquanto a Baronesa resolvia suas coisas de nobre...

Ignorara completamente a Sátiro. Não estava ali para fazer amigos e ainda não a conhecia o suficiente para não achar que ela pudesse atrapalhar com os planos da Baronesa.
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Qua Ago 21, 2019 7:07 pm
Alexandre estava rapidamente indo para um território onde ele não costumava adentrar, o da raiva.

*Essa mendigada aqui não faz a PORRA da ideia de quem eu sou.*


Os pensamentos não eram naturais ao ator, que, de infância humilde, sempre tivera um sorriso fácil e uma calorosa maneira de tratar a todos.

Uma morena, que, mesmo malamanhada, era belíssima, se aproxima com palavras de reconhecimento e cuidado..

*ela me encontrou mais cedo? POUTZ! Será que eu fui a uma festa e fiquei mto louco?*


Mas, antes que pudesse falar, um filhote de cruz credo chega sabe deus de que buraco oferecendo uma saída..

*A ultima que me mandou um, Venha comigo se quiser viver me ignorou.. Foda-se!*


"-Um minuto meu amigo
- Fala um educado Alexandre ao Sluagh enquanto se vira a Margarita - .. A senhorita me ajudaria muito se pudesse me recordar onde nos encontramos e onde estamos exatamente, além do que, claro, me arrumar um celular qualquer.."
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De volta ao Umbuzeiro Sagrado Empty Re: De volta ao Umbuzeiro Sagrado

Qui Ago 22, 2019 12:20 pm
O Sluagh segue dando alguns passos e parando a alguns metros do mortal. Olhava Margarida com atenção. Busca a Baronesa com o olhar de pressa, enquanto seguia fitando os movimentos do Eshu, pensando no que poderia fazer para que ele se afastasse da Sátiro se ela começasse a se mostrar ineficiente.

*E se ela fedesse?* - pensava enquanto ria por dentro de suas próprias ideias.
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Qui Ago 22, 2019 1:33 pm
Riobaldo então volta à sua compostura e responde à Baronesa:

" - Temos sim, mas eu acho que vocês não vão gostar muito. CAPITÃO CARNIÇA-DO-MAL, VOCÊ PREPARA A CURA DELES?"

O Capitão então assente com a cabeça e fala para um dos Kinains ali perto:

" - Me traga uma galinha viva. Vocês dois venham até aqui."

Ele fala para Marga e Íkkarus. O Kinian o entrega uma Galinha branca. O Redcap segura então o animal e arranca sua cabeça com os dentes. Ele mastiga a cabeça e engole segurando o pescoço da galinha para que o sangue não jorrasse. Ele então fala para quem se aproximou:

" - Enquanto o sangue verter desse bicho ele vai curar vocês. É melhor beber o sangue logo dela, antes que acabe. Estão prontos?"

OFF: Quem tomar terá que fazer teste de Vigor para não vomitar.
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Qui Ago 22, 2019 5:18 pm
Íkkarus ouve o pedido da Baronesa e lhe agradece com um aceno de cabeça firme. Ao mesmo tempo, ele percebe um pequeno transtorno feito entre a criatura banal que um dia havia sido seu amigo, o Sluagh e a Sátiro. Entretanto, ele não tem tempo de notar muita coisa pois os berros de Riobaldo lhe convocavam ao centro das atenções

*Por que diabos esse brucutu acha que a gente não vai gostar? Eu vou enfiar uma bala de carabina no cu dele e direi que ele não aguentará a cura...*

O pedido da galinha estranha o Nocker, mas até então aquilo poderia ser parte apenas de um rito. Se galinhas pretas eram sacrificadas em encruzilhadas, por que não poderiam ser utilizadas para cura? Bem, depois da cena que se sucede na sua frente, protagonizado por Carniça-do-Mal e seu pet - ou ex-pet -, talvez, Íkkarus preferisse enfrentar um hospital banal.

*Ele quer que.... EU BEBA?!?!*

A sensação primeira é asco... depois um leve enjoo. Aquilo parecia ser mais nojento do que estar não presença do Sluagh. O Nocker pensa em dar para trás, mas imaginava que aquilo seria visto como um sinal de fraqueza.E ele não daria aquele gosto para o destino. Ele havia acabado de levar um tiro! Beber sangue de galinha não seria nada...

'- Me dá isso aqui...'

Assim que suas mãos se enroscam por entre as penas do pescoço da galinha e o Redcap à solta, o Nocker, sem hesitar, a coloca na boca. Ele afrouxa o apertão e a pressão interna faz o líquido quente e viscoso descer pela sua garganta. Num primeiro momento, seu corpo tenta expulsar aquela coisa nojenta, fazendo um fio escarlate descer pelo queixo e se misturar as manchas características que o Nocker tinha. Um pingo cai em seu macacão, misturando-se ao vermelheril de suas vestes.

Mas ele a toma.

E a medida que o vai fazendo, ele vai sentindo algo diferente em seu corpo. Quando já se sentia 100%, ele fecha a fonte de sangue, passando a galinha para Marga. Com a outra mão, ele limpa seus lábios, sorrindo para Carniça-do-Mal. Os dentes pontiagudos, característicos de seu povo, estavam arubroados.
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De volta ao Umbuzeiro Sagrado Empty Re: De volta ao Umbuzeiro Sagrado

Qui Ago 22, 2019 11:33 pm
Ao ter a atenção para si, a olhos cinzentos via que nada dos olhos de Alexandre tinham de Ídris. Antes que o mortal pudesse responder, Zvenn lhe sussurra uma proposta que foi educadamente recusada. Não lembrava do ser glorioso que foi há tão pouco tempo e nem do Sluagh.

Uma coisa suas visitas a sua Abuelita e os pacientes da casa de repouso lhe ensinaram ...

*Podemos algumas vezes nos perder de quem realmente somos, mas até lembrarmos, não entendemos que estamos tão perdidos. Vamos lá, meu amigo... espero que algumas pistas te ajudem.*

"Tivemos uma conversa na cabana que foi bem importante pra mim. Lá nós dividimos uma bebida juntos. Foi um Arak, lembra? Você quase engasgou no primeiro gole, foi engraçado!"

Marga abre um sorriso bobo e totalmente livre de qualquer deboche. Com essa lembrança, continua:

"Estamos no Sertão, e este grupo nos recebeu. Eles não tem muita coisa, mas não nos deixaram faltar nada do que precisamos até agora..."

Antes que pudesse continuar,  Capitão Carniça do Mal pede uma galinha e que Margarita e Íkkarus se aproximem. Ela fica ainda perto de Alexandre sem entender muito a razão da galinha. Quando o Redcap arranca a cabeça da pobre avoante, Marga automaticamente ergue uma sobrancelha com expressão confusa.

Íkkarus toma à frente e bebe da penosa, já meio suja de carmim. Dá uma leve engüiada quase imperceptível, porém, prossegue em seu desafio rumo a cura de suas feridas. Marga leva a mão instintivamente à barriga, onde o corte parecia profundo. Olha para o ator com um semblante meio contrariado, e antes de ir em direção ao Nocker fala:

"Recusar cuidados dos anfitriões seria bem ofensivo, ainda mais aqui que é interior... Mas bem que podia ser um negócio tipo suco de umbú." Dá um suspiro e continua "Mas de que adianta se esconder? Enquanto uns se escondem da vida, as melhores coisas acontecem, não é mesmo?"

Dá alguns passos em direção à um sorridente Ikkarus de dentes avermelhados mas antes de se afastar mais completa:

"Se quiser depois lhe conto as histórias que sei das que me perguntar. E mais, meu amigo, até sairmos daqui, se quiser, cuidarei de você."

*Até que possa voltar a voar, cuidarei de você, assim como o cuidado que teve por mim desejando que eu pudesse voar novamente.*

A Wylder se aproxima de Ikkarus e pega a galinha ainda meio receosa...

*Já engoli tanta coisa mais duvidosa, que não pode ser tão ruim.*

Pensar positivo. A estratégia era essa. Tipo o verme na tequila, que parecia nojento a princípio, mas era o que fazia a bebida tão diferente.

O sangue quente entra em sua boca e envolve seu paladar com um gosto ferroso. A cada gole, as feridas iam se fechando e Marga ia se sentindo fisicamente melhor. Ao se sentir inteiramente reestabelecida, olha para o Capitão e lhe devolve a galinha para que possa cuidar do restante dos feridos da comitiva.

*Podia ser pior... Mas ainda não é a bebida me fará fazer uma careta."

Pega seu cantil de bebida e enche a boca com um pouco de líquido, bochecheia para limpar o paladar e engole. Passa primeiro o polegar num canto da boca para limpar, depois o indicador no outro canto. Engoliu tudo e não derramou uma gota.
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Qui Ago 22, 2019 11:56 pm
Íkkarus fica feliz que Marga também consegue passar pelo “teste de etiqueta” e lhe reserva um sorriso cúmplice. Vendo-a beber, o Estouvado faz um pedido:

‘- Me empresta um pouco de sua bebida?’

O gosto ferroso não era dos piores, mas não era nenhum whisky 50 anos.
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Sex Ago 23, 2019 12:09 am
Margarita recebe o olhar do Nocker com aquela cumplicidade que só bons amigos de bar entenderiam e abre um sorriso. Quando ele lhe pede um trago, ela instintivamente vai lhe passando a garrafa mas hesita por um instante. Ela fecha a garrafa com um sorriso chega pertinho do ouvido dele e pergunta só pra ele escutar.

"Se pudesse beber o que quisesse agora, o que gostaria que fosse? Fala aqui no meu ouvido..."

E olha com um olhar sapeca para o não mais tão tímido Íkkarus.
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Sex Ago 23, 2019 12:23 am
Íkkarus cora diante da intimidade proposta por Marga. A timidez tinha sido vencida até certo, ainda era um longo caminho tortuoso a ser combatido dentro do âmago do Nocker. Entretanto, ele não se opõe ao pedido da Sátiro, falando-lhe no pé do ouvido o nome da bebida.

Ele faz uma pausa. O famoso “cavalo dado não se olha os dentes” não cabia naquela situação. Apesar de dada, a bebida vinha a gosto do pedinte. Aquilo mudava as coisas e jogava o poder de escolha nas mãos do jovem crafter.
 
Fazia um tempo que um tio seu havia lhe presenteado com uma bebida doce, vinda das terras maranhenses, e que tinha um nome divinal:

‘- Eu adoraria tomar um pouco de guaraná Jesus... tu já tomasse?’

Não havia nada melhor do que algo enjoativamente doce para tirar o gosto férrico da boca.
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Sex Ago 23, 2019 12:38 am
A morena cor de canela fecha os olhos para escutar o pedido e, quando abre, um sorriso vem junto. Ora, trabalhava num bar, e poucas eram as bebidas que não conhecia, mas a surpresa é que o hesitante Nocker não lhe pedira álcool e sim um refrigerante rosa e doce.

*Grande só na altura...*

Ainda baixinho responde:

"Não é isso que eu tava bebendo. Mas guarda esse segredo."

*A noite foi longa para todos. Vai ser bom pelo menos uma surpresa boa que faça sorrir... mesmo tão pequena.*

Abre a garrafa e passa para o jovem Wylder.
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Sex Ago 23, 2019 7:43 am
A Baronesa olha disfarçando profundamente o seu nojo da situação toda. Um Redcap oferecendo uma galinha degolada para que os outros bebessem seu sangue e se curassem era algo dantesco e ela agradecia profundamente por não ter se ferido. 

Observando o olha apressado do Sluagh e agora que todos estavam em processo de cura a Baronesa poderia focar suas atenções no mortal. 

Caminhando sempre de maneira elegante porém com a sensualidade e graça de um felino, Evony se aproxima com um sorriso de Alexandre Bancole enquanto fala com uma voz tranquila:

"- Agora que cuidei dos meus feridos eu posso cuidar de você... E como prometido, você ainda está vivo!" e enquanto fala ela abre um sorriso enquanto estende o braço para ficar de braços dados com o mortal a sua frente e continua:


"- Você gostaria de voltar para casa Sr. Bancole?" 
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De volta ao Umbuzeiro Sagrado Empty Re: De volta ao Umbuzeiro Sagrado

Sex Ago 23, 2019 2:27 pm
*Então eu de fato fiquei louco.. Arak? QUE PORRA É ARAK?*

Mas, ele decidira ficar ali por mais algum tempo..

"-Poderia me lembrar o que exatamente viemos fazer aqui minha querida?"


Enquanto lança sua pergunta, a atenção da mesma é roubada momentaneamente por um outro filhote de camarão albino.

*PUTA.. QUE... O.. PARIU...*


Quando estava prestes a verbalizar seu impropério, a Angel da marca de Lingerie lhe aborda novamente, e, apenas a beleza surreal impede que ele lhe dê uma resposta atravessada.

*O que diabos é uma casa?
* - Pensava Alexandre que só se lembrava de pular de hotel em hotel por mais anos que conseguia contar.

"-Mas é claro senhorita, gostaria muito de voltar a dependências mais familiares.."
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Sáb Ago 24, 2019 2:08 am
O sangue que bebeu não apenas fechou suas feridas, lhe trouxe uma fagulha de esperança. Aquela pequena vitória depois de tantas perdas, por um instante, aquietou um pouco o coração da Sátiro, que se permitiu deixar levar.
Marga passa a garrafa para que o jovem Íkkarus beba do frasco.

Mas ao ampliar sua visão para toda a cena, a realidade volta trazendo seriedade. Vira na direção do Redcap e fala, agora com um tom de voz mais solene:

"Sinto muito mesmo pelos seus, de verdade. Muito obrigada pelos cuidados, Capitão."

Olha para Riobaldo e continua:

"Que todo sacrifício desta noite seja reconhecido pelos que estamos tentando ajudar. Espero que isso traga aos moradores esperança."

Ela volta o olhar para Alexandre. Vê o aproximar da Baronesa, o enlaçar dos braços dela com o Mortal e o render deste a seus encantos.

*Se Lady Evony o acompanha e tem ele sob controle, há de ter uma ideia do que fazer.*

Volta a falar com Riobaldo uma última coisa:

"Quanto tempo temos antes de ir entregar os mantimentos?"
Zvenn Lehmann
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Sáb Ago 24, 2019 11:46 am
Zvenn observava como a Sátiro parecia cuidar do mortal. Não ouvia a conversa, mas imaginar o blá blá blá era possível. Fêmeas e machos eram previsíveis quando estavam juntos e Zvenn conhecia o jogo o suficiente para maldar as ações da sátiro.

*Sátiros...*

Não era profundo conhecedor dos outros Kiths, mas sabia dos estereótipos e se baseava unicamente neles.

É então que a dupla ferida é chamada para uma cena com a galinha que acaba tomando a atenção de Zvenn por um tempo. Via como poesia aquela cena dantesca do Nocker e da Sátiro se embebendo do sangue do animal e a forma como se curavam. Acha bela a cena, a morte trazendo vida era algo que tinha uma mórbida poesia que tocava o Sluagh.

*Uma troca justa.* - pensa.

A Baronesa se aproxima do Eshu nesse momento e Zvenn mantém-se como observador. Confiava que agora as coisas tomariam o rumo que deveriam tomar...
Condessa Evony de Eiluned
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De volta ao Umbuzeiro Sagrado Empty Re: De volta ao Umbuzeiro Sagrado

Sáb Ago 24, 2019 12:49 pm
De braços dados com o belo mortal a Baronesa fala para sua mixórdia olhando cada um nos olhos e fala com sua linda voz:

"- Venham meus amigos. Ele precisa voltar para casa. Precisar dar um presente muito especial para ele e todos devem contribuir..."

A Baronesa se afastava um pouco para ter privacidade com sua mixórdia. Era hora de trazer o Eshu de volta.
Zvenn Lehmann
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De volta ao Umbuzeiro Sagrado Empty Re: De volta ao Umbuzeiro Sagrado

Sáb Ago 24, 2019 11:55 pm
O Sluagh apenas acompanha baronesa com o olhar em um primeiro momento. Sabia o que ela queria fazer, mas não o que tinha em mente e isso o deixava curioso. Certifica-se, com o olhar que todos sigam ao chamado da Sidhe e, quando certo disso, caminha por último, atrás de todos, desengonçado e curioso para ver onde aquela estrada ia lhe levar...
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De volta ao Umbuzeiro Sagrado Empty Re: De volta ao Umbuzeiro Sagrado

Dom Ago 25, 2019 10:11 pm
Ele agradece com um olhar questionador, acreditando que não tomaria o que queria. A surpresa transparece nas expressões latentes do Nocker quando a bebida encosta em sua paletas gustativas e o gosto doce da bebida pedida invade sua boca. Ele sorri para Marga, dando um novo gole na bebida, agora convicto do que estava bebendo.

Ele devolve o cantil a mesma enquanto ela agradecia ao Capitão, o que ele também o faz:

'- Muito obrigado, Capitão Carniça-do-Mal...'

Ela também agradece a Riobaldo e faz seus cumprimentos. Íkkarus o faz com um aceno apenas. Voltando a seu lugar, ele percebia que a Baronesa se enlaçava com o corpo banal do Exú. Diante do pedido da Sidhe, o mesmo vai retornando ao seio de sua Mixórdia, mas diminui os passos para escutar a resposta de Riobaldo ao questionamento da Sátiro.
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De volta ao Umbuzeiro Sagrado Empty Re: De volta ao Umbuzeiro Sagrado

Seg Ago 26, 2019 1:53 pm
O Capitão Carniça-do-Mal dá um sorriso cheio de dentes para Íkkarus e apenas assente com a cabeça. Riobaldo então responde para Marga:

" - São 3 da manhã, ainda bem que vocês descansaram durante o dia. Chegaremos lá em torno das 5 da manhã. Então se preparem que partiremos em uma hora. Cuidem da Mixórdia de vocês que eu cuidarei do meu bando até estarem prontos. Lá eu cumprirei minha parte do trato e os levo até a Rabeca."


Ele se vira para os sobreviventes do seu bando e dá ordens:


" - Metade dos mantimentos não perecíveis fica conosco por enquanto. A outra metade vai e todos os perecíveis também vão. Eles vão ser usados para alimentar o fogo da fome."


Última edição por Admin em Seg Ago 26, 2019 9:29 pm, editado 1 vez(es)
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