Ducado do Belo-Mar
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Zvenn Lehmann
Zvenn Lehmann
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O Túnel Preto e Branco - Página 3 Empty Re: O Túnel Preto e Branco

Sáb Abr 04, 2020 12:55 pm
As coisas boas da vida duram o tempo exato para se tornar inesquecíveis, as coisas ruins nem precisam de tanto esforço.
 
Zvenn sabia o que acontecia e que não poderia se manifestar, cabendo à sua mixórdia lidar não apenas com tudo aquilo, mas também com sua omissão. Sua personalidade, sempre reclusa, não era afetada por sua passividade. O Sluagh não era do tipo que se importava que fizessem todo trabalho sem que ele mexesse uma palha sequer, mas de certo modo, algo ali conseguia furar esse bloqueio e adentrar no profundo vazio da alma de Sussurros-das-Almas.
 
*Quando você olha fixamente para o Abismo, o Abismo olha de volta para você, Zvenn. Você sempre soube disso.* - reflete o silencioso Sluagh.
 
As sombras eram o local mais adequado, não apenas pelo manto acolhedor da escuridão, mas também pela poesia dos incontáveis tons de escuridão que abraçavam o Estouvardo.
 
O Nocker fala algo, Zvenn sequer nota. Ikkarus era uma antítese curiosa para Zvenn, assim como Ídris representava algo que o Sluagh nunca almejou ser, algo que ele não via beleza, algo que era tão intangível que se tornava digno de sua curiosidade. Se não fosse por ainda culpa-lo por quase tê-lo feito um churrasco, Zvenn teria mais atenção para entender aquela criatura que falava algo que ele não entendia naquele momento, tal qual fazia com o sol cantante da meia-noite.
 
A cena parecia caminhar em câmera lenta. Das palavras do Nocker, apenas “Troll” fora captada, dos movimentos de Margarida no entanto, cada milímetro era observado. Sua relação com a Sátiro era praticamente nula, as vezes esquecia até de seu nome. Sua felicidade era irritante, sua alegria ardia como ferro frio, mas era ela que parecia se conectar com o que Zvenn acreditava que ninguém jamais teria conexão.
 
O tradicional olhar assassino ganha nuances de curiosidade. No momento em que a freira toca em Margarida, o corpo de Zvenn se retrai e ainda mais nas sombras o Sluagh se encolhe.
 
*Isso não...*
 
Ele sabia o que estava acontecendo, ele sabia o porquê daquela Freira estar ali. Ele não escutava o que ela falava com  Margaria, mas ele sabia. Ele sabia. E ao saber, tinha que lidar com o maior adversário: seus pensamentos, seus medos, suas paranoias.
 
*Não era pra ser assim, mas...*
 
A culpa vinha e voltava como ondas em um tsunami de emoções que faziam, no fundo, Zvenn não saber nada. E sem saber, mas sabendo, ficava em dúvida se era ou não era. Não era ser ou não ser, não era uma questão, era um paradoxo mental que fazia o Sluagh viver num looping de emoções perdidas, mas mantendo-se, externamente impassível para quem conseguia o observar no meio das trevas em que se acolhia.
 
Tudo em pouco tempo, tudo tão intenso.
 
As mãos trêmulas do Sluagh tampam seus ouvidos, os olhos se cerram mas não ao ponto de se fechar. E com eles quase fechados, via Margarida correr com a criança. Aquilo deixava Zvenn tenso, suas mãos deixam seus ouvidos e tentam apagar o fogo como se ele estivesse em seu corpo e não no corpo da Sátiro.
 
‘- Não... não... não... pare... não... pare...’ – sussurrava baixo para si, se recolhendo cada vez mais e tentando apagar um fogo invisível que não tocava sua pele.

Margarida sai, o olhar de Zvenn cruza com o da freira. E nesse momento, talvez apenas nesse em muito tempo, uma única lágrima percorre o lado esquerdo do rosto do Sluagh que apenas diz:
 
‘- Eu sei...’
 
Cabisbaixo, o Sluagh se esqueira para o lado de fora onde encontra Margarida e os demais, mas não onde esperava, mas reconhecendo o que parecia ser o novo ambiente. E, agora, uma versão passada de Zvenn percorria o chão em brasas.
 
*O fogo purifica* - pensa, ainda um pouco atônito, tentando se adaptar à nova realidade.
 
A baronesa se aproxima e isso passava a exigir de Zvenn postura. E o fogo parecia acender a chama das almas, Idris entra pelo caminho de brasa encarando seu caminho.
 
*O sol da meia-noite volta a ser o ébano colossal* - pensa, vendo aquilo.
 
Ídris era outra antítese de Zvenn, uma mais tangível do que o Nocker. Ele tinha o espírito das aventuras, Zvenn a sede dos segredos. Ele tinha o brilho da manhã de sol, Zvenn a sombra do eclipse da lua. Ele carregava alegria e esperança, Zvenn nadava na amargura e sorria apenas no vazio da solidão.
 
E era ele que caminhava pelo mesmo caminho que Zvenn se via rastejar e queimar. Margarida faz movimentos de seguir, mas é impedida pela outra Sidhe, alguém que pouco chamou a atenção de Zvenn para além da habilidade combativa.
 
*Ela demonstra ter um cérebro às vezes, isso é surpreendente.* - reflete, esboçando um micro sorriso por sentir sua acidez voltar a amargurar sua boca e sua mente.
 
Os olhos curiosos do Sluagh voltava-se para Idris que caminha ate a pedra e a pega. E volta pelo mesmo caminho que foi. Os pés desengonçados de Zvenn ficavam inquietos a cada passo dado por Idris.
 
*Pés descalços, queimados pela chama. Escurecidos pelas marcas. Pés escuros. Tudo se conecta ou será minha loucura que cresce?* - reflete, conectando aleatoriedades (ou não) que voavam pela sua mente perturbada. Com o olhar baixo, procura Zvenn quando ele chega, conectando-se por um breve momento e, olhando para a Baronesa em seguida sem nada dizer, apenas parecia aguardar.
 
E como quem aguarda, assiste o ambiente mudar, sempre em sua ausência de cores, sempre sem nenhum sopro de vida, sempre em tons de sombra e melancolia.
 
*Terceiro ato* - pensa.
 
E, sem olhar, apenas ao ouvir a risada zombeteira, o Sluagh pensa aflito.
 
*Meera? Previsível... e perigoso...*
 
Seus olhos buscam a aparição e um semblante de preocupação toma conta do Sluagh que sentia que nada estava tão ruim que não podia piorar. Os fantasmas do alto não pareciam se incomodar com a Mixordia.
 
*Mas também, ainda não fizemos nada...*
 
Pelas palavras da Baronesa, Arianna, a Troll e a Sátiro seriam a linha de frente. Zvenn não se sentia conectado a nenhuma das três e, temia em seu íntimo pelo que estava por vir. Não por si, nem pela Mixórdia. Por Meera. A beleza de Arianna, os tons azulados da Troll, a pele morena da sátiro, tudo era tão cinza quando a alma de Zvenn ali, tudo era sem vida, tão sem vida quanto Meera...
 
O olhar de Zvenn era fixo na aparição, sentia que algo ali seria forte e ele precisava estar preparado. Imóvel por fora, num turbilhão de emoções por dentro, sem ideia do que iria acontecer, Zvenn preparava-se para mais um turbilhão de caos. Nem mesmo aquele que era conhecido sussurros das almas tinha um sussurro pronto para aquele momento...
Margarita Martinez
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O Túnel Preto e Branco - Página 3 Empty Re: O Túnel Preto e Branco

Ter Abr 07, 2020 7:51 pm
Margarita, com o corpo desfalecido do amigo em seu colo, sem perceber havia se posto indefesa, e sem perceber, a Troll que mal conhecera naquele mundo cinzento, se aproxima.
A grande bastião que seu coração sabia ser azul como uma safira e resistente como um diamante encosta em seu ombro com a gentileza do toque de boa noite dos lábios de uma mãe. A negra nunca saberia dizer o quão grandiosa Kalliope parecia a seus olhos naquele momento.

Assim sendo, não oferece resistência alguma ao lhe confiar o viajante. Ele se anhinhava em um braço dela apenas, e a leveza das escolhas e caminhos o faziam parecer ainda mais leve.

Sorri de volta a Lady Kalliope em sincera devoção Sabia que naquele momento, a amava. Naquele momento, ela poderia lhe pedir qualquer coisa. E seu pedido era tão simples, como as coisas boas devem ser.

*Que criatura bela e incrível...*

Limpa os olhos marejados e se pondo novamente de pé, apenas responde.

"- Vamos."

A voz de Lady Evony se lhe traz novamente a realidade. Uma realidade tão.... Banal. A praticidade de seus comandos vinha como um adulto que teima em dizer que se deve pintar dentro da linha ou que o próprio papel poderia conter os mundos desenhados de uma criança.

Ela coloca Margarita junto às guerreiras, na linha de frente. Garante que nada de mal afligiria o Viajante Ébano e reivindica as pedras.

*Eu sou a linha de frente...?*

Suas mãos deslizam para seu bolso, pregando uma peça para com sua cabeça que nada lhes havia ordenado. O Duque havia lhe dito que deveria se juntar à pés escuros, coisa que em nome de seu juramento o fez de bom grado.

Mas quando as pedras escorregam para as mãos estendidas da Baronesa, o tempo arrastava-se e parecia brincar com seus sentidos de forma bastante cruel. Ela olha para a chama reluzente no olhar da Sidhe da casa Fiona refletida em seu sabre. Olha para a Gigante gentil portanto sua magnífica espada, agora com o Porco ao seu lado disposto a levar o Eshu. Ao tocar das pedras talhadas nas delicadas mãos da Sidhe, olha para si mesma.

*Eu não sou uma espada...*

Olha com certa amargura para a belíssima Nobre diante de si.

"Você me quer como... Quer que eu seja seu escudo? Você tem razão, ao me colocar na frente por um motivo. Eu morreria por alguém que amo, minha nobre."

Faz uma respeitosa reverência. Lady Evony observa a mudança no ambiente, e provavelmente não percebe a sutil mudança no semblante da Sátiro.

*E neste momento, eu não amo você.*

As mudanças lhes levavam a algo que parecia remeter ao lugar de conforto para um Nocker. Muitas coisas poderiam ser usadas de ferramenta ali, porém o que lhe chama a atenção são as criaturas que ali faziam morada. Começa a falar baixo, como que apenas para si.


"A criança que sofre e deixa cuidar.
O jovem sozinho que se deixa queimar.
Como levar o fogo na forma mais pura?
Será nas chamas que queimam por fora,
Ou aquilo que arde no peito da criatura?"


Procura Zvenn com o olhar. Cada sala que passa mostram vários caminhos que perecem num único destino cinza e triste. Um sacrifício que poucos merecem dos se fazem lança em riste. Seu olhar estava fixo na aparição. O Sluagh estava imóvel.

*Então arde. De forma dolorosa, mas arde.*
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Qui Abr 09, 2020 10:43 am
Arianna olha a situação, ela estava um pouco ferida e com pouco Glamour, então não estava em suas melhores condições, ela pergunta:

" - Temos que pegar essa pedra logo.. Ikkarus, você não consegue construir alguma coisa pra atrair ele? "

Ikkarus, Margarita, Arianna e Zvenn estavam mais à frente analisando o ambiente quando um dos monstros fantasmas vê a mixórdia e parte em direção aos que estavam mais atrás parados, o monstro acerta o chão e explodindo. O eco da explosão ressoa na metalúrgica e Zvenn sente sua cabeça doer novamente.

OFF: Ídris, Evony, Kalliope e o porco devem fazer um teste de vigor (me chamar no whatsapp).
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Sex Abr 10, 2020 11:44 am
Arianna convida o Nocker a colocar-se mais adiante com a possibilidade de criar alguma coisa que pudesse ajudá-los. Íkkarus lhe sorri com os dentes pontiagudos à mostra, esfregando as mãos em ansiedade. Por vezes, o Estouvado não tinha a chance de mostrar sua utilidade. A verdade era que recorrentemente sentia-se inútil diante de companheiros que manejavam habilmente punhais, espadas ou eram lutadores vorazes...

*Você é um mecânico habilidoso, Íkkarus, não um trapezista de circo...*

A frustração inerente ao Nocker se via reclusa naquele momento. O brilho no olhar do jovem era notável. Era possível ver a felicidade por detrás do tom amarelado das íris peroladas de seus olhos. Ele, então, responde a espadachim Fionna:

'- Claro que eu consigo, Arianna... Tu já viu o filme dos Ghostbusters? Caralho... Eu v...'

A excitação do Nocker é interrompida com a explosão que ocorre atrás deles. Um dos fantasmas se lança sobre o restante do grupo. Um verdadeiro kamikaze. O impacto revela que a criatura ectoplasmática era uma bomba umbral. Eles não tinham muito tempo. Ele fala então para Arianna:

'- Coordene o grupo e me dê cobertura! Eu vou precisar de tempo...'

O Nocker aproveita o rebuliço da explosão para lançar-se mais a frente do grupo, escorregando ao lado de um dos suportes de uma das fornalhas. Ele cospe nas duas mãos, esfregando-as rapidamente. Ele logo puxa uma parte do suporte, arrancando uma peça cheia de parafusos e porcas. O Nocker olha de um lado para o outro, vendo um monte de fios jogados ao canto. Rapidamente, ele se lança sobre os mesmos, agarrando o máximo de fiação que podia. Havia  fios vermelhos, azuis, verdes, amarelos...

'- Deve bastar...'

Ele pega a primeira provisão de peças e as coloca sobre um painel central que havia ao lado das fornalhas. Ali também havia algumas coisas que ele poderia utilizar. O Nocker então, concentra o Glamour que possuía, uma grande parte dele. Sentia o poder circular em suas mãos, a emanação da energia fazia com que o cabelo do Estouvado se levantasse, como se um pequeno campo magnético circulasse ao seu redor. Num quase transe, ele começa a montar o maquinário que havia imaginado.

Não havia projetos ou detalhamentos. Tudo estava na cabeça do Nocker. Seu cérebro fervilhava repassando cada etapa do objeto quimérico que estava imaginando. Rapidamente, o construtor parafusava porcas, encaixava peças e calibrava juntas meio enferrujadas. A primeira parte da Mochila Aspiradora de Energia Ectoplasmática estava pronta; o Nocker analisava a Pistola Redutora de Átomos Umbrais Ectoplasmáticos, verificando se a manivela funcionava bem.

'- Perfeito!'

Ele observava cada detalha, já imaginando qual seria a próxima parte que faria.

OFFGAME: Gasto de 3 pontos de Glamour. 5/15 sucessos garantidos no primeiro teste de CRAFTS + INTELLIGENCE, dificuldade 7-2 (Aptidão para Mecânica)= 5
Idris Bancole
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Sex Abr 10, 2020 4:47 pm
Idris sorria não por outra coisa, mas, por se ver, a cada dia errado em sua limitação de perceber as possibilidade e caminhos.

Ali, ferido, privado de sua visão e forças, ele percebia o mundo de uma maneira única, e, manteve-se com os olhos fechados para continuar a aproveitar o máximo da situação onde se encontrava.

*Porque? Porque não?*

Ele respondia-a mentalmente enquanto abria a boca para receber o néctar de Margarida, que, por mais que fosse “apenas agua” novamente prova ao liberto espírito das estradas que tudo podia ser o que quisesse, e, naquele momento, aquela agua era muito mais do que “Apenas”.

*Eles são maravilhosos..*

Ele sente o peso de seu corpo desaparecer enquanto é pássaro aos ombros da Troll..

*Uma montanha de maciez impressionante..*

.. com os olhos ainda fechados, ainda que não precisasse, ele percebia o mundo.

*Porco?*

.. Tão surreal quanto sua trajetória pela mixórdia terminar sobre o lombo de um porco, o cego percebe que tudo ao seu redor se modificava, e, por mais que Idris desejasse aproveitar aquele momento em sua totalidade, ele era um aventureiro por natureza, e, sua curiosidade supera sua vontade e ele abre os olhos.

*Ikkarus..*

.. ele via que o Nocker estava ao seu lado, absorvendo o ambiente provavelmente muitas vezes melhor do que ele, que, entre o abrir e fechar de olhos, se atinha basicamente à Fantasma que deles desdenhava..

*Querida, estarias tão mais correta rindo conosco do que de nós... eu.. QUASE sinto pena de você..*

Idris então percebe que sua Mixórdia começava a se movimentar, e, ele se preparava então para levantar-se e começar a assistir o espetáculo que eles eram, quando subitamente uma explosão ao seu lado faz com que voe ao chão, rolando e fazendo com que, definitivamente, ele não pudesse mais andar.

*Terra?*

Idris novamente estava cego, com a cabeça na terra, e, esta na boca, ele apenas escuta os ecos da ação da mixórdia, Ikkarus tomava a frente e liderava uma ação combinada..

*Terra..*

.. os sons da eletricidade dobrando-se à vontade do Nocker, correndo por locais previamente alinhados na mente do Jovem, tão rápida quando as sinapses de glamour de seu cérebro..

*Pelo menos estou isolado...* - Pensa divertidamente o Wylder

.. o Glamour dobrando-se à vontade de uma mente que conseguir unir a explosão da criatividade genial dos loucos ao foco centrado do estudioso..

*Perfeito....? Será que todos procuramos aquilo que jamais conseguiremos ter?*

Com a boca negra impregnada de terra, o Eshu começa uma silenciosa risada que mais parecia uma pequena crise de asma..

*Estou onde devia estar..*

.. E lá fica.

OFF: Idris absoveu 02 de dano, levando 01 no processo e rolando para o chão. Idris está com 06 de dano no total.
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Seg Abr 13, 2020 1:03 pm
Um dos monstros ao ver que Ikkarus começa a se movimentar e montar suas máquinas, salta para o show e começa a andar de forma ameaçadora até ele.

Arianna, mesmo ferida, se interpõe entre os dois e aponta seu florete flamejante para o monstro. Ela grita:

" - Temos que proteger o construtor! Ikkarus, faz logo o que tem que fazer!"
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Seg Abr 13, 2020 5:09 pm
Pistola Redutora de Átomos Umbrais Ectoplasmáticos  (P.R.A.U.E.) feita, o Nocker partia para criar a segunda parte da Mochila Aspiradora de Energia Ectoplasmática (M.A.E.E.): O Conversor de Partículas Ectoplasmáticas (C.P.E.). Na mente criativa do Nocker, a P.R.A.U.E. faria a captação do ectoplasma do espírito-alvo, convertendo-o em dados armazenáveis no Armazenador Central da M.A.E.E. através do C.P.E.. Era muito simples e fácil! Ele alcança um Manômetro que havia sido dispensado na pilha de peças, acoplando-o a um sistema de três paletas rotativas conectadas a um eixo central de baixa velocidade, o qual, por sua vez, era conectado a um Multiplicador. O Multiplicador aumentaria a velocidade de giro do eixo, sendo essencial para a conversão do ectoplasma em energia armazenável. Ligado a ele teria um segundo eixo, um de alta velocidade, que se conectaria a um Gerador de Partículas criado pelo Estouvado a partir de um gerador velho que havia encontrado no galpão. Com tudo isso devidamente encaixado, o Nocker tinha o C.P.E. que tanto precisava. Ele encaixa o sistema dentro de uma caixa de madeira velha separada em duas partes (uma das partes era onde as paletas rotativas ficavam, a outra guardava o restante do sistema), conectando o Gerador de Partículas com alguns fios que havia arranjado. A outra extremidade da fiação é encaixada num conector central, que por sua vez era encaixado na lateral da caixa através de um buraco feito com ajuda de um cano. Seria o famoso botão de ligar/desligar.

*Quase lá!*

Nocker, então, pega a P.R.A.U.E, encaixando numa extremidade da mesmo uma mangueira metálica, daquelas utilizadas para fluxo de gás. A outra extremidade era encaixada num segundo buraco feito pelo Nocker na parte da caixa onde ficariam as paletas rotativas.

'- Acho que vai rolar...'

O Estouvado estava realmente emocionado com a primeira parte da sua criação. Pepe havia sido a coisa mais complexa que o Nocker havia gestado; aquela máquina poderia ser a segunda coisa mais complexa...

*... ou a terceira... teve aquela Manivela Retroativa aquela vez... ou a quarta, a Pistola Energizadora Subatômica também foi bem complexa...*

Íkkarus percebe que perdia o foco, batendo em sua própria cabeça para retomar ao ritmo de sua criação.

'- FOCO!!'

Nesse instante, ele escuta segundo impacto, revelando que um dos monstros fantasmagóricos agora andava no chão em sua direção. Fiona clama por rapidez e o Nocker lhe responde contrariado:

'- EU TÔ QUASE ACABANDO, ARIANNA... ISSO AQUI NÃO É TÃO FÁCIL QUANTO MANEJAR UMA ESPADA, LADY!'

Ele volta ao trabalho. Restava terminar a segunda parte da M.A.E.E., instalada na outra parte da caixa, junto com o sistema que terminava no gerador. Ele começa a instalar os fusíveis necessários e separava as Ampolas que formariam o Armazenador Central da M.A.E.E.. Eram três âmpolas esféricas, pequenas, ligadas a uma âmpola maior, de formato cilíndrico. No projeto que o Nocker tinha em mente, após a conversão das partículas Ectoplasmáticas pelo C.P.E. em energia elétrica conduzível, o gerador enviaria a carga para o sistema de fusível que emitiriam-a até a âmpola cilíndrica. Ali seria a primeira prisão do espírito-alvo. Íkkarus havia feito um cálculo rápido de equivalência massa ectoplasmática-energia, prevendo que aquele espaço era suficiente para toda a carga da conversão de um espírito. As três âmpolas cilíndricas seriam uma segunda prisão para o espírito-alvo. Pelos cálculos do Nocker, ele conseguiria condensar a carga convertida e armazená-la num local menor; dessa forma, ele conseguiria aprisionar três fantasmas antes de precisar arranjar um recipiente mais apropriado para eles. Um quarto poderia ficar aprisionado na âmpola cilíndrica, de maneira menos condensada, contanto que a pressão fosse devida regulada no Manômetro.

O Nocker estava muito perto de terminar sua criação.

OFFGAME:  12/15 sucessos garantidos no primeiro teste de CRAFTS + INTELLIGENCE, dificuldade 7-2 (Aptidão para Mecânica)= 5
Margarita Martinez
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Seg Abr 13, 2020 5:25 pm
Atrás de si, a inabalável bastião de Safira conduz o Eshu à sua montaria e este, deixava-se levar como sementes de Dente de Leão ao vento. Margarita olha em volta, marcando onde cada um estava, começando pelos que estavam ao seu lado, até que uma explosão faz seus olhos arregalarem em igual medida que seu coração aperta. Se vira rapidamente para o grupo que ficara.

*Lady Kalliope! Ídris!*

E como semente, o viajante foi ao chão. A poeira sobe a montanha que era a Troll. Lady Evony estava ali. Ela declarara que nada de mal aconteceria. Respira fundo. Naquele momento, precisava confiar.

*É bom que pelo menos nisso, suas palavras sejam verdadeiras...*

O Nocker se põe a fazer o que faz de melhor, transformar parafusos ,fios e imaginação em algo excepcional.  

A cabrita desliza a cueca antes amarrada como um véu por seus cabelos, amarra em volta do braço e procura naquele mar de possíveis peças algo para seu próprio quebra cabeças. Encontra algo alí que serviria, pegando uma chapa de metal grande o suficiente para seu propósito.

A Sidhe de cabelos dourados brada pela proteção de Ikkarus, toma a liderança e avança com o Florete. Ela estava ferida, mas ainda assim avançava.

"- Você será a espada, Lady Ariana!"

Com a chapa de metal firme no braço, seus pezinhos de cabrita vão adiante, ultrapassando a Sidhe e cada vez mais rápido em direção ao monstro que avançava ameaçadoramente.

"- Eu serei seu escudo!"

A Sátiro tromba com tudo na criatura chamando assim sua atenção. O Glamour explode no impacto do metal com o monstro, espalhando fagulhas no ambiente atingindo a todos como uma chuva fina, que se concentra em volta do Nocker como uma pequena neblina que logo se torna imperceptível.

Íkkarus parecia estar perto. Margarita não poderia lhe ajudar a construir, mas lhe daria uma parte muito importante para terminar sua complexa criação. Ela lhe daria TEMPO.

*Rápido, meu amigo!*

E esbraveja para a criatura:

"- Pra onde pensa que vai se estou aqui? Venha!"

OFF: Margarita utiliza Olhos Velados em Íkkarus. Ele será ignorado pelas criaturas como se fosse parte da decoração, mas não pela Mixórdia, que ainda pode vê-lo.
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Ter Abr 14, 2020 12:06 pm
Evony recebe as pedras das mãos da Sátiro e em sua cobiça não consegue perceber a mudança no olhos cinzentos passionais de Margarita. A Baronesa apenas desejava se cercar de coisas bonitas e símbolos de poder e isso a cegava para o sentimentos alheios. 

O Ambiente mudava e estranhas criaturas que não pareciam pertencer ao sonhar voavam acima da mixórdia. Arianna fala da urgência e pegar a pedra e pede ao Nocker que crie algo para ajudar e ele se põe a trabalhar. 

A Sátiro também havia se posto como escudo de Arianna, mas antes que pudem agir uma das criaturas ataca o grupo e Idris tenta sair do caminho mas ainda e atingido assim como a Baronesa e seu fiel porco. 

A Sidhe é arremesa e cai cortando o braço que sangrava seu nobre sangue azul. Ainda zonza ela e com os ouvidos zunindo ela vê sua quimera ferida e por um segundo a egoísta Sidhe pensa em alguém além dela mesma, sem perceber exatamente a gravidade dos ferimentos, uma lágrima escorre em seu rosto. No fundo ela sabia que aquele animal era o único que ser que realmente dependia dela, o único no momento que talvez de verdade pudesse vir a amá-la de verdade. 

*Meu Porco...* pensa a Baronesa pela primeira vez com carinho e não com possessividade. 

Ela se levanta com dificuldade pode ver Idris a beira da morte, Margarita e Arianna feridas porém prontas para lutar, Ikkarus furiosamente tentanto criar algo para salvar a mixórdia, Zvenn seu fiel vassalo ali próximo e Kallíope, a gigante cheia de honra que daria a vida para proteger estranhos. 

*Meus amigos... Eu preciso fazer alguma coisa, eu preciso protegê-los!*


Com dificuldade a Sidhe se levanta, o glamour ao seu redor muda. Um senso noblisse oblege toma seu coração. Já de pé seu olhar sempre sedutor e implacável muda para uma expressão suave, amorosa e preocupada. A responsabilidade da liderança vem a sua mente e nesse momento seu vestido vai se tornando branco, sua maquiagem suaviza para tons mais claros e seu glamour muda. Era a primeira vez nessa nova existência seu legado seelie se manifestava. 


O Túnel Preto e Branco - Página 3 Barone10


Movida pelo dever e o desejo de salvar seus amigos a Baronesa fala com sua belíssima voz, que antes ordenava de maneira egoísta e dura, agora fala de uma maneira diferente que ela jamais falou ali, fala com preocupação verdadeira pelos seus amigos:


"- Companheiros distraiam as criaturas, eu nos protegerei até meu último suspiro, mas preciso de tempo! Ikkarus continue seu bom trabalho, eu acredito em você!"


Sem se importar com o que poderia acontecer a ela mesma a Baronesa passa a usar seu sangue para fazer um círculo ao redor da mixórdia com seu sangue nobre e azul. Ela se preparava um círculo de proteção com tudo que tinha de mais precioso, usaria a sua própria vida se fosse necessário, mas não deixaria que as criaturas machucassem seus amigos. 


OFF GAME: Baronesa assume seu legado seelie e se prepara fazer uma círculo de proteção usando Soberania 3 - Guest List e o Reino Fae. Rolagem no próximo turno.
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Qua Abr 15, 2020 2:31 pm
Havia cheiro de graxa no ar. Ikkarus construía de uma forma que ninguém entendia como era possível, ele precisava apenas que ninguém o atrapalhasse. Enquanto o monstro que estava próximo à Arianna ficava atordoado, outro tenta pular do telhado diretamente em Evony enquanto ela fazia seu Bunk mas é interceptado por Arianna que salta no bicho tentando segurar em algum dos membros enquanto ganha tempo para a Baronesa finalizar sua arte. Um dos tentáculos do atravassa a barriga de Arianna que ainda tenta segura-lo com alguma dificuldade.

Um outro monstro aterrisa próximo de Arianna, ela com fogo nos olhos e em ira olha para ele que hesita por um momento, procurando uma oportunidade de ataque.

OFF: Ariana tomou 3 de dano, está bem ferida (6).
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Qua Abr 15, 2020 5:28 pm
Íkkarus não via nada da putaria que rolava solta. Estava concentrado. As vozes da sua cabeça repetiam as instruções que ele mesmo havia feito para que tudo ocorresse da melhor maneira. Ele termina de encaixar  as ampolas esféricas enfileiras e transpassadas por um tubo de ensaio curvo que era encaixado na ampola cilíndrica. Ele fazia as amarrações com os fios, apertava os parafusos, besuntava as juntas... estava quase tudo pronto. Ele termina de encaixar as últimas partes da M.A.E.E., colocando o Armazenador Central dentro da caixa com o C.P.E.. Duas tiras de couro jogadas no canto são pegas pelo Nocker e transformadas em alças para a mochila.

'- TÁ PRONTO!'

O Nocker coloca a M.A.E.E. nas costas, ajustando as alçadas e verificando se o dispositivo da pistola funcionava bem. No meio da parafernália que havia recolhido, o Estouvado encontra um óculos de proteção. Poderia se rum bom adendo. Ele pega o óculos e o ajusta ao seu rosto. Íkkarus, então, procura o fantasma com a pedra pelo olhar, ajustando a P.R.A.U.E..

OFFGAME: 18/15 sucessos garantidos no primeiro teste de CRAFTS + INTELLIGENCE, dificuldade 7-2 (Aptidão para Mecânica)= 5
Charlize Lins
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O Túnel Preto e Branco - Página 3 Empty Re: O Túnel Preto e Branco

Qua Abr 15, 2020 6:00 pm
O cenário muda novamente.

O local se transformava em uma galpão macabro. Um espirito do vazio vagava ainda displicente quanto a presença da mixordia e outras pequenas criaturas macabras vagavam pelo teto.

Não demora até que as desformes almondegas de bocarras percebam a presença do grupo e ataquem atingindo à gigante azul e a seus companheiros. O ataque não era forte o suficiente para atravessar a dura pele de Kalliope, mas a Troll escutava o grito de dor dos seus companheiros e se prepara para defende-los.

Tres dessas criaturas estavam próximas e uma se digladiava com Ariana, que já estava gravemente ferida.

Kalliope, com um rápido golpe, parte ao meio o pesadelo que feria a Lady de Fionna e ja girava para atacar outro, quando um tentáculo enrola em seu pé e a faz cair de joelhos.

*Maldito!*

Aproveitando que a cavaleira ficava com a guarda aberta, aquele ser que antes era o seu alvo acaba por virar o seu algoz e, abrindo sua boca para um tamanho descomunal... engole a nobre gigante.
Margarita Martinez
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O Túnel Preto e Branco - Página 3 Empty Re: O Túnel Preto e Branco

Seg Abr 20, 2020 11:14 am
A Sátiro se bate contra a criatura, que por um momento esquece a existência de Ikkarus.

*Ótimo... é isso! Venha, estou pronta!*

Sente uma nova explosão de Glamour. Este vinha diferente de tudo que já havia sentido desde que se juntara à Mixórdia. Um glamour puro, afetuoso e cheio de sentimentos a faz olhar para trás a tempo de ver uma onda deslizar por sobre a Baronesa.

*Não pode ser...*

A voz, que já era linda, assume um outro patamar aos ouvidos atentos da negra, e as frases ditas lhe arrepiam a pele. Aquela era uma Sidhe completamente diferente.

*Esta é... você?*

Com seu próprio sangue, Lady Evony desenhava algo no chão. Sua urgência era tocante, assim como sua determinação. Concomitante a isso, o cheiro de graxa que se espalhava vinha validado por Ikkarus. Ele havia acabado. Uma criatura fere Lady Arianna, que havia se posto a proteger a Sidhe de cabelos negros e vestes agora brancas. Esta mesma criatura é despedaçada por lady Kalliope.

Talvez assim, consigamos!

Seu coração se enchia de esperança quando cada membro da Mixórdia se colocava pelo próximo. Marga por Ikkarus e Arianna, onde esta, já colocava a espada flamejante pela Baronesa. A Troll por sua vez, vinha no auxílio da guerreira Fiona. Porém, Zvenn parecia obcecado pela figura do galpão preto e branco,  Ídris estava caído, isso quer dizer que...

*Quem irá por você, nobre guerreira?*

Seus olhos se arregalam e seu temor é coroado por uma criatura que engole a Gigante Safira.

"- NÃÃÃÃOOO!!!"

O grito escapa de seus lábios com terror.

"- IKKARUS! ACABE LOGO COM ISSO!!!"

Seu braço agarrado à placa de metal tremia. Se a máquina do Nocker conseguir cumprir com seu intento e ele pegar a pedra do peito da sombra, talvez o cenário mudasse mais uma vez, impedindo que mais criaturas assim atacassem os seus e levando a criatura e deixando a Troll, da mesma forma que a criança deixou seus braços para trás.

Recua um pouco de forma a proteger Ikkarus e a Baronesa das criaturas. Elas não avançariam, e se avançassem teriam de passar por cima da teimosa Cabrita.
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O Túnel Preto e Branco - Página 3 Empty Re: O Túnel Preto e Branco

Seg Abr 20, 2020 12:06 pm
Evony encarnava seu aspecto seelie pela primeira vez em muito tempo. A urgência da situação a fazia usar o próprio sangue para tentar proteger aqueles que nem mesmo ela sabia lhe era tão caros. 

A Nobre não podia se dar ao luxo de observar a cena com detalhes e apenas percebe que estão em perigo. Ela vê Arianna pular em sua frente e quase morrer para salvar sua vida e lhe permitir continuar sua magia. Ela vê a bela Troll destruindo uma criatura e sendo engolida por outras. Ikkarus parece ter terminado sua invenção e a Margarita se coloca a sua frente e do Nocker pronto para defendê-los. Idris já estava caído ali próximo e o Porco também.

O Círculo finalmente se completa e a Baronesa grita a plenos pulmões como se ordenasse ao próprio destino imbuída com toda a autoridade do sonhar:


"- PELO PODER DO MEU SANGUE, PELO PODER DO MEU NOME, PELO PODER DO MEU DESEJO DE PROTEGER MEUS AMIGOS, EU, BARONESA EVONY AP EILUNED COMANDO A ESTE CÍRCULO PARA PROTEGER A MINHA MIXÓRDIA DE TODOS AQUELES QUE NOS QUEREM FAZER MAL."


Com seu vestido agora branco a Baronesa se põe no meio do círculo com os braços abertos confiando no poder de sua magia para proteger sua mixórdia. 


OFF GAME: 3 sucessos no teste + 1 ponto de FDV = 4 sucessos em Guestlist. Evony ganhou mais 1 ponto de pesadelo temporário totalizando 9.
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Ter Abr 21, 2020 1:26 pm
A energia fluía em volta do círculo.

Mais dois monstros descem do telhado cercando a mixórdia sem atacar apenas analisando,. Arianna sabia muito bem do que se trata, sai de cima do monstro morto por Kalliope e entra no círculo de proteção. Marga, Evony, Arianna estavam uma de costas para a outra dentro do círculo com Ikkarus no meio das três, o Porco, Ídris e Zvenn também estavam no círculo.

Kalliope, engolida pelo bicho sentia que como se estivesse se afogando, precisaria sair rápido dali.

A arma de Íkkarus estava pronta e carregada, o Nocker escuta o barulho de um pulso de energia avisando que estava tudo pronto para o disparo.

Arianna fala para o Nocker:

" - Resolve logo, se não der certo, eu mesma vou lá tirar a Troll desse animal.."
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Qui Abr 23, 2020 2:26 pm
Armado, o Nocker se reúne ao resto da mixórdia antes que o círculo feito pela baronesa se fechasse. Ele não havia prestado atenção na transformação da Sidhe e passa alguns segundos olhando-a; a brancura de seu "novo" vestido destacava o vermelho sangue que vertia de si e que era utilizado no feitiço protetivo. O Estouvado volta a si quando percebe que a criatura fantasmagórica aparentemente havia engolido alguma coisa.

*O que diabos essas coi...*

Ele faz as contas. Idris e o porco estavam ali. A Baronesa e a Sátiro também. Arianna bradava seu florete flamejante. Zvenn só poderia estar escondido em algum buraco gelado que pudesse acalentá-lo... então...

'- Kalliope...'

Sim. Era a Troll. Aquilo é o estopim para que Íkkarus agisse o mais rápido possível. Ele aperta o botão ligar/desligar. As engrenagens começavam a rodar no interior da M.A.E.E., produzindo um barulho de lataria tinindo. Estava dando certo. Ele recarrega a P.R.A.U.E., sentindo a energia acumular na ponta da mesma. Ele ajusta melhor seus óculos, mirando na vadia ectoplasmática que bailava no ar.

'- Seus dias de balbúrdia acabaram, filha da puta!'

Ele vira para os amigos, arranjando um espaço a frente da Sátiro, dizendo-lhe:

'- Desculpe, Margarita... essas máquinas são instáveis...'

Ele, então, aperta o gatilho e diz:

'- TODOS EM ALERTA!'

Da ponta da pistola em suas mãos, um raio de cor alaranjada e com veios azulados se projeta em direção a rapariga fantasmagórica. O raio passa de raspão, acertando o teto do galpão.

'- PUTA QUE PARIU, RAPARIGA DE PLASMA! TU ME PAGAAAAAAA!'

A arma apresentava certa instabilidade, sendo difícil manter a mira com ela. Faíscas brotavam no local atingido, enquanto o raio ricocheteava para todos os lados. Ele não tinha muito tempo ou chances para erro... Íkkarus não poderia perder a chance. Com toda sua força de vontade, o Nocker movimenta a P.R.A.U.E. alguns centímetros para esquerda, fazendo com o raio finalmente atingisse a maldita! Tudo isso ocorro em milésimos de segundo!

'- PEGA PORRA!'

Evidentemente, o barulho do impacto era ensurdecedor. Raios continuava a ricochetear enquanto a maldita fantasma estava presa. O Nocker, então, muda o modo da M.A.E.E. para o modo de captura, fazendo com que o fantasma fosse tragado para mais próximo da Mixordia. Precisaria de tempo.

'- EU CONSEGUI, MAS PRECISO PRENDÊ-LA! QUANDO ELA ESTIVER PRÓXIMA, A PROTEÇÃO PRECISARÁ SER ABERTA!'

A mochila só converteria a energia ectoplasmática. A pedra muito provavelmente cairia tão logo a fantasma fosse capturada e convertida em energia elétrica pelo sistema da M.A.E.E.. Íkkarus mantinha sua atenção para aprisionar a maldita.

OFFGAME: Teste Destreza+Armas de Fogo, dif. 8. 1 sucesso (+FdV). A fantasma foi capturada, mas precisará de 2 turnos para ser presa na M.A.E.E..
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Seg Abr 27, 2020 4:22 pm
O fantasma estava sendo tragado pela arma de Ikkarus enquanto a Mixórdia estava no centro do circulo, os monstros dava volta em torno do círculo e tentam entrar. Um deles parecia que ia conseguir, mas volta. Os outros dois chegam a ameaçar mas não chegam nem a tentar.

Arianna ainda esperava para ver se Kalliope agiria.

OFF: 2 sucessos no teste de FDV de um dos monstros, 0 sucessos em outro, -1 em outro (necessário sucesso acumulado de 4 sucessos para passar o círculo).
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Ter Abr 28, 2020 12:43 pm
Se você consegue lembrar-se das memórias de infância, antes de saber sequer engatinhar, quando o conceito de tempo lhe era completamente alíenígina, ou, se já esteve tão bebado ou drogado o suficiente para que seu ser fosse uma massa inútil jogada ao chão cujo todo o universo era apenas o cubículo de chão que se apresentava à sua frente, você vai entender como Idris percebia o mundo ao seu redor..

*Um microverso..*

.. o insano Eshu somente via os grãos de terra à sua frente, haja vista que não possuía mais forças para se mexer, tampouco vontade para suplantar a dor..

Ele assistia as partículas dançantes à sua frente reverberarem com as palavras de seus companheiros..

*Vocês são uma bela sinfonia..* - Pensava enquanto conseguia distinguir os padrões dançantes de Margarida e Arianna, que, mesmo sem saber, se locupletavam de maneira elegante.

A dança de eletricidade estática produzida pelo glamour impulsionado pela perícia de Ikkarus, constantemente mantinham o Wylder acordado, pois, cada grão que encostava no rosto deste, causava-lhe um leve formigamento, uma leve agulhada, ancorando-o à consciência.

*Eu queria tanto ver..*


..e, enquanto um suplicante viajante fazia um apelo silencioso, palavras jamais ouvidas dentro daquela mixórdia se fazem presentes..

*Quem?*

.. um Confuso Idris, recebe, na forma de atendimento aos seus anseios, toda a resposta sem que palavras precisem se ditas.

*L..I..N..D..A..*

Ele assiste, em câmera lenta, uma torre de marfim em forma de dedo, conectar sua essência tão nobre, tão alta, com aquilo que era a base de tudo, com a terra que a todos recebia, sem distinção..

*Você finalmente descobriu que apenas metade de você já era capaz de dobrar o mundo, agora, vai descobrir que tu és um mundo inteiro Lady Evony..*

..os tons de azul do sangue da baronesa capturam alguns grãos que flutuavam ao sabor do vento, e, um pequeno Flash da própria crisálida assalta Idris que, na tentativa de rir, apenas tosse..

*Os grãos que sonharam ser núvem acabam modificados ao contato com a agua...mal sabia eu que um dia meu lago seria vosso sangue..*

.. entre seus devaneios, ele sente o próprio vento cortar a cena enquanto Kalliope atacava, e então, tudo cai..

*Chegou o momento final..*

Os gritos, comandos e disparos eram percebidos pelo Eshu como o fim de uma cena, como o Gran finale, onde até mesmo a terra prende a respiração para testemunhar, ele decide então que não tinha mais forças, lhe doia mais não poder presenciar aquilo do que as dores que lhe acometiam, ele fecha os olhos, e, baixinho, como cego que estava, sussurra à terra...

"-Me conte minha amiga, me conte tudo.."

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Ter Abr 28, 2020 4:38 pm
Seu círculo estava funcionando e Ikkarus logo consegue começar a prender os fantasmas. Aproveitando esse momento a Baronesa decide utilizar um dos poderes da rabeca do juazeiro e começa a tocar uma bela melodia. Ela entra em transe e sente os poderes da Rabeca agindo nela e em seus aliados.

*Nós não morreremos aqui!*




OFF GAME: 3 sucessos tocando uma pra geral. Todos curam 1 ponto de dano.
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Qui Abr 30, 2020 2:40 am
A voz da Baronesa ecoa com palavras impensadas e a Sátiro se vê tocada por aquela nova criatura. O Glamour explode da Sidhe com toda sua autoridade e os monstros não conseguem trespassar a barreira de sangue.

*Do sangue ao pó..."

Se põe agora lado a lado com Lady Evony, e esta, ganha também Arianna ombro a ombro consigo. Íkkarus era protegido pelas três, e seu novo brinquedo zunia em resposta a tudo que acontecia. Após uma primeira tentativa frustrada, o jovem Nocker consegue prender a Fantasma e com todo cuidado possível que o momento permitia, a trazia para perto deles.

"- NÃO A SOLTE, ÍKKARUS!"

*Se soltar, talvez não tenhamos outra chance..."

Seu olhar percorre todos os companheiros, e o tempo brincava com a mente de Margarita, teimando em passar mais devagar do que deveria. Daquela caixa de Pandora onde tudo parecia explodir em caos, Lady Evony em seu papel de Élpis, permanece, e para o réquiem que se encaminhava alí, toca a Rabeca do Juazeiro trazendo esperança.

A Sátiro sente a música se entranhar nas imagens desoladoras que passavam em câmera lenta a sua frente, imbuindo beleza ao desespero que tentava se apossar de seu coração.

Em seus dedos já cansados, seus pés já feridos, seu corpo já maltratado, sente aquela beleza que inundava através dos acordes belíssimos.

*A arte cura...*

Marga finca os pés ao chão. Ninguém os atrapalharia. Separados, não haveria vitória, mas juntos...

*Juntos... Sim... Juntos!*

"- Somos infinitos..." - Balbucia enquanto acompanha o raio alaranjado trazer lentamente a Fantasma.
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Sex maio 01, 2020 10:28 am
Envolta na escuridão que lhe fazia suficar e sem qualquer noção do que ocorria, Kallipe se debatia tentando escapar das presas de seu algoz.

*Eu não cairei... não assim.*

OFF: Teste de força dif 8 +1 fv - 2 sucessos/10
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Sex maio 01, 2020 1:13 pm
Arianna com seu florete em chamas parecia impaciente, ela grita enquanto sai do círculo em direção ao monstro que tinha engolido Kalliope:

" - NÃO CONSIGO FICAR PARADA VENDO ISSO!"

Ela ataca o monstro com seu florete, um grande rasga abre no que seria a barriga dele, em conjunto com o golpe dado por Kalliope, o monstro se despedaça revelando novamente a gigante Troll.

Um dos monstros tenta novamente entrar no círculo e mais uma vez não tem a força de vontade necessária para sobrepujar a Arte de Evony. Os outros dois atacam Arianna que havia ficado exposta.

O primeiro ataca com seu tentáculo afiado, acertando um forte golpe no rosto de Arianna, o segundo faz o mesmo, acertando novamente o rosto da Sidhe, um grande jato de sangue azul sai do ferimento enquanto a Fionna caía desacordada. Mas ela não era mais a Sidhe, tudo que se via era a humana, obviamente uma mulher trans, maior do que sua imagem faérica mostrava.

OFF: Arianna deu 5 de dano no monstro que havia engolido Kalliope e o matou a libertando. Como estava sem ação os outros dois atacaram, o primeiro deu 3 de dano e o segundo também 3, que somado com o que já tinha, a levou ao nível incapacitada. Ela está caída ao lado de Kalliope.
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Sex maio 01, 2020 8:39 pm
Íkkarus via o circo pegar fogo ao seu redor, escutando o pedido da Sátiro. Ele com certeza não soltaria.

'- PODE DEIXAR, MEU BEM!'

O lampejo alaranjado continuava a ricochetear enquanto trazia consigo a imagem fantasmagórica que tinha em seu peito a pedra cravada. Faltava pouco para finalmente prender a criatura e ter a pedra livre.

'- ESTÁ QUASE NA HORA, BARONESA... EU VOU PRECISAR QUE BAI...'

Ele não termina a frase pois Arianna sai do círculo em direção ao fantasma guloso que degladiava ainda com uma Troll engolida.

'- ARIANNA!'

O Estouvado gritava, mas mantinha sua posição. Ele não conseguia ver a cena, mas escutava o barulho de coisa se rasgando, como se pedaços caissem no chão. Escuta também o que parecia ser duas lâminas afiadas cortando o ar... e algo a mais. O que quer que tivesse sido atingido, havia tombado. Íkkarus escuta um corpo pesado tombar no chão. Não sabia quem era, mas um sentimento ruim lhe dizia que a Fiona não estava mais entre eles ali.
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Qua maio 06, 2020 12:21 am
Marga começa a ficar aflita e Arianna, aparentemente compartilha de sua angústia ao sair ao resgate da Troll engolida.

"- Ikkarus, quando ela entrar no círculo, o que precisamos fazer? Como pegaremos a pedra?"

As outras pedras haviam sido pegas diretamente do coração de seus pedestais, mas esta, se amalgamava no lugar do coração da fantasma presa nos raios. Se o Nocker tinha algum plano, precisavam saber. Quanto mais rápido pegassem a pedra, mais rápido o cenário de desfaria e ela ansiava mais do que tudo o fim daquele ato.

A gigante azul é extirpada da criatura destruída, mas os fantasmas que os atocaiavam a Arte de Lady Evony esperando uma brecha, aproveitam o impulso heróico para um ataque fulminante na Fionna, que cai desacordada.

Aparentemente, não apenas desacordada. Margarita remonta em sua mente quando viu um corpo mortal despontar de um Changeling cheio de vida para algo completamente diferente pela primeira vez. Viver é a coisa mais rara do mundo... A maioria das pessoas apenas existe. E a Sidhe cheia de atitude que vivia cada escolha com a intensidade de suas chamas, ali não existia mais.

" Não... NÃO!!! ARIAAAAANNAAAAAA!!!!"

Mais uma vez, inútil.

Por um instante não escuta mais nada. O corpo daquela que portava a Sidhe de cabelos dourados desfalece no chão e é como se naquele momento uma explosão tomasse conta dos ouvidos da Sátiro. Sua língua gela dentro da boca, seus joelhos fraquejam e ela se ajoelha.

Inútil...

Seus ouvidos apenas processavam o zunido vindo da mecânica criação do Wylder e mais nada.

A quem ela estava enganando com aquela chapa de metal? Ela não era capaz de proteger ninguém. Seus olhos sempre tão passionais encaram a aparição a sua frente, vazios.

"- ..."

As palavras tentam sair, mas não tem forças para fazê-lo. Prostrada ao chão, permanece...

*...Inútil...*
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Qua maio 06, 2020 8:46 am
'- Pedras não são feitas de ectoplasma... em teoria, a máquina só vai capturar e transformar aqui que é matéria fantasmagórica. Pelos meus cálculos, a pedra cairá tão logo ela seja confinada nas âmpolas...'

Ele faz uma pausa, ainda segurando firmemente da P.R.A.U.E.. Ele escutava o lamento da Sátiro diante do que parecia ter acontecido com Arianna. Escutava os joelhos caprinos de Margarita tombarem ao chão diante da descrença. Eles precisavam acabar logo com aquilo.

O Estouvado olhar para a Sidhe, já prevendo que logo a fantasma estaria ali. Ele fala:

'- Baronesa, eu realmente preciso que abra a proteção no momento certo...'

O Nocker tem um momento de epifania. Se Arianna pode sair de dentro do círculo, então ele também poderia:

'-... ou eu posso sair dele, talvez??'
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