Pegadas derretidas na Areia

Quando Ídris aperta a mão de Exu Gira-Mundo o cenário onde Ídris estava muda, ele se vê em terceira pessoa e era uma criança de uns 7 anos jogado bola de gude em frente à um barraco na favela.

Sua mãe tinha saído para trabalhar, uma mulher chega perto de Ídris criança e ele a reconhece, era Desdémona, ela vai até ele, se agacha e fala de forma afetuosa:

" - Eu vou na padaria comprar um pão pra gente lanchar, fica por aqui, se acontecer alguma coisa contigo sua mãe me mata!"

Ela dá um abraço e um beijo e se despede enquanto Ídris volta a jogar.

Do lado de dentro Ídris escutava uma voz masculina:

" - ELBA! VEM AQUI ME AJUDAR!"

Era a voz do marido de Desdémona, não era a primeira vez que ele chamava Ídris e o menino nunca gostava muito daquilo. Mesmo assim, ele se levanta e vai até lá. O homem, magro, estava no quarto ao lado da porta, a TV estava ligada. Ídris vai até lá e entra, o homem olha para fora primeiro e então fecha a porta.

Ídris estava de volta, o Exu Gira-Mundo segurava Ídris para que ele não desfalecesse o dando apoio, notoriamente preocupado com ele. Enquanto Ídris começa a recuperar a consciência ele diz:

" - A pequena Alice sofreu, mas já desencarnou. O espírito dela tá até hoje esperando a justiça ser feita. E a gente só aprende quando é na nossa pele, meu primo, meu irmão. Eu tô contigo e vamos pra batalha."

OFF: Ídris agora tem a lembrança de ter sofrido o que Alice sofreu como se tivesse sido ele.
Ídris tem um gatilho de banalidade, deve rolar Glamour (dif 8 )

Idris absorvia as lembranças de maneira vivida, não só de maneira física, que por si só era aterradora, mas, a
Psique era profundamente afetada, o amor que sentia, contaminado pela agressão, a impotência diante dos mais fortes, a constante presença do medo, de não saber quando seria o próximo tormento..

os sentimentos eram tão intensos e tão conflitantes que ameaçavam rasgar-lhe em pedaços, deixando os trapos de seu ser ao relento, como a coisa inútil e descartável que era.

Toda aquela perspectiva icomensuravel era apenas a da criança, porém, quando adicionada a compreensão de Idris, de seu povo sendo tratado da mesma maneira, independente da idade, independente da força...

*MALDITOS...*

.. quando se misturava ao abandono que o povo belo sofrerá, independente da ancestralidade, independente do poder...

*MALDITOS...*

..

“-EU NÃO ESTOU AQUI COMO UMA TESTEMUNHA!!!!”

O grito vem seguido do despertar nos braços do Exu Gira-mundo, e, passado o momento do despertar, idris pressiona sua testa com a do Exu e diz..

“-Tamo junto meu irmão, você tinha razão o tempo todo, vamos pra batalha!”

Ele sorri com uma sincera felicidade e fala:

" - Que bom que você entendeu! Aqui a gente AGE!"

Ele então levanta um dos braço de Ídris, a percussão aumenta, a mulher que conversava com Ídris antes se aproxima sorrindo e fala em tom de rima:

" Andava pela estrada
Uma cobra me mordeu
Meu veneno era mais forte
Foi a cobra quem morreu!"

E gargalha, ela se aproxima do ouvido de Ídris e fala:

" - Temos um presente pra você!"

O Exu Gira-Mundo assente com a cabeça e conclui:

" - Escolha um desencarnado que eu trago aqui pra vocês conversarem. A pequena Alice não serve, porque ela não tá nem lá nem cá."

Idris levanta-se, assume um pouco mais as rédeas da biga da vendetta que era naquele momento, coloca a criança que agora compunha uma inseparável parcela de seu ser em um local confortável, quando só então deixa-se levar pela mulher de vermelho..

Quando as propostas são lançadas, o sorridente Idris, que agora expunha o sorriso de um predador, perigoso e irresistível, vira-se à mulher e diz..

"-Temos? - E rouba-lhe rapidamente um beijo - .. o seu eu já tive, e, precisava que fosse agora, antes de mâinha ver.."

Então vira-se ao Exu e conclui..

"-Mâinha era Rainha, e, de todas as histórias que não ouvi, apenas a dela me faz falta.. - Ele para um segundo e continua - .. se poder trazer ela, traga com cuidado, traga com carinho, pois a história que ela vai me contar vai abalar os mundos meu irmão.."

Idris falava com a certeza de que o seu já estava fragmentado.

Ele se aproxima então para a menina que havia oferecido o charuto à Ídris, passa a mão sobre sua cabeça. A menina começa então à fazer alguns movimentos e se contorcer, uma luz forte paira sobre a cabeça dela, a luz então diminui e Ídris finalmente vê sua mãe.

Claro, não a sua mãe cansada e abatida como tinha lembrança, mas uma verdadeira Rainha, seus cabelos negros brilhavam com brilhos dourados, seu olhos estrelados eram ainda mais intensos que o do próprio Idris. O Eshu sabia, graças à sua lembrança o que sua mãe era: Uma Obá. Um Kith assim como Ídris. Porém, eram a nobreza de sua terra natal.



Ele se lembrava de a conexão dos Obás com sua terra era tamanha, que não podia viver longe dela por muito tempo sem esquecerem o que são. Provavelmente foi isso que aconteceu com ela, tentando estar nesse lugar para garantir uma vida melhor para o pequeno Elba. Ela olha para Ídris e abre um sorriso, um sorriso que chegava a doer em Ídris que era tão privilegiado por poder rever alguém que se for. Ela abre também os braços pedindo um abraço.

A menina se aproximava, mas, o movimento rapidamente é ofuscado pelo clarão de luz que traz à sua frente uma visão que o atinge como completo, Seelie e Unseelie, que atinge a criança que agora havia dentro dele e o velho Eshu de muitas vidas, era sua mãe, uma mãe, uma rainha, uma nobre, uma pobre criatura atormentada pela impotência de prover ao terceiro aquilo que facilmente conquistaria só..

*M...mm....*

..O título daquela criatura que mais importava à Idris era "Mãe" e, naquele momento, ele era incapaz de sequer imaginar seu nome.

*M..Mmm.Mã..*

..Seu coração gritava, urrava por sua mãe, mas, a rocha trincada que se tornara só deixava escapar murmúrios.

*M....MÃ..* "-MÃE!"

Idris não sabia se havia ou não falado, ele chorava, ria, chamava e cochilava ao mesmo tempo dentro de sí, mas, no fim, quem estava desperto era o Eshu que havia se endurecido..

"-Mãe, me desculpe... Eu... Eu não sabia... Mas estou aqui, estarei aqui e não mais inerte, EU AGIREI, me conte sua história mãe.. Eu - Ele engasga - .. Eu preciso saber de sua história, quem foi Desdemona, quem foi você mãe.... Quem.. - Ele mais uma vez engasga - .. quem sou eu?"

A mãe de Ídris vai até ele e lhe dá um grande abraço e o Eshu se lembra do cheiro de sua mãe. Ela passa as mãos no rosto de Ídris limpando suas lágrimas e fala com sua voz suave, porém firme. Uma voz de mãe:

" - Calma, calma meu pequeno. Vou tentar contar tudo que quer saber, mas não tenho muito tempo por aqui e não acho que Gira-Mundo vai poder me chamar de novo. Deite-se aqui que te conto."

Ela se senta no chão e coloca Ídris deitado com a cabeça apoiada em seu colo, ela começa a fazer um cafuné em sua cabeça da mesma forma que ela fazia em sua infância enquanto assistiam TV. Ela continua então calmamente:

" - Primeiro, você não precise se desculpar por nada, as coisas são o que tem que ser, é a vida. Sobre mim, se eu fosse te contar desde os primórdios, ficaríamos aqui mil anos mais um, mas na minha última vida meu nome faérico foi Malaika, a que voa com o vento. Assim como você, também fui uma Eshu, até que minhas andanças me levaram de volta à nossa terra-mãe. Lá, eu encontrei os Obás, nosso reis. Contei histórias tão maravilhosas sobre o Império do Crepúsculo que eles me ofereceram para também assumir o Manto Obá. Acabei aceitando. Eu tinha um propósito maior, mas meu espírito ainda ansiava por viajar, o que fazia às vezes, mesmo com o perigo que era ficar muito longe de lá. Em uma dessas viagens, acabei conhecendo seu pai, um homem incrível, forte. Me apaixonei completamente e você nasceu. Infelizmente, devido à pobreza, ele acabou sendo morto antes mesmo de você nascer e eu acabei esquecendo minha natureza, às vezes até lembrava, mas aquilo era algo que tinha ficado no passado, já que tinha outras prioridades..."

Ela continua:

" - Mas não vou ficar falando sozinha não, me conta também um pouco sobre você. O que houve com esse braço? Espero que tenha uma ótima história sobre isso."

As palavras da mãe acalentavam Idris, não pelo que eram ditas, mas o timbre, a cadência, tudo nela o acalmava, talvez a única força na criação capaz de acalmar o irrequieto viajante.

Suas palavras porém, precisavam ser compreendidas, e saber do diminuto tempo que possuía já começava a lhe causar a dor da despedida.

Vê-la novamente era como estar em um pequeno cômodo e abrir uma porta selada que se conectava com o mar, depois de aberta era impossível fechá-la sem um esforço hercúleo, e, em contraponto, muito fácil de afogar-se naqueles sentimentos, e, enquanto sua mãe falava, Idris apenas soluçava, incapaz de flexionar uma palavra que fosse.

Lentamente, assim como o condenado que encontra a paz com sua sina, Idris se vê retomando controle de si mesmo, sendo então capaz de falar..

"-Lhe contaria todas as histórias de minha vida Mãe, de traz pra frente se preferisse, poderia levá-la ao sonhar mais profundo para que visse com seus próprios olhos, pois já coleciono histórias que um dia serão dignas de serem histórias de seu Herdeiro.. tudo que posso lhe garantir foi que nenhuma de minhas histórias ou desfortúnios fora para meu próprio ganho, um grande erro, mas, derivado de paixões.. - Ele para, um meio sorriso toma conta de seu rosto lembrando as vezes em que se pôs em risco demasiado em favor da Mixordia, mas, essa lembrança rapidamente azeda e seu sorriso desaparece - .. Mas Mãe, o que aconteceu com você, o que aconteceu com nosso povo, ameaça acontecer novamente, e, novamente, os nobres se acovardarão, preciso de um guia mãe, preciso de um guia que me permita conclamar nosso povo, preciso de um guia que me torne um líder, preciso parar de falar e começar a agir... e.. o primeiro passo para isso é conhecimento, preciso que me conte quem foi Desdemona.."

Malaika continuava afagando a cabeça de Ídris, que estava deitado no chão com a cabeça em seu colo. Ela suspira e fala:

" - Na época que o Império ainda existia, Desdemona era da minha minha Mixordia enquanto eu ainda conseguia viver em outras terras. Um conselho, meu filho, querendo ou não, sua Mixórdia é o mais perto que você vai ter de uma família nesse nosso mundo. Por isso, acolha eles e reforcem seus juramentos de amizade. Eu, Desdemona, o Duque Keldrian, João Sem-Nome e Madruguinha. Éramos a Sangue Real, nome sugerido pelo Pooka como uma brincadeira que acabou pegando. Quando o Madruguinha arrumou um emprego em uma indústria, tivemos mais dificuldade para nos reunir e resolver as questões do Ducado. Foi uma questão de tempo para que ele caísse nas brumas e eu fosse em seguida. A Mixórdia tinha acabado."

Ela suspira e continua:

" - Se não fosse a Desdemona você nem estaria vivo e nem tivesse tido as chances que teve. Quando seu pai morreu, ela que me deu todo o suporte, ela morava perto de mim e devo muito à ela, com certeza minha essência faérica teria ido muito antes se ela não tivesse lutado com tudo o que tinha,. Um dia, durante a regência da Imperatriz do Inverno, quando ela ainda não tinha enlouquecido, as duas se encontraram e Desdemona voltou mudada. Ela se afastou de mim sem explicações, eu já não me recordava das aventuras que tivemos juntos, mas ainda lembrava do quanto lutamos para dar uma vida digna à nossa família. Até hoje não entendo o que houve e ela se afastou tanto que foi demais para mim, o vazio que meu Eu mortal sentia era tão grande que só preenchia com coisas mundanas.. o resto você sabe.."

E finaliza:

" - Um Elegbara como você já é um líder de nascença. Um líder conclama e negocia. É isso que você fez aqui. Mas presta atenção, nada é preto-e-branco. A Desdemona tem as suas razões e motivações. Se eu puder, só te faço um pedido: Quando chegar a hora derradeira, poupe a vida dela. Eu, você, nós devemos isso à ela."

OFF: Ídris deve rolar Percepção + Kenning (Dif 6)

Idris escutava sua mãe, e, apenas a força dos seus juramentos o mantinham inteiro, ele sabia o que tinha negociado, ele sabia o que havia prometido, e ele pagaria o preço..

*ASSIM COMO A MALDITA IMPERATRIZ... FERRO... FRIO...*

..Ele escutava aturdido sobre a mixórdia de sua mãe, o duque, desdemonta, João Sem-Nome, todos pareciam ramificações da mesma árvore, e, por fim, ele recebe como uma martelada o conselho sobre a sua própria...

"-Você tem razão mãe, eu os abrigarei sobre minha sombra.. "

Ele então escuta o pedido final de sua mãe..

"-Você pôde e pode tudo minha Oba... - Ele engasga - .. Eu prometo que tentarei cumprir seu pedido, pagando o preço!"

Ele sente que as lágrimas nos olhos lhe ardiam, ele queria tanto saber os porquês, o que mudara Desdemona a ponto de usar ferro frio contra o próprio sonhar?


OFF: 02 sucessos em Perc + Keening.

Ídris sente que havia algo diferente no Glamour do lugar, um Glamour mais selvagem e um pouco mais sem controle, não sentia nada maligno, apenas primitivo. Mas, ainda não conseguia identificar de onde vinha exatamente, apenas que estava ali dentro da gira.

Sua mãe parecia também sentir algo, ela sorri e então diz, seu corpo faérico parecia começar a desvanecer:

" - Meu filho, nosso tempo está acabando. Preciso voltar paras as Brumas onde um dia voltarei em um novo corpo se o Sonhar ainda existir. Porém, nossa vida são cheias de caminhos e caminhos são escolhas. Nunca teria paz se não te dissesse que há um caminho diferente que pode ser trilhado por você... por nós... Podemos ficar juntos novamente.. eu e você, para sempre... Podemos nos agarrar à esse lugar, se apadrinharmos esse local, aqui dentro será nós dois, como nos velhos tempos. Mas tem um preço... você não teria mais um corpo e não poderíamos mais sair daqui. Eu sou sua mãe, vou aceitar e seguir qualquer decisão que você. Se quiser, fique aqui comigo. Se não, vá atrás do seu caminho e, talvez um dia, nos encontremos novamente. De qualquer forma, você é um orgulho para mim.."

O Glamour do local era estranho, não um estranho ruim, pelo contrário, a volatilidade do mesmo demonstrava uma selvageria inerente à criação, a coisa que gerava e impulsionava a vida, o movimento, e, quem melhor que os Eshus para entenderem isso.... porém.. algo mais havia ali, uma proposta irrecusável..

*Será?*

.. Idris não queria, não queria naquele momento ser um dos senhores do tempo, não queria ser um infinito dentro de sí, não queria ter trilhado tantos e tantos caminhos..

*Sim...*

..Cada vez que Idris piscava os olhos, toda uma vida se passava...

PISCA

..Idris estava ali, não diminuto como era hoje, mas enorme, seu corpo inteiro coberto por tatuagens de promessas, coberto por glamour em forma de Drosses, era rei e senhor daquelas terras, possuía uma legião de corpos e mais ainda ele possuía de oferendas, todos os dias, ele sentava-se com sua mãe, hoje, gloriosa como uma imperatriz do verão, resplandescente, que dispensava generosidade e castigos com a displicência e temperança das deidades... Idris sorria todos os dias, e, quando chorava era apenas por lembrar-se de caminhos que não trilhou, de viagens que não fez, de amores que não provou, mas, todos estes pareciam pequenos ante a felicidade e a plenitude que sentia não sendo mais atado as amarras mortais..

PISCA

..Idris estava agora sangrando, coberto de sangue, afogando-se em sangue... Sangue Roxo.. O sangue azul dos Sidhe misturados com os seu próprio, ele arfava de dor a cada vez que respirava, e, a cada vez que respirava ele ria.. Os malditos estavam mortos, Desdemona, Keldrian, Rodiart, e, até mesmo a imperatriz... Aaaaa a imperatriz... a única lembrança que existiria daquela criatura era o Ferro frio na mão de Idris, incômodo e reconfortante, como o pesadelo que consuma a vingança..

PISCA

..Idris sentia-se inebriado, Sentava-se no Bode Enamorado, novo estabelecimento de Margarita, ao seu redor, os filhos de Evony brincavam com os seus próprios, junto de Paka, todos sob o olhar sem olhos de Svenn, agora Conde dos Prazeres, Idris sabia que mais tarde este contaria histórias aos pequenos que os faria tremer, e Ikkarus os presentearia com Gizmos que aqueceria o coração dos mesmos, não incomodava em nada Idris que seus caminhos não fossem mais tão distantes, ainda que todos dissessem que ele estava ficando senil, não incomodava à Idris que todos dissessem que sua mulher o Havia deixado por outro, não incomodava nem mesmo que estivessem no local onde ele dera um braço por ela, tudo que importava era que a cada um daqueles sob os quais seus olhos recaiam estavam em segurança, não importava o preço...

PISCA

Idris estava numa duna próxima a Tar'Annar, as areias abaixo de seus pés transformavam-se em Lama, enquanto os estrelados olhos do Eshu viam o céu queimar, Tar'Annar queimava, os gritos de seus habitantes ensurdeciam Arianna, que chorava prostrada aos pés do colosso de ébano, incapaz, pela força dos juramentos do Sonhar, de impor-se à ele naquele momento, as cinzas daquela cidade eram a moeda de troca do Amor de Idris, um amor comprado, maculado, mas ainda assim, amor, com o endurecimento do coração de um amante, ele sabia que aquela não seria a ultima cidade a queimar por sua mão, mas, mesmo que ele precisasse queimar o mundo, ele derreteria o gelo e teria sua vingança..

PISCA

"-Filho, eu lhe amo.."

As palavras estilhaçam o Eshu, que se vê livre da necessidade de piscar, de respirar, de tudo... Ele só tinha a necessidade daquele sentimento...

"-Mãe, eu, Acei.. - Idris olha rapidamente ao seu redor, contemplando seu novo reino, contemplando o Glamour primordial que dançava ao seu redor, testemunhando aquilo -..."

O Resto da sentença se perde, o que era prazer vira dor, como a mão que se retrai em contato com o que lhe causa dor, como o corpo imberbe da criança que reage antes mesmo de controlar seus movimentos, Idris recua, o sonhar não testemunhava nada, ele no máximo zombada de um Eshu que não sabia compreendê-lo, afinal.... quem melhor para compreendê-lo que um Eshu, como poderia Idris deixar de entender que o movimento era vida e que a vida era o movimento? Como poderia ele cogitar fincar raízes, privando à sí de todo o resto, que por direito era dele?

*NÃO*

A vergonha embalava a fúria, a fúria relembrava-o da vingança, a vingança reavivava o que lhe foi tomado, todas essas forças rugiam dentro dele como se um vulcão fosse um animal selvagem desejando gritar seu grito de liberdade, mas, mesmo todos estes sentimentos primordiais não libertaram a alma de Idris, e, dentro da criatura menos poderosa, desprezada por muitos, aquela que o próprio Idris estava disposto a descartar naquele momento, ele sentia o grito de liberdade, e, chorando e rindo ao mesmo tempo ele começava a cantar..

"- Hoje você é quem manda

Falou, tá falado
Não tem discussão

A minha gente hoje anda
Falando de lado
E olhando pro chão, viu


As lágrimas e soluços lhe tomavam, mas não a melodia..

Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia

Eu pergunto a você
Onde vai se esconder
Da enorme euforia

Como vai proibir
Quando o galo insistir
Em cantar

Água nova brotando
E a gente se amando
Sem parar

Ele parava a métrica e dizia "-Eu lhe amo mãe...Sempre e até nos reencontrarmos"

Quando chegar o momento
Esse meu sofrimento
Vou cobrar com juros, juro

Todo esse amor reprimido
Esse grito contido
Este samba no escuro

"-Mas a minha vingança me consome, eu preciso alimentá-la.."


Você que inventou a tristeza
Ora, tenha a fineza
De desinventar
Você vai pagar e é dobrado
Cada lágrima rolada
Nesse meu penar"

"-ATÉ OUTRA VIDA MÃE.."



"Apesar de você
Amanhã há de ser
Outro dia"

Ele chorava e virava-se aos outros Eshus, ao próprio glamour, a todos os mundos e urra do fundo de seu peito..


"NINGUEM VAI ABAFAR,
NOSSO CORO A CANTAR,

NA SUA FRENTE!!


AMANHÃ MEUS IRMÃOS, AMANHÃ HÁ DE SER OUTRO DIA!"

O Exu na porta do local tinha dito para que Ídris que ali as coisas seriam diferentes, mas nada teria o preparado para aquilo. Se sentia conectado às suas raízes, sabia que era um Elegbara, um escolhido dos Orixás e que isso teria um preço. Que os orixás sempre colocariam provas e testes nos caminhos dele, por isso, sentia o ímpeto de aceitá-los.

Sua mãe sorri amavelmente diante da música entoada, ela fala:

" - Eu sabia que você iria... Você é do mundo.."

ídris continuava sentindo algo mudando  no lugar, ele vê uma menina negra de uns 8 anos dentro da gira e ele sabia que era dela que aquele Glamour primitivo emanava. Ele vê uma movimentação ali dentro com as pessoas guiando ela para dentro de uma sala. Os batuques e a música também mudavam entoando pontos de despedida e término. O Eshu sabia que aquilo estava acabando.

Sua mãe também vê a menina e fala:

" - Você tem muito o que fazer meu filho.. Os Filhos do Inverno estão nascendo e cabe à vocês cuidarem deles para que nada de mal os aconteça. Eles são o símbolo da esperança."

Ela pega várias guias que estavam no chão e coloca no pescoço de Idris, falando:

" - É hora de ir meu filho... Que essas guias te lembrem do que é. Enquanto usá-las você terá suas memórias, na medida do possível. No dia que você rompê-las, os espíritos virão em seu auxílio como foi combinado."

Ela então abraça Idris, olha para a porta onde a menina entrou e fala:

" - É hora de resgatar aquela Filha do Inverno."

OFF: Enquanto usar as guias Idris terá Remembrance 5.

Idris, em sua tola, e inocente ignorancia de Wylder, pensava que ele era uma criatura fragmentada, ele pensava que cada vez que encarava seu "Eu" ele via centenas de pedaços que compunham seu ser, ele chegava inclusive a acreditar que, o que enxergava era a totalidade de seu ser, que com tempo o suficiente, observaria e compreenderia cada um dos pedaços, mas, o que ali vivera, mostrara que o infinito é um conceito tão imenso quanto infantil..

*Aquele que tudo conhece, morre lentamente sem perceber..*

..O pensamento o ataca como uma faca vinda do escuro.. as palavras de sua mãe, no entanto, como sempre, lhe salvam..

"-Não mãe, eu não sou do mundo, eu sou apenas o amante deste, um muito mais e muito menos que um Elegbara, me apaixonei pelo mundo depois que este se mostrou para mim.. - Idris sorri um sorriso lupino - .. eu não o deixarei morrer.."

*Não sem um bom amanhecer após uma noite agitada.. Assim como o seu, minha querida* - Seus pensamentos eram dirigidos à pequena que era conduzida para longe daquele que era o Príncipe dos caminhos, enamorado das escolhas e amante das possibilidades.


Idris então, percebe as palavras de sua mãe, como se gravadas através do tempo, e, só de fato as percebe, ou talvez, lembre delas, quando o colar de contas é posto sobre sí..

"SIM!!!"

..A palavra vem forte, como o grave do tambor de guerra Iorubá, forte como a chitocotada do Feitor, Tenra, como a noite "segura" na senzala de uma terra alienígina..

"-.. Eu a encontrarei..Eu cuidarei... E NÓS, lutaremos.."

..Idris percebe então que seus olhos, mesmo completamente faéricos, eram turvados, ele inciialmente pensava ser lágrimas, mas, com uma tristeza equivalente apenas ao ferro frio, percebia ser sua mãe esvanecendo, para além, muito além de qualquer caminho que Idris pudesse pensar em Resgatá-la..

*POR ENQUANTO..*

..Idris então vira as costas para tudo, para a criança que era afastada dele, para sua mãe, que agora era pouco mais do que uma memória, para o Idris que ali havia entrado, ele concentrava-se em um futuro, um futuro que sabia que seus pés se encarregariam de encontrar, para a semente de ferro frio que havia sido plantada em seu coração.. Idris havia entrado um príncipe.. mas saía de lá, um Rei.

"-VAMOS Paka.."

Ídris então se despedia de sua mãe, a própria percussão que tocava no lugar começava a diminuir e era claro que tudo ali envolvia despedida. Tinha acabado aquele momento e era hora de partir para o próximo.

Pakas segue o Eshu até a porta, ao abrir Ídris via uma criança parada em uma sala vazia. Era um menino, uma criança negra que usava um turbante vermelho na cabeça e roupas vistosas. Ele sorri de forma brincalhona e Ídris entra na sala.

Assim que Ídris entra na sala, sente como se um peso enorme houvesse caído sobre suas costas. Toda a solenidade, música e importância daquele momento não tinham importância nenhuma perto dos sons que ouvia agora e pareciam soterra-lo.

Eram sons de buzinas, motores e britadeiras. Ídris estava no meio de uma Avenida e alguns carros buzinavam raivosos para ele. Sentia como se tivesse um gozo cortado pela metade, sabia que parecia mais um mendigo maluco do que qualquer outra coisa. Aquilo era triste, triste de um nível quase insustentável e que por mais que lutasse contra isso, algo dizia que era muito mais fácil apenas se deixar levar. Um carro vinha em direção à Idris e tentava freiar antes de atingi-lo. Um outro passava pelo lado xingando enquanto a voz de alguém no sinal gritava: "ALÔ ÁGUA! ALÔ AQUI É ÁGUA!"

OFF: Ídris deve rolar um gatilho de banalidade (Glamour permanente dif. 7). Além disso, deve fazer um teste de destreza + esquiva dif 6 pra não ser atingido.

Idris sorri para o pequeno Eshu, e, como fazia quase tudo na vida, de maneira displicente caninha na direção do mesmo...

*RRRRRRRRR...*

... Idris era abençoado por Atlas, e, talvez apenas por isso tenha conseguido sustentar o peso da Banalidade que o atingia, era como se de repente,  seu corpo lutasse para se mover, como se por um segundo, o mundo tentasse imobiliza-ló, e, não apenas fisicamente., posto que a cacofonia das buzinas e gritos ameaçam espantar para mais longe a verdadeira essência do Eshu...

*MALDIÇÃO!!!*

.. a raiva ajudara-o a manter sua mente sã..

*Onde está o Garo...*

BLAM..

Pena que seu corpo não podia dizer o mesmo..

OFF: Idris absorveu 02 dos 06 de dano pelo atropelamento de Marea.

O carro atingia Ídris que era atropelado pela realidade. Seu ombro bate no para brisa e trinca o vidro do carro.

O taxista sai do veículo preocupado, mas ao ver a aparência de Ídris, sua postura muda:

" - PUTA QUE PARIU! QUE MERDA VOCÊ TÁ FAZENDO? DE ONDE VOCÊ VEIO?"

O homem de meia idade, suado, com um cigarro em uma das mãos, chuta o pneu do próprio carro de raiva e fala:

" - TU TÁ PODENDO ANDAR, Ô BÊBADO? SE PUDER, MELHOR SAIR DAQUI ANTES QUE EU MUDE DE IDEIA."

Ele levanta um pouco a camisa mostrando o cabo de uma pistola. Ídris então sente algo e vê o menino, a alguns metros de onde estava virando a esquina e entrando em uma das ruas perpendiculares e mais arborizadas à avenida que estava. O homem continuava reclamando:

" - ERA SÓ O QUE FALTAVA MESMO.. QUANDO NÃO É UBER É A PORRA DESSES DROGADOS.. O CIDADÃO DE BEM NÃO TEM SOSSEGO MESMO.."

Ele pega o celular e tentava ligar para alguém.

*QUE MERDA.. QUEM?*

Os pensamentos do Eshu, agora não mais tão embotados pelas brumas, transbordava de dor e fúria..

*QUEM ESSA BOSTA PENSA QUE É?*

..o olhar do Wylder fuzilava seu agressor, e, quando o Eshu pensa em trazer a justa retribuição, ele vê, com o canto de olho a criança se esgueirando para um beco..

*Eu não serei Juca... Não lhe tomarei o que não me pertence..*

..Mas o ódio ainda estava ali, a vontade ainda estava ali..

*Vá...*

.. Ele não sabia se dizia ao taxista ou a sí, mas, por fim, acabou se escutando.

Caminhando com certa dificuldade, tateando o ombro, Idris sai caminhando na direção do Beco, sem tirar os olhos dos olhos do taxista até que a manutenção do contato visual seja impraticável, ao fim, procura por Paka antes de adentrar o Beco no qual a criança havia se refugiado.

Em um segundo Ídris caía de um grande filho dos Orixás para um mendigo atropelado, isso tinha um gosto muito amargo. O Eshu sentia seu ombro deslocado e sentia bastante dor em sua cabeça, sabia que estava sangrando um pouco também. Não tinha tomado banho, então apesar de seu cheiro quimérico ser de essências e especiarias, seu cheiro outonal era azedo e fedido, apesar de usar roupas quiméricas vistosas, práticas e imponentes, sua aparência humana era bastante suja e um pouco rasgada.

O Eshu segue o menino que entrava em uma das ruas mais arborizadas, ele vira em um beco sem saída e Ídris vai atrás, o menino então se virava para Ídris, que podia notar uma aura de glamour em volta da criança.. O espaço dessa aura um azul escuro do céu noturno com estrelas. A aura era bastante instável e serpenteava ao redor da criança, algumas vezes, essa aura criava pequenas quimeras, que surgiam e alguns segundos depois desapareciam. Eram às vezes pequenos insetos, às vezes pequenos répteis.

Ele não parecia assustado, na verdade ele parecia observar curioso para as quimeras que eram criadas. O menino pergunta:

" - Você tá vendo isso também? Porque eles morrem tão rápido?"

OFF: Ídris pode fazer um teste de int + greymare (dif 6)

Idris dificilmente ficava de mau humor, mas, quebrado, surrado e diminuído faziam muito bem o trabalho..

Caminhando rapidamente atrás do Garoto, Idris se demora apenas um segundo, percebendo que uma tampa de um lixeiro, que repousava perfeitamente sobre o lixeiro em sí, estava tão descontente quanto ele..

"-Um minuto querida.." - E, rapidamente retirando-a de lá, coloca-a entre os galhos de uma baixa arvore próxima... "-Pronto, não precisamos que ambos os nossos dias sejam uma merda..."

..E continua até encontrar a criança, e, tal e qual seu momento era singular, em seu atual estado de espírito, o daquela criança era talvez, a única coisa que de maneira irresistível pudesse alegrá-lo.

*A DANÇA*

.. quando o Eshu repousa os olhos sobre o garoto ele imediatamente percebe o que ocorria ali, aquele ser estava prestes a de fato nascer, muito perto, e, como todo nascimento, era algo que atraía o amor dos seus e o instinto de oportunidade dos predadores..

"-Eles não morrem pequeno.. - Idris usava um tom de voz calculadamente carismatico - .. Eles apenas estão indo e vindo... Alguns.. - Ele aponta para Pakas - .. Alguns decidem ficar, tudo depende de nós.."

Ele sorri seu carismático sorriso..

"-Eu me chamo Idris pequeno, e, posso dizer, já passei pela mesma coisa que passou, agora, e antes, a diferença é que passei só, e você agora tem um amigo.. Me diga suas dúvidas e eu a todas responderei de maneira honesta.."

A expressão muda um pouco para confusão e ele fala:

" - Mas.. eu não tava aqui, eu tava no terreiro com o meu pai.. A moça bonita me chamou para entrar e eu fui.. Ela mandou eu entrar na sala e agora eu tô aqui.. Você sabe o que tá acontecendo comigo? Porque eu tô com tanta vontade de correr?"

Ídris nota que os pés do menino balançavam como se quisesse sair dali. O menino então olha para cima e pergunta:

" - Quem são eles?"

Ídris olha para cima, estava em um beco com alguns prédios baixos ao redor. No alto do prédio, na beirada, o Eshu nota umas 4 quimeras que o olhavam para o menino sedentas. Escuta um barulho vindo de trás e vê mais duas que ignoravam Ídris e olhavam para o menino.

Quimeras no alto do prédio:


Quimeras atrás de Ídris:

“O destino é inexorável” Idris havia escutado isso incontáveis vezes, em suas incontáveis vidas, e, incontáveis vezes duvidou da frase, porém, incontáveis vezes mais está, ele sorria quando se provava errado..

* Wyrd bið ful ãræd*

.. mesmos sem seu colar de contas, como esquecer do garoto que um dia fora, correndo pelas ruas do Cairo, em uma carreira tão desabalada que esqueceu-se de quem era apenas para descobrir sua real identidade, o garoto que fora Elba, se tornara, em sua corrida, o grão que sonhava ser nuvem, o qual muitos, hoje, chamam de Idris.

*Porque..*

O pensamento vem antes da palavra, o descontentamento, antes da ação..

*Eu queria ter mais tempo...eu MEREÇO MAIS TEMPO*

Cansado e irritado de ter aquele momento tão sublime interrompido, ele diz com seu sorriso agora imbuído do carisma de um príncipe galante...

“-Você quer correr porque nasceu para isso pequeno, assim como eu.. - ele faz um gesto displicente para as quimeras - .. aquilo é o que a inveja do mundo caçando-o pelo o que você será pequeno, mas, eu não estou aqui para poda-lo, corra, corra comigo para o terreiro, se lembrar onde fica, ou, corra para onde quiser, grite para o vento e ele se afugentara, grite para a terra e ela irá ser um tapete sobre seus pés, grite para a água e você caminhará sobre ela, e grite PELO fogo, pois nós somos seus amigos, e ele ardera em nosso peito para que sejamos imparáveis, então, agora... CORRAAAAAAAAAAAA!”

Idris emite um gutural grito ao final de sua palavra, remetendo aos antigos gritos de guerra Iorubá...

*Corra até achar o que quer ser e deixe o resto comigo..*

Idris era um Eshu, e, aquela criança também, logo, seus pés sempre encontrariam o caminho..

OFF: Idris vai começar o bunk para usar Wayfarer com fae...

O menino escutava o que Ídris falava e a cada palavra os pés do menino se agitavam ainda mais, ele se mexia como um pequeno animal acuado, ele falava enquanto isso junto com Ídris:

"- Eu lembro, eu acho que lembro! Um Elegbara, já fui velho, já fui jovem, agora sou Erê de novo!"

Quando Ídris dá o último comando o menino responde:

" - Então vamos correr!!"

Ele dá uma disparada em direção à Ídris, com o movimento repentino, as quimeras que estavam no alto do prédio partem para o ataque descendo em direção ao menino.

OFF: 1 turno para as quimeras aladas atacarem.

*ISSO GAROTO... O ERÊ, o ponto no meio do caminho..*

Sentindo as memórias do garoto lutarem para voltar, Idris sente a adrenalina, que, naquele momento, ganha forma com o glamour que se agitava a sua volta, e, tão logo o garoto começa a correr, Idris modifica o grito que gorgolejava, fazendo-o reverberar nas paredes do banal...

"-IIIIIHAAAAAAA...."

.. Mesmo ferido, mesmo fraco e, ainda que naquela situação deplorável, Idris era amado pelo sonhar, e, com felicidade vê o mundo desacelerar sobre si..

"-VAMOS PAKAS..."

Correndo como se fosse empurrado pelo vento e impulsionado pelo chão, Idris rapidamente chega até o pequeno e diz..

"-Corra pequeno, corra para o terreiro, lar e solo de nossos ancestrais, lá é onde estaremos seguros, lá é onde você encontrará todas as respostas!"

Ao que o pequeno, embalado pela arte do Eshu retruca..

"-Mas eu não sei nem aonde eu tô, fui com meu pai!"

Ainda sorrindo aquele onipresente sorriso, o Wylder treplica..

"Pois mentalize o lugar que quer chegar e não pare de correr até encontrá-lo, esse é seu direito de nascença.." - enquanto passava por ele Idris empoleira Pakas no ombro do Infante.. "-Ele vai lhe acompanhar"

"-Ta bom" - E continua correndo

.. Permanecendo sempre um pouco atrás da criança que corria, Idris não podia deixar de notar a alusão da corrida, o espírito corria para sair da crisálida, assim como eles corriam para o desconhecido, Idris tinha pena de ambos..

Virando-se rapidamente para um prédio abandonado, aquele no Erê fala..

"-por aqui!" - e entra de repente no prédio

OFF: Dois sucessos para quicksilver (Utilizando Fae, Time e Scene). -1 de glamour, -1 de FDV, Idris e a criança permanecem por 03 turnos com três ações por turno. Um ja foi.

As quimeras seguiam os Eshus que pareciam ganhar um pouco mais de espaço e distância deles, mas o farol de Glamour que o menino era não deixaria eles perderem o rastro, aquilo estava muito claro.

O menino entra no prédio abandonado e a uma velocidade impressionante sobe os 4 andares, Idris tentava acompanhar mas os ferimentos doíam e acaba tomando uma certa distância.

O 4o andar era o alto do prédio, uma espaço aberto com uma pequena mureta. O garoto estava no alto da mureta, quando ele vê Idris ele aponta e fala:

" - É pra lá, mas eu achei que era pra vir por aqui, acho que me perdi!

O prédio mais próximo era a uns 10 metros de distância e com certeza a queda dali seria fatal. Ao longe, as quimeras vinham seguindo eles.