O Primeiro Convite

Arianna estava entediado com aquilo tudo e essa era a deixa que ela precisava:

" - Depois escolho alguma máscara para mim.. Vamos Edvan, tomar um sorvete e ver as pessoas lá fora."

Ela sai com o menino, deixando os dois a sós. Enquanto acaricia o gato, Don Ignazio diz:

" - Esses ideais Seelie de vocês só limitam suas possibilidades... Mas veja bem... Acho que você tá enganada em um ponto. Isso não é uma negociação. 
Você vem até mim pedindo: Don Ignazio me consiga uma máscara, mas não pede com respeito, não oferece amizade. 
Acha que vamos negociar. Eu não preciso da sua beleza, eu quero ela pra garantir que terei de volta o que é meu."

Ela tira um pequeno punhal e brinca com ele dizendo:

" - Então como vai ser? Esse punhal parece ser útil."

Evony finalmente fica a sós com o Boggan e suaviza sua expressão. Ela escuta as palavras do Mafioso e apesar de disfarçar muito bem, ela fica furioso por ouvir aquilo de um plebeu.

*Quem diabos ele pensa que é? Um simples boggan que deveria agradecer aos céus por alguém como EU ter entrado nessa lojinha nojenta...*

Porém, ao contrário do que ela pensa e em algum ponto subconsciente sabendo de sua desvantagem contra o Grump, a Baronesa apenas sorri e desata a despejar suas mentiras: 

"- Me perdoe Don Ignazio, eu não quis lhe faltar com o respeito. Eu só precisava de uma desculpa para vê-lo a sós. Eu ouvi a sua fama e estou impressionada. Como cheguei a pouco tempo de Arcádia e ainda não conheço nada e nem ninguém nessas terras estou em profunda desvantagem. Eu na verdade gostaria de lhe oferecer a minha amizade." 

A Bela jovem continua a sorrir mas movimenta-se de maneira lenta e graciosa, tanto para seduzir, como para que o outro não se sinta em nenhum momento ameaçado. Com uma felina ela senta sobre a mesa e cruza as suas pernas de maneira sensual e elegante. Olhando agora o Boggan nos olhos e com um sorriso malicioso ela continua a falar com sua voz de veludo, bela e sedutora: 

"- Olhe para mim. Uma mulher com os meus... Talentos... Será muito útil para alguém como o senhor. Imagine quantos mortais e Kithain eu poderia trazer-lhe como tributo. Sirvo a Casa Eiluned, mas tenho minhas próprias ambições e sei que sozinha não chegarei longe. Então Boss, tem alguma vaga aberta?"

A coisa toda ia acontecendo como peças de um teatro de improviso, porém, eles eram muito melhores que o Eshu, que, perdido em seu próprio devaneio, esqueceu-se que deveria entreter sua plateia e não o contrário.

"-Meus amigos - um enorme sorriso - além gentis, inteligência é uma marca de família - fala fazendo uma pequena mesura para Tereza - a senhora acertou em cheio, faço aqui ou acolá uma atuação em uma peça ou pequeno filme."

Olhando desta vez ao pai, continua..

"-Muito obrigado por me receberem em sua casa, em verdade Ikkarus é o melhor aluno que eu já vi, estou fazendo um laboratório pro próximo trabalho e seu filho esta me ajudando demais, depois que você descasca essa casca de Jaca, seu filho se mostrou um amigo confiável e estou querendo encomendar algumas coisas pessoalmente para ele para me ajudar a conseguir o papel que tanto quero - em uma risada franca, continua- mas a sorte me sorriu e quando vim encomendar um trabalho, tropecei num jantar... quanto a agua... me perdoe - o Eshu continua com sua cara de divertimento franco - Havia comprado antes de vir, e, achei que era uma companheira sublime ao vinho e ao sorvete, parecia errado separar o trio..."

Fala tudo enquanto serve seu prato de generosas porções de tudo que havia na mesa, esperaria o fim do jantar para tratar com o Nocker, mas pretendia aproveitar todo momento daquela refeição.

A mãe de Ikkarus estava maravilhada com o Eshu, era só sorrisos.

O pai nem tanto. Não soava mal educado nem nada, apenas parecia ser alguém sem tempo ou ânimo para aquela conversa, em um determinado momento solta:

" - Eu tava desconfiado já que ele tava se envolvendo nesse meio de artista mesmo. "

 A mãe de Ikkarus bota a mão em seu ombro e diz:

" - Sua família tá aqui pra te apoiar, meu filho."


 O Jantar corre normalmente, com o sorvete de sobremesa e um café no final. Tereza começa a recolher os pratos e se recusa a aceitar qualquer ajuda para arrumar alguma coisa. O Pai se levanta e volta a se sentar na poltrona para assistir o fim da novela. 


OFF: Estão livres para decidir onde ir.

O Boggan estava maravilhado com aquela Sidhe, porém ele não era um jovem que acabou de sair da crisálida, ele era duro e turrão.

" - Em todas as minhas vidas, eu já tive esse tipo de conversa mais vezes do que a Baronesa pode imaginar. A própria Imperatriz do Inverno já esteve aí no seu lugar pedindo minha ajuda. Mas.. já que você falou dessa forma, tenho outra ideia. Dê uma olhada nessa outra caixa."


Dentro da caixa havia um vestido de festa, ele era negro com detalhes em vermelho. Os detalhes mudavam de lugar constantemente, trazendo uma aparência fluída à parte de cima do vestido. Era possível sentir que havia algum Glamour naquele vestido.

" - Quer fazer mesmo parte da minha família como amiga? Vai ser simples, o vestido e a máscara. Você será a mais baile daquela porra daquele baile... Mas eu que estarei com a mais bela. Seja minha acompanhante o Baile, esteja ao meu lado lá, me trate com o devido respeito que se dá a um amante por essa noite, e você pode usar essas peças tão raras. "


Ele olha nos olhos de Evony e diz:


" - Eu sei o que você tá fazendo com essa Fionna idiota, você acha que eu deixaria de perceber esse tipo de coisa? É a última oferta, se não quiser, eu ofereço para ela. "

A Baronesa senti que conseguiu o que queria e conquistou um lugarzinho especial nos olhos do Mafioso. O Velho não tinha mordido completamente a isca como as outras pessoas, mas sente que as coisas vão tomar o caminho certo. Um dos pontos que mais chama atenção é quando ele menciona a Imperatriz do Inverno.

*Esse velho vai ser bem interessante do que eu imaginava. Até a Imperatriz do Inverno já esteve no meu lugar? Eu me pergunto o quanto ele deve saber sobre todo mundo... Acho que você acabou de conhecer a mulher da sua vida Don Ignazio.*

A Baronesa passa os dedos delicamente sobre o macio tecido quimérico do belíssimo vestido e fica mesmerizada por alguns instantes. 

*Finalmente algo digno da minha beleza! Finalmente alguém que sabe como tratar uma mulher.*

Então ele lhe propõe que ela seja sua acompanhante pela noite. Evony reflete por alguns instantes. Sua primeira reação de nojo pela feiura do velho é disfarçada pela sua habitual máscara sedutora que ela mantem a todo momento ela encara o Boggan nos olhos e rapidamente um plano se forma em sua mente, era bom saber que sempre se podia contar com o frágil ego masculino. Ela ainda é confrontada com as suas reais intenções com Arianna, mas isso não  surpreende Boggans são conhecidos por saberem ler muito bem as pessoas e as relações. Limitando-se a sorrir sinceramente e acrescentar um leve tom zombeteiro:


"- Eu não faço ideia do que você está falando... Ela é minha melhor amiga." 


A Baronesa então se aproxima rapidamente do Boggan e beija sua bochecha para em seguida sussurrar em seu ouvido: 


"- Tenho certeza que será uma noite maravilhosa. A que horas você me busca?"

Evony espera a resposta sentada de pernas cruzadas olhando nos olhos do Boggan. Já nem o achava tão feio assim. Tinha muitos planos para ele.

O Boggan olha para Evony satisfeito e fala: 

" - Temos assunto para tratar com o Duque antes do baile. Te busco às 16:00. "


Ele continua brincando com seu punhal e diz:


" - Mas veja bem, se você mentir para mim, se você não se portar como minha acompanhante, eu juro, que vou até o inferno atrás de você atrás do que é meu por direito. Leva também qualquer coisa aí pra sua melhor amiga, ela vai ficar feliz."

A Baronesa sorri e balança a cabeça positivamente. Estava satisfeita com o que havia conseguido. 

O Boggan brinca com o seu punhal enquanto a ameaça caso ela não cumpra sua palavra. 

Apesar de sentir um frio em sua espinha e saber que aquele era um homem perigoso, Evony mantem o seu sorriso no rosto e enquanto escolhe uma máscara bonita para Arianna e para o Filho do Duque, ela responde com firmeza e olhando nos olhos do mafioso:

"- Meu querido Don Ignazio. Eu sou a Baronesa Evony de Eiluned e juro pelo sonhar que amanhã serei a sua acompanhante para o Baile de Máscaras. Apenas se preocupe em ser uma companhia agradável e eu farei o mesmo."

Evony escolhe uma máscara bonita porém simples para Arianna e algo que caiba no garoto também. 

Quando ela pega a última, apenas fala: 

"- Para o garoto. Até amanhã."

E com beijo na bochecha ela se despede do Boggan e sai em busca dos seus outros companheiros com os presentes.

O Jantar transcorre de acordo com o esperado, o Pai de Ikkarus parece um homem prático, relativamente ciumento, sendo a única dúvida do Eshu o quão mente aberta ele seria.

Ao se dirigir ao quarto do Nocker, Idris tão logo entra, contempla o pequeno local que Ikkarus chamava de seu.

Sabendo da natureza cartesiana de seu companheiro, Idris vai direto ao assunto.

"-Gostaria de lhe pedir duas coisas Jovem Ikkarus, primeiro, gostaria de confeccionar uma máscara, nada rebuscado demais, porém, gostaria de um pequeno, digamos, dispositivo instalado nela.. - O sorriso do Eshu se abria em antecipação - Sem falsas modéstias meu amigo, mas, minha face não necessita de adornos maiores que meus olhos, e, neste ponto que gostaria de sua ajuda, gostaria de um dispositivo, de uso único, como todas as maravilhas devem ser, que pudesse projetar as constelações de meus olhos sobre uma plateia.."

Após uma pequena pausa para perceber a reação do Nocker, ele comenta..

"-Segundo, pretendo levar um mortal para o baile, pretendo deslumbrá-lo de tal forma que este expanda sua mente e seja capaz de retratar em uma imagem, as maravilhas do sonhar, para tal, preciso de um presente, e, desejo que me ajude a confeccioná-lo - A bomba estava lançada - Como pagamento, lhe prometo três favores mais um!"

O Eshu absorvia os detalhes do quarto do Nocker enqunto este rabiscava em seu caderno tal e qual aranha que tecia seus fios de maneira aparentemente caótica, mas que, não só era belo de se ver, como daquele caos surgia uma ideia, uma visão surpreendentemente bela..

*Nosso nascimento se deu assim...*

O nostálgico wylder, absorvendo o quarto, casando-o com seu dono, sente uma curiosidade repentina. Como seria ter um lugar para chamar de seu? Um lugar que refletisse a essência do que você é? 

Idris acreditava que se estudasse o local tempo o suficiente, descobriria o nome do Nocker, caso não o soubesse.

O quarto era partitura e pintura ao mesmo tempo, que esperava para cantar o nome de seu criador... mas... Ele jamais tivera um pouso para chamar de seu.. 

Antes que qualquer traço de tristeza se abatesse sobre o Eshu, uma ínfima brisa se fez presente, ao se esgueirar pelas frestas de uma janela, uma fresta calculada para manter o ar sempre fresco naquele pequeno santuário, mas, tal brisa sussurrava para Idris seu eterno e imutável nome e o sorriso do Eshu parecia ter ganhado dentes a mais e ficado ainda mais alvo, ao se lembrar que seus domínios não possuíam paredes ou fronteiras, seu nome e lugar seriam tal e qual a tecelagem da aranha, a folha que rodopia ao vento e ao grão de areia que desbrava as profundezas do mar.

Ele desperta de seus devaneios quando o Nocker tambem emerge à “realidade”..

“-Se você tiver um pote, um pouco de coragem, um passaporte e uma desculpa, vamos atras da areia do deserto, quanto a outra questão, creio que, tenho um item que poderia nos servir a ambos amanhã, sua mãe não só perdoará sua falta, como sentirá que seu filho fez por ela mais do que qualquer um poderia vir a fazer...”


Idris parece ponderar por um segundo...

“-Como tal item ajudará a ambos, não o cobrarei como favor, mas, em contrapartida, não o ajudarei com a desculpa que dará ao seus pais por passar a noite de hoje fora..”


O Eshu ao falar, já saca seu celular do bolso verificando os voos para o Egito..

Idris era um sonhador, mas, tinha de se curvar a praticidade e verdade das palavras de Ikkarus..

“-Você tem razão meu amigo.. além do que, quero que tenha tempo para se debruçar sobre sua criação.. mas me diga, por que não vamos agora?”

Evony pega as máscaras e o Boggan parecia satisfeito com o acordo.

Ela sai do escritório e encontra Arianne com o filho do Duque sentados no meio fio da rua de lojas tomando um sorvete. A rua não passava carros então era seguro. Evony não pode deixar de notar que algumas pessoas olham de certa forma interessados e até um pouco confusos para Arianne, com certa curiosidade. Geralmente ela está ao seu lado, e aquela era uma perspectiva diferente.

Estava quase anoitecendo já e as lojas começavam a fechar, era possível sentir uma leve mudança nos ares do local.

O Eshu e o Nocker pegam um uber até o Centro da Cidade, conhecido como Saara.

Durante o dia era um mercado aberto, porém a noite era da boemia. 

Vocês chegam, são aproximadamente 21:00 e podem ver alguns bares já abertos, é uma segunda-feira semana então as pessoas fazem um Happy Hour para tentar fugir um pouco da sua rotina, mas é um dia um pouco mais vazio. Algumas crianças de rua também ficam por ali cheirando cola ou observando as pessoas com olhar debochado e predatório. Outros vendem miçangas para tentar conseguir a janta.

Andando pelas ruas é possível ver um bar que chama a atenção, há um letreiro quimérico em neon estilo antigo com uma mulher que fica mudando de posição. Algumas mesas estão nas mesas que são colocadas para na rua na frente do bar.

O nome do bar é: "O Bode".

Ao adentrar o Saara, Idris dá um longo suspiro, inspirando o ar da noite, recheado dos fragmentos de memórias de tudo aquilo que compõe um todo.

Suor, medo, alegria, prazer, prata, ouro, terra, gordura, agua, álcool, papel, arvore, pedra, glamour....

Obviamente, o Eshu não possuía sentidos aguçados o suficiente para sentir nada disso, mas, naqueles segundos em que fechou os olhos para o mundo e os abriu para a mente, ele se deixava inundar pela sinestesia que eram os retalhos de mil contos que se digladiavam em sua mente por atenção.

Sem esperar pelo Nocker, o Wylder se lança pelo caminho onde o vento parece mais plácido e se depara com "O Bode"...

*Ótimo...*

"-Beba comigo Ikkarus.. O bode é um animal de capacidade ímpar de conseguir algo que lhe aprovem.. - Já sentando-se em uma mesa, Idris procura àquela que poderia servi-los e sinalizando para ela, pede - Boa noite dama que envergonha as maravilhas do mundo dos homens, seria rudeza de minha parte pedir que nos tragar quatro bebidas? Duas doses da bebida menos pedida no bar, uma dose que você ofereceria à um amante e outra que ofereceria à um desafeto.."

O Sorriso do Eshu era carismático e recheado da honestidade juvenil daqueles que não se importam com nada além do momento vivido..

Evony sai profundamente satisfeita consigo mesma. Seria a mais bela do baile e faria uma entrada triunfal! O Boggan poderia servir aos seus interesses e em toda sua hubris, a Sidhe não pensa no perigo que pode estar correndo com o mafioso. 

Enquanto anda a Baronesa avista Arianna e Edvan. Os dois Sidhe tomavam sorvete sentados no meio fio e formavam uma linda cena. Evony então percebe que outras pessoas admiram a cena e olha de uma forma estranha para a Arianna. Ao perceber que sua "amiga" era admirada Evony sente uma pontada dentro de si e por um segundo sente uma dor que faz o seu rosto contrair em uma careta. A bela jovem olha aterrorizada enquanto sua pele toma um tom levemente esverdeado e suas mãos ficam enrugadas como a de uma anciã. Tomada por terror e ódio a Sidhe pensa consigo mesma:

*De novo NÃO! Maldita seja essa Fionna!*

A Baronesa olha rapidamente e vê um ciclista distraído indo na direção aproximada dois outros Sidhe. Agindo rapidamente e sem que os outros Kithain vejam Evony olha nos olhos do ciclista que por um segundo vê algo sobrenatural e se assusta caindo na direção de Arianna. 

Quando percebe que conseguiu derrubar o ciclista, a obstinada Baronesa sorri consigo mesma e já sente os efeitos de sua maldição passando enquanto para para ver o que acontece com a odiosa Fionna.

*Mwuhauahauhuahuauhahuah. Vejamos como você sai dessa sua maldita!*

Uma atendente bastante sensual chega até os dois e de forma surpreendentemente tranquila com o pedido o anota e traz:

- 2 doses de um Whisky com um verme (quimérico) estranho dentro
" - Quase ninguém pede isso, esse verme vem da criação da dona do bar e é um filhote dos vermes que vivem no deserto de Duna em alguma canto do Sonhar."
- 1 dose de catuaba selvagem
" - Meu amante vai precisar, geralmente ele precisa ainda mais que isso"
- 1 copo de água
" - A melhor coisa pra oferecer ao inimigo. Sem a perspectiva certa eles ficam cegos."

Ela olha pra vocês e fala:
" - Nunca vi vocês por aqui, são novos? Já conhecem a casa? "

Ela fala como se já tivesse repetido aquilo algumas vezes:
" - Lá no fundo do bar, depois daquela porta temos algumas mesas de sinuca e outros jogos. Alana, a dona do Bar, deve estar por lá jogando. Só cuidado com última mesa, tem um pessoal lá que não é de muitos amigos."

Arianna vê Evony chegando e faz um sinal para que ela também pegasse um sorvete e se sentasse no meio fio junto com elas.

Ao atravessar a rua, Evony parece esbarrar em um ciclista que vai em direção à Arianna e Edwan que estão sentados lado a lado. 

Arianna é rápida e empurra o menino o tirando do caminho. Porém, com o movimento ela fica exposta e o guidão da bicicleta acerta direto sua boca, que sangra.

O ciclista fica confuso com a queda, porém ao ver Evony se desata a pedir desculpas. Ao ver Arianna, simplesmente pega sua bicicleta e sai.

Arianna, com a mão na boca fala para Edwan:

" - Você está bem?"

*Vermes do deserto de duna...*

A perspicácia daquela atendente era equiparável à sensualidade que exalava tão naturalmente, mas, Idris havia crescido sobre os palcos e seria necessário mais do que aquilo para derrubá-lo em frente a uma plateia.

"-Seus amantes são tolos ou covardes, uma vez que você é inebriante o suficiente para fazer um homem desejar morrer em seus braços.. - O Eshu sustenta o olhar da atendente por tempo o suficiente para que sua investida fosse notória, porém, cortez - .. Mas, como não teria chances da sorte me conceder morte tão maravilhosa, me limito a lhe agradecer. Me chamo Idris Bancole e meu colega chama-se Ikkarus, o Gênio de mil línguas.. de minha parte, faz um bom tempo que não caminho pelo Saara, e, jamais tive o prazer de conhecer esta casa que possui a própria fortuna como atendente"

Após suas últimas palavras, ele pega o copo de catuaba, arrastando o de agua para Ikkarus... "-Eu sou um tolo.." ... e, olhando nos olhos da atendente, bebe lentamente todo o conteúdo do copo..

*Já que pretendo jogar hoje a noite, porque não começar agora??*