Pegadas derretidas na Areia

Arianna falava, mas visivelmente estava abatida. A permanência no Sonhar parecia lhe cobrar o preço. Teriam eles o mesmo destino?

*Não pode ser possível... tem que ter um jeito de sair desse mundo branco...*

Como se já não bastasse todo o problema que já tinha - porque pouco problema sempre é pouco! - uma das Quimeras se multiplica, tal qual uma bactéria. Agora o problema ganhava mais um companheiro para infernizar a Mixórdia Pés-Escuros. Evony, como sempre, se prontificava a dar ordens. Guardaria Arianna, que estava impossibilitada, enquanto eles seriam a defesa. Era isso! Não resolveriam nada se não resolvessem aquele problema primeiro.

Íkkarus olha de lado e vê o Eshu verter sangue de seu braço, floreando a sua prenda com belas palavras. O floreio era mero requinte trovadoresco tão conhecido do seu irmão. Mas o verdadeiro preço escorria em sua pele de ébano, respigando no chão. Sangue. Rubro. Se as fadas temiam o ferro frio, já não era possível dizer o mesmo quanto ao líquido férrico quente que pulsava, recém-colhido da fonte - será mesmo que pulsava? - Naquele mundo esquisito, nada era real. O que importava, entretanto, era o preço. A paga. Idris sempre tinha as ideias mais insanas, mais ariscadas; aquelas que lhe cobravam por vezes preços consideráveis. Mas ele nunca desistia.

*Não é hora para ter medo...*

Íkkarus sempre era sutil, hesitante. Não gostava de correr riscos. As amenidades de sua vida laboral tinha seus riscos, claro, mas o ambiente era sempre perfeitamente controlado! Cada mínimo detalhe pensado, descrito, calculado. Mas já fazia tempo que aquelas amenidades não eram as suas únicas preocupações. A cada nova reunião da Pés-Escuros, o Nocker precisava se provar, sair de talvez uma segunda crisálida. Talvez estivesse na hora de desabrochar, de fato, de doar-se tão quanto o seu honrado companheiro o fazia.

*Morte antes da desonra...*

O Nocker, então, deixa fluir o Glamour de seu corpo. Ele também estava exausto, já não havia nada para doar de si. Tinha esgotado tudo que tinha, e por demérito seu, havia falhado. Agora todos estavam ali, ainda em risco! As crianças estavam perdidas e só o Sonhar havia de saber o que estavam fazendo. Sozinhas. No mundo banal. E o Nocker se culpa com isso e era essa culpa que arrancava de dentro dele parte de sua essência. Aquela essência que era inerente a todo Kithain. Ele sente algo fisgar dentro de si, como se um anzol se encravasse em sua pele e a arrancasse com força. Não era pele que saia, mas o próprio Glamour. Após a dor... prazer... o Glamour arrancado preenche seu corpo. Mas por pouco tempo.

'- Pepe, me siga... precisarei de ti para enfrentar os inimigos...'

Convocando o amigo, o Nocker retira do bolso de seu macacão uma chave de fenda. Ele não era tão afeiçoado a agir contra criaturas do Sonhar, então ele precisava desprender grande carga de sua energia para fazer com que suas Artes tivessem efeito naquelas criaturas. A mão que empunhava a arma tremia, tamanha era a energia concentrada em sua ponta. Ele conseguia sentir o Glamour se escapulindo, mas antes que algo do tipo ocorresse, ele abaixa seu torso e finca a ponta da chave de fenda no chão branco. Ao menos no que ele imaginava ser o chão daquele local. Ele ergue o rosto, encarando com desgosto as cinco criaturas, correndo enquanto riscava o chão com a chave. Era como se riscasse Era como se a ponta, repleta de Glamour, se tornasse clorato de potássio, enquanto o chão fazia as vezes da superfície de vidro em pó e fósforo vermelho, contida nas caixas de palitos de fósforo.

'- AAAAAAAAAAA....'

Ele corria. Desposado de qualquer hesitação ou medo.


OFFGAME: Sir Íkkarus queima 1 pt de Glamour permanente para se abastecer de 4 pts de Glamour.
Sir Íkkarus prepara bunk 2 para utilizar de Primal 2.

Arianna era uma guerreira e sua força sempre foi inegável.

Mas dentro do repentino reagrupar da Mixórdia naquele ponto dentro de um lugar onde nenhum deles sabia ao certo se sairia...

*Ela se permite ser frágil...*

E na fragilidade, a Condessa se propõe a protegê-la.

É muito complicado quando nos colocamos em situações onde não temos mais nada a perder ali. Talvez ainda mais complicado quando achamos que perdemos para sempre algo e, do nada, recuperamos.

*E as ordens foram dadas!*

E assim, intenso, como todos os caminhos que ele escolhe percorrer, Idris vai a frente usando-se do próprio sangue como prenda para enfrentar as criaturas.

Em seu encalço ia Íkkarus. O Nocker estava esgotado. Sua aventura o havia consumido. Nesse momento desesperado, ele sacrifica de si a energia que faz dele o que ele é.  Com isso se prepara pra atacar as criaturas junto com o Pepe, sua quimera. De uma forma insana e avassaladora ele corre pra cima dos inimigos.

Margarita, que estava entre sua Mixórdia e as criaturas, o vê avançar e suas agora enormes e roliças patinhas de Cabrita passam a correr a sua frente. Pegando impulso no chão, seus grandes olhos cinzentos abaixam colocando os chifres à frente. Nesse ataque seria o chamariz. Para os seus, aríete.

"-  VOCÊS SÃO MEUS, SEUS FEIOSOS!!! AAAAAAAAHHHHHHHHH!!!!!"

A gárgula ainda um tanto confusa se desvia da marrada num salto e, como em uma tourada, a Sátiro continua a avançar na intenção de ultrapassar o grupo.

OFF: Ataque com os chifres. Gárgulas desvia num olé.

Ikkarus faz seu sacrifício, dá as ordens para Pepe e corre riscando a chave de fenda. Enquanto ia o Nocker escuta Pepe respondendo, pela entonação sabia que a quimera estava confusa sobre o que fazer.

" -Wǒ bù míngbái?"

Ariana estava cansada sem dúvidas, mas parecia atenta à batalha e Evony sabia que ela não ficaria ali parada muito tempo.

Enquanto Idris se preparava, Marga toma a dianteira e tenta atacar, passando pelos monstros, um deles se esquiva mas vendo a oportunidade outro a ataca, acertando com garras a Sátiro, porém sua pele não sente o impacto.

Um dos monstros parecia fazer seu corpo inteiro começar a vibrar, enquanto outros dois faziam crescer cascas em todo seu corpo

Off: M1 esquivou, M2 atacou, M3 está vibrando, M4 e M5 criaram uma carapaça pelo corpo. todos que forem participar da batalha rolem iniciativa.

A situação estava colada e Marga atraía a atenção para si, o monstro (M1) que ela havia atacado não ia deixar isso barato e a ataca, estava indo para longe mas não o suficiente para ficar longe dos bichos e suas garras. O ataque atinge Marga, mas realmente ela era mais resistente que o normal. As garras acertam sua pele mas apenas a deixam vermelha sem causar nenhum dano.

Outra quimera (M3) também a ataca, mas agora com seu bico na tentativa de conseguir algum sucesso. Mas a quimera não entendia que se tratava de uma Sátiro e aguentar era seu forte, O bico atinge o braço de Marga mas não a fere.

OFF: M1 e M3 tiveram o dano absorvido por Marga. É a vez da Sátiro.

Margarita avança e os Monstros agora a tinham como alvo. Dois deles a atacam e a Sátiro não desvia, mas a intenção de afastá-los das Nobres e dos seus estava como o esperado.

*Isso, venham em mim!*

Ikkarus e Idris pagavam suas prendas ao Sonhar, então, mantém-se engajada.

Num movimento em meia cambalhota apoia suas mãos no chão voltando na direção da quimera que lhe atacou com as garras.

Aquele corpo pequeno e roliço mais uma vez traía suas intenções. Da mesma forma que não conseguira avançar muito em sua marrada, suas patinhas não alcançam a criatura de forma efetiva.

*Ai, caralho!*

OFF: Marga faz um ataque com um coice, 0 sucessos

Íkkarus seguia riscando o chão, escutando ao fundo a questão de Pepe... a qual ele, obviamente, não entende! Que diabo de língua seria aquela? O Nocker não sabia, nem tinha tempo para descobrir. O Estouvado continua riscando o chão, vendo a Sátiro avançar antes de si e entrar em combate direto com as quimeras. Felizmente, o couro da cabrita era resistente e não parecia se aleijar diante da situação.

Assim, Íkkarus finalmente estava a distância de um toque das criaturas horrendas, tirando finalmente do chão a sua chave de fenda. A ponta da mesma solta uma fagulha luminosa e, instantaneamente, as cinco criaturas pegam fogo. Era possível ver que aquilo afetava-as, mas que era instantâneo. Logo, o fogo apaga, deixando apenas a pele levemente queimada nas quimeras. Nisso, Íkkarus olha para Pepe, tentando sinalizar que era para ele se aproximar. Sem ele, o Estouvado estava completamente exposto.

OFFGAME: 1 de dano em cada uma das cinco Quimeras.

Idris estava irado, estava completamente imerso na furia de seus ancestrais, mas...

*NAO...*

.. eles o haviam escutado, e, decidido o ignorar...

*NAO...*

.. o choque lhe agride mais do que tudo, os sons da batalha se tornam distantes, a certeza de que sua falha com a criança de inverno havia envergonhado sua linhagem real, ele merecia aquilo, ele merecia ser esquecido pelo sonhar até fazer as emendas.

Sua expressão vai de Ira à apatia, fosse para o bem ou para o mal, Idris era emoção, e, naquele momento, elas o abandonavam.

O fogo de Íkkarus atinge todas as quimeras, no momento que o fogo as atinge, o próprio fundo branco que havia ali parecia se agitar como uma folha e por um momento rápido, um breve piscar de olhos estavam novamente no Mundo Outonal, voltando logo em seguida para o fundo branco.

Com a proximidade do Nocker duas das quimeras o atacam. A primeira (M2) tenta o atingir com seu bico com ataque em cheio no meio do corpo do Nocker e abrindo um grande rasgo em seu peito de desenho.

O segundo (M4) também o ataca, agora com garras.

A quimera restante ia em direção à Ídris em um salto e ataca na próxima ação. A quimera que estava vibrando era a que estava atacando Marga, em uma velocidade surpreendente ela toma mais uma ação no turno indo em direção à Condessa, ela teria que passar por Ídris primeiro.

OFF: M2 causou 3 de dano em Ikkarus, Ikkarus absorveu o ataque do M4. Todos ganham 1 de glamour.

A Condessa observava a cena e se mantinha ao lado de Arianna, Idris e Margarita ainda não haviam obtido um nenhum êxito e o Nocker traidor era o único que havia conseguido causar algum dano as criaturas com sua magia de fogo. 

*Será que eu preciso fazer tudo eu mesma?*

Se hesitar a Condessa dá um passo a frente encarando a Quimera que vinha em sua direção. Mesmo sabendo que Idris estava no caminho, Evony decide tomar uma posição um pouco mais ofensiva e dá um  comando ao porco apontando para Quimera: 

"- Hora do Jantar Porco! Devore aquela criatura!" 

Em seguida a Sidhe se concentra e com a sua bela voz começa a vocalizar uma melodia, uma canção para inspirar seus companheiros. 

OFF GAME: Rodada 1 de um Bunk com música para Verão 1.

A quimera (M1) seguia lutando com Marga depois da tentativa do coice, tenta mais uma garrada. Ela fica confusa ao ver que mais uma vez a pele estava impenetrável.

O porco ouvindo as ordens de Evony começa a se adiantar enquanto a quimera (M3) passava próximo à Idris esperando alguma ação.

OFF: Marga absorveu o dano, a quimera M3 nao agiu ainda esperando.

Ikkarus vai em frente em seu ataque. O fogo criado na ponta da ferramenta se espalha pelas 5 quimeras chamuscando a todas e por um instante, o mundo Outonal pisca por trás do Estouvado. Os monstros, por sua vez, não deixariam barato, um deles atacando o Nocker, que leva uma poderosa bicada no peito.

A Sátiro tenta novamente. O golpe, agora certeiro, não surte efeito na criatura. A carapaça dura mal sente o golpe dos cascos rechonchudos das patas da Cabrita.

*Mas que saco!*

As Quimeras começam a se organizar. Duas delas vão na direção de Idris, que após o rompante jazia apático. Aparentemente seu clamor ao Sonhar não fora escutado.

*Não... não! Reaja, viajante!*

A Condessa ordena o porco adiante, e este avança.

"- IDRIS! SE O SONHAR NÃO TE OUVIU, GRITE MAIS ALTO! SE FAÇA ESCUTAR!"

A Condessa então começa a cantar uma canção. E que voz incrível ela tem.

*Não sei o que pretende, Lady Evony... Mas tomara que funcione.*

A Sátiro risca a pata no chão para avançar novamente e se prepara para continuar a batalha.

No instante que a fagulha queima a pela das quimeras, o Nocker sente que algo acontecia. Ele se vê transportado para o Mundo Outonal, mas por breves segundos. Logo, ele estava novamente no mundo de fundo branco, com um passar de folhas, sendo atacado pelas criaturas ardilosas. Ele não tinha o couro grosso, como a Sátiro, aguentando apenas uma parte dos ferimentos. Arfando, sentindo a dor do ferimento em seu peito, ele apenas clama: 

'- Pepe!'

Um grito de socorro era universal. A Quimera havia de se compadecer do amigo ferido. Enquanto isso, ele escuta as palavras da Sátiro ao Eshu, que aparentemente havia falado em sua prenda ao Sonhar. Também escutava uma melodiosa musica sendo cantada pela Condessa, o que demonstrava que a mesma preparava algo. Entretanto, ele ainda estava ali, desprotegido. Precisava fazer algo 

Ikkarus então observa Magdalena avançar sobre os inimigos, lançando-se bravamente contra elas. Eis que uma ideia brota na mente do Nocker. Ele projetava a imagem da Sátiro avançando sobre suas quimeras em sua mente. Ele tenta, precisava que aquilo desse certo. Infelizmente, ele sente que o Sonhar não concederia o seu desejo, deixando ainda exposto aos ataques das bestas medonhas 

OFFGAME: Falha no teste de Legerdemain.

Idris estava apático o suficiente para não notar nada além da própria auto-comiseração...

*PORQUE?*

... ele se auestiomava o porque ele, a realeza do mundo, abençoado pelo sonhar, a voz da liberdade havia sido ignorado, esquecido..

*PORQUE? PORQUE!!!*

... a banalidade, mesmo ali, ameaçava com sua mordida gélida o coração do viajante, quando das sombras profundas em que estava, afundando completamente no seu ser, o grito de Marga ecoa nas paredes do vazio, e, aquele eco trazia a resposta..

*SIM, Eu nao gritei o suficiente, Eu sou Idris SENHOR DO FOGO..*

O pensamento ocorria pela primeira vez ao Eshu, que sempre se retratara como amigo deste, mas, ali, embebido na própria dúvida e afogado nas mágoas acumuladas, Idris assumia completamente seu lado Unseelie!

*SIM!*

Nos olhos do Eshu, apenas uma estrela brilhava...

“-SIM” - A voz era calma, grave, profunda, com a rouquidão dos enforcados..

“SIM!” - A voz ganha potência, enquanto o glamour permanente do Eshu, sua essência era sacrificada ao sonhar, o preço que estava disposto a pagar era alto!

Ele então olha com os negros olhos para as quimeras aí seu redor e diz:

“-QUEIMEM!”

OFF: 01 permanente e dois temporários pontos de glamour foram queimados. Um de pesadelo ganho automático, 04 sucessos na ativação de primal 2. FUDEU LEGAL.

A batalha seguia sem muito sucesso e sem muita esperança para a Mixórdia, Evony começava a cantar e já usava seu glamour em algum tipo de arte.

Ikkarus também falha na sua arte e chama por Pepe para ajudá-lo. O robô acende algumas luzes e vai na direção do Nocker ficando entre ele o monstro que o atacava, falando:

"- Měi dāng wǒ bìxū zuò de yīqiè"

Nisso, o glamour do lugar começava a mudar e Ídris evoca o poder ancestral da Arte de Primórdio.

Assim como os próprios Kithain, as artes, atualmente, eram apenas um pequeno resquício do que haviam sido um dia, o verdadeiro poder e conhecimento sobre elas estavam perdidos pelas brumas. Mas nesse momento, o Eshu a Desencadeava, encarando o poder desconhecido tentando controlar uma força incontrolável.

Diante da ordem: "Queimem!", Ídris levanta sua mão mecânica fazendo com que chamas saíssem dela, primeiro menores, para logo em seguida serem chamas maiores. Labaredas saíam e chicoteavam os inimigos colocando fogo neles e fazendo com que gritassem de agonia. As labaredas iam em direção ao próprio fundo branco que começava a queimar como papel revelando, como em um cenário escondido a realidade do Mundo Outonal, a cena parecia de um filme que a Mixórdia ainda não conseguia entrar, apenas ver.. A nave que estavam antes, bastante destruída, com Fagulha a pilotando, ao lado os outros filhos do inverno. Nyota não estava lá.

As labaredas transformavam os inimigos em cinzas deixando apenas um agonizante e Ídris sentia que tinha conseguindo controlar os elementos e ao ver que os inimigos estavam derrotados era hora de parar. Ao tentar parar, sente o fogo aumentar ainda mais em sua mão, as labaredas aumentavam e tendo já eliminado todos os inimigos se volta contra seu dono. O fogo começa a subir pelo braço de Ídris, depois para metade do seu corpo, chegando finalmente à metade do seu rosto, era uma dor excruciante e o Eshu se ajoelha ao chão, praticamente não era mais desenho visto que agora a Mixórdia voltava a adquirir seu aspecto "normal", apenas alguns poucos traços de desenho ainda restavam.

A dor fazia Ídris se lembrar de outra vida, já que aquilo queimava como as chicotadas no tronco. Evony vê que Ariana parecia maravilhada com aquilo e não faz nada além de olhar como se tivesse vendo a cena mais bonita do mundo. Por fim, o fogo, da mesma forma mágico que surgiu se desfaz, deixando apenas a destruição que tinha causado. Os inimigos mortos, exceto um no chão agonizando e Ídris, com a metade de seu rosto queimada e soltando fumaça e um dos seus olhos completamente branco de cegueira.

OFF: 4 quimeras morreram, 1 esta agonizando. Ídris tomou 6 de dano agravado quimérico e perde 1 de aparência.

A Condessa assiste a exibição de poder do Exu. Era impressionante ver o poder bruto do Fogo reduzir os inimigos a pó. 

O espetáculo se torna ainda mais interessante quando o Exu perde o controle e arde em chamas perdendo um de seus olhos no processo. Arianna parecia maravilhada com aquilo e Evony pensa:

*Esses dois malucos e inconsequentes se merecem... Mas veremos o quando essa chama de paixão dura ou se eles vão se destruir no processo... No que que eu puder ajudar... hahahahahah!*

Vendo que a situação estava parcialmente resolvida e que o próprio plano de fundo do local havia queimado mostrando a realidade outonou com a nave despedaçada e alguns infantes a Condessa para de cantar e fala para sua Quimera enquanto aponta para o inimigo que agonizava:

"- Hora do Jantar Porco! Espero que goste de carne bem passada!"

Idris, quando emite seu comando ao sonhar, havia aberto uma porta cujo o outro lado nada brilhava, apenas a escuridão do desconhecido, , contento todas as maravilhas e perigos inerente ao que um dia o glamour fora, porém, naquele momento, Eshu só tinha olhos para sua hubris..

*SIM..*

.. ele assistia extasiado enquanto o fogo lhe obedecia, enquanto reduziam ao nada merecido aqueles que haviam interrompido o momento mais sublime desta vida de Idris...

*Você eu lidarei pessoalmente...*

.. quando apenas uma das quimeras ainda existe, Idris começava a conter o poder do fogo..

*NÃO.. NÃO... AAAARRHHGG*

...em tudo havia um preço, mas, o maior deles era o da inconsequência.

“-NÃO... NÃO... AAAAAAAAAAAAA”

A dor levava os pensamentos à boca na mesma velocidade, era um grito de desespero.

*DE NOVO NÃO... Não.. EU NÃO SEREI SUBJULGADO...NÃO UMA SEGUNDA VEZ..*

O açoite lhe queimava a alma, cada milisegundo lhe trazia uma nova morte, uma nova agonia, se casa alma fosse uma estrela, toda uma constelação havia ali perecido antes que o sonhar decidisse que já bastava..

*Porque?*

.. a pergunta era porque o sonhar decidira deixá-lo vivo quando a morte seria uma libertação..

*O QUE?*

.. semi-vivo e semi-consciente, escuta a completa displicência na voz da Condessa, uma vez que o inimigo, tal qual o próprio Eshu,  agonizava ao chão, e, alheia a todos os sacrifícios que foram feitos ali, a Sidhe dava uma ordem inegavelmente baixa..

*A sua mixórdia é a única família que você tem...*

As palavras de sua mãe eram ácido em sua mente, queimavam-lhe, tal e qual o açoite, tal qual o fogo..

*ISSO é uma Nobre?*

Ajoelhado e irremediavelmente machucado, Idris fala com uma voz grave, rouca e arenosa..

“-Ho..you..Houve um tempo, COF COF, que os Sidhe eram conhecidos por sua REAL - O esforço da entonação fazia o Eshu engasgar -  real nobreza, dispensando recompensas e ca.. castigos com a retidão daqueles que nasceram para reinar... - Ele para, meio engasgando meio tentando juntar saliva o suficiente - ... mas esse sonho não foi o que lhe fez nas.. nascer Evony De Eliuned - Respira profundamente. -..você nasceu da pe...pé.. da pequenez da inveja, da mesquinhez  da menor das criaturas - Um profundo último suspiro - ..eu amaldiçoo o seu nome, nesta, e em todas as minhas vidas..”

O incapacitado Eshu falava tudo enquanto fitava o chão, não mexendo nada mais que seus lábios, pois, tudo que ele era, naquele momento, ardia.

A Condessa escuta o discurso do Eshu e mantém sua expressão impassível. 

*Estaria ele delirando? O Fogo que lhe custou um dos olhos e também o cérebro? Vou deixar passar... Dessa vez...*

A Condessa olha o Eshu no olho e fala: 

"- Descanse Sir Idris. Você está muito ferido, seu esforço foi enorme dado o imenso poder que invocou, você nos livrou de nossos inimigos e por isso eu agradeço."


Sua voz era doce e gentil, mas era tudo parte do seu plano. Se dependesse de Evony ninguém sairia impune.

O Nocker ouve o seu companheiro se aproximar e interpor-se entre ele e as abomináveis quimeras, entretanto os gritos de Idris o chamam atenção, fazendo com que os olhos amarelados de Íkkarus voltassem para o companheiro. O pedido do Eshu ao Sonhar é atendido e labaredas surgem de suas mãos, fluindo até os inimigos. O Estouvado chega a agarrar sua Quimera, indo ao chão com a mesma a fim de fugir da voracidade das chamas. Olhando por cima, ele via o fundo branco queimar junto com as criaturas, revelando parte do que ocorria do Mundo Outonal.

*Fagulha!*

Já sem Nyota, a Infante dirigia a nave, que se mostrava mais debilitada. A culpa preenche novamente o coração do Nocker, mas que não tem tempo de lamuriar-se, visto um novo grito de Idris chama sua atenção. O fogo havia se voltado contra o conjurador, queimando-o, agora prostrado no chão. Nesse momento, a Condessa, que guardava ainda Arianna e já não cantava mais, manda seu porco lançar-se contra o último inimigo, que agora agonizava, queimado.

*NOSSA!*

O Nocker sente um tremor na espinha, erguendo-se do chão e correndo até o Eshu para ajudá-lo - como se ele pudesse fazer algo contra os ferimentos que recobriam agora seu corpo. Entretanto, o Estouvado para no caminho ao escutar as palavras que eram cuspidas da boca do Eshu.... contra a Condessa! Idris parecia desgostoso com o ato da Sidhe, jogando ao chão algumas reflexões sobre a realeza e amaldiçoando-a. A Sidhe, entretanto, tem uma reação totalmente avessa àquilo que lhe era jogado sem hesitação. Ela se compadece do Eshu, aproximando-se do mesmo.

O Nocker então termina o trajeto se aproximando finalmente de Idris, falando:

'- Descanse, amigo... nós iremos arranjar um jeito de sair daqui... aparentemente, você conseguiu abrir um rasgo entre o local que estamos e o outro lado....'

O Nocker olha para o rasgo, no qual via os Infantes apreensivos, viajando numa nave que não duraria muito tempo. Eles precisavam correr.

Ikkarus apela proteção à Pepe. O Nocker parecia bastante ferido. A música da Condessa embala o combate fazendo tudo passar a uma velocidade diferente aos olhos de Marga.

À frente de lady Evony e da Sidhe de cabelos dourados o Eshu se ergue novamente. Em seus grandes olhos de constelação, tudo aparentemente havia implodido na escuridão de um buraco negro.

*Não... aquilo não são buracos negros...*

Idris, assim como Ikkarus, sacrificava sua essência. No sacrifício, a arte explodia e, num pequeno segundo entre uma nota e outra da canção interpretada pela Sidhe, no exato instante que o ar entra por seus pulmões em busca da próxima nota perfeita...

...silêncio.

    "- QUEIMEM!"

A energia acumulada no buraco negro que se refletia nos olhos de Idris explode através dos dedos metálicos do viajante num pequeno Big Bang.

*Fotiá...*

A canção retorna. Lady Arianna estava hipnotizada com as chamas criadas pelo Eshu. As Quimeras foram subjugadas, sucumbiam ao poder daquela arte e se tornavam cinzas, restando apenas uma agora que se debatia, agonizando em sofrimento. Tudo ardia em chamas revelando o mundo Outonal novamente e Margarita agora vê novamente as crias do Inverno.

Volta a respirar.

*Ca...ralho...*

Ao olhar novamente para o Eshu, Margarita arregala os olhos. O fogo não havia parado. Ele agora se voltava contra quem o ousava controlar e cobrava seu preço pela obediência. Um preço bem caro.

"- IDRIS!!!"

A música cessa, agora por completo. Após o grito de dor, o som das chamas sobe junto ao cheiro de carne queimada. Ao comando da Condessa Eiluned para sua própria quimera, o gigante ébano começa a fraquejar...

*Não... mais um não!*

...porém não se entrega antes de cuspir à bela de cabelos negros suas próprias verdades.

A verdade dOs Desbocados.

*Precisamos de líderes que sangrem conosco...*

Amaldiçoa a Nobre Condessa e desfalece no chão. Esta, impávida, considera tal praga o desvario de um moribundo e sem revolta, apenas o agradece pelos feitos.

O Nocker vai até Idris. A Sátiro também avança rapidamente em seu auxílio. Olha para as Sidhe por uma fração de segundo e se põe à ajudar seu amigo inconsciente. Vendo o esforço de Ikkarus que estava bastante debilitado ela mesma ergue o Eshu.

"- Eu levo ele. Fagulha deve estar pilotando, tente entrar em contato com a Nave ou veja se Pepe consegue. Traga os filhos do Inverno para junto e vamos sair daqui"

Olha em volta agora tentando entender onde era o "aqui".

O porco avançava em direção ao último monstro agonizante e com um grande golpe de suas presas, mata a quimera, rompendo assim o último fio que os prendia ali. Os últimos fundos brancos viram papel queimado e e a realidade do mundo outonal que aparecia como num filme é tragada para perto da mixórdia, que agora se encontrava novamente dentro da nave.

Evony e Ariana também estavam agora na nave e Fagulha gritava para Íkkarus:

" - PRA ONDE VOCÊ FOI SEU MENTECAPTO?? ME AJUDA SIR IBBARUS!!"

A pequena Sátiro corre em direção à Marga e dá um abraço, tinha os olhos cheio de lágrimas.

" - Achei que tinha me deixado aqui!"

Já o pequeno Erê corria em direção à Ídris, se ajoelhava na sua frente e estica a mão curioso, chegando perto do ferimento de Ídris:

" - Tá doendo?"

Ariana via aquela cena e estava parada ao lado de Evony, ela diz:

" - Condessa, o que aconteceu na minha ausência? Quem são esses infantes?"

Ela não tinha como saber que a Baronesa agora era Condessa, porém o Sonhar não permitiria uma falta de etiqueta dessas vindo da Nobreza e ela reconhecia o título sem nem mesmo perceber. A Fiona ainda tinha um olhar bastante distante, obviamente estar naquele lugar que esteve, cobrava um preço

A nave se mexia e parecia em rota de queda, Ídris, Ikkarus e Marga reconheciam a direção que a nave estava indo e caindo, para o Campus da UFRJ, onde ficava seu freehold.

Antes que pudesse responder Margarita, a Mixórdia finalmente reaparece na nave, dentro da situação que conseguiam visualizar. Ele olha para Idris e Marga ao perceber que estavam numa rota em direção a UFRJ.

*Ao menos podemos ir pro freehold...*


Entretanto, eles precisavam aterrisar... e tudo indicava que a queda seria feia. Fagulha tentava fazer guiar a nave desgovernada, tentando fazer o pouso forçado. Íkkarus corre em sua direção, tentando auxiliá-la. Ele toma o volante nas suas mãos, tentando auxiliá-la a direcionar a nave para um pouso seguro. Sem sucesso. Tudo parecia emperrado e sequer se movimenta. Ele não tinha tempo para tentar nada elaborado e a munheca parecia ser a única forma. Mesmo com todo o resto do fiapo de sua força, o Nocker não tinha habilidade para aquilo. Esgotado, ele apenas grita:

'- MARGARITA, PEPE! ALGUÉM ME AJUDE!'


OFFGAME: Falha no teste de Condução, dif. 8.

A Condessa assistia ao fim da estranha cena que acabavam de viver. O Porco destruía a última quimera enquanto Margarita e Ikkarus ajudavam o Eshu. Arianna para variar não fazia nada de útil. 

Com a morte da última quimera, aquela ligação com o estranho espaço que estavam é desfeita e a nave que antes era uma visão distante, como um filme se aproxima repentinamente até que a Mixórdia se encontrasse dentro da dela com os infantes, até então desconhecidos da Condessa, a exceção da jovem sátiro vizinha do Conde de Rodiart. 

As Crianças estavam assustadas, Ídris estava inconsciente carregado por Maragarita, Íkkarus tentava parar a nave sem sucesso enquanto gritava por socorro e Arianna não entendia nada e perguntava para Evony o que estava acontecendo e quem eram aquelas crianças. 

Evony ao lado de seu fiel Porco olhava para a Mixórdia e para a morte eminente de todos enquanto a nave se desmanchava e entrava em rota de colisão com o chão.  

*Eu não gosto de nenhum deles mas eles são a minha mixórdia e estão sob o meu comando e eu não falharei, mesmo que eles não mereçam.* 

O Ato de Evony estabelecer no fundo de sua mente a sua liderança e seus liderados entra em sintonia com a sua razão de existir, com o seu legado e com seu papel dado pelo sonhar.

Os Sidhe são os sonhos de nobreza e comando. A eles era confiada a vida e o destino de todos os Kithains e a Condessa de Eiluned não falharia ali. 

A Condessa se concentra abrindo a sua conexão com o sonhar e desprendendo uma enorme quantidade de glamour. A Bela nobre levita enquanto seus olhos verdes brilham como o fogo de um lumeeira que dá glamour e poder a um freehold. 

Pensando a todo momento na segurança de todos, em especial dos infantes a Sidhe usa de sua conexão com a arte da soberania e empoderada pelo próprio Sonhar comanda não apenas a nave, mas a própria realidade. 

Sua voz já belíssima, agora tem um tom definitivo e sobrenatural. Sua imagem cresce e as sombras lhe dão um ar magnânimo e assustador. Como uma rainha feiticeira, uma deusa em seu estado natural, sua beleza ampliada ao ponto de ser doloroso olhar para ela, a Sidhe emite um poderoso comando que ressoa por toda a nave: 



"- PROTEJA A TRIPULAÇÃO."


O fogo esverdeado dos seus olhos se espalha por todo o seu corpo como uma fênix e ela aponta para nave que começa a quebrar contorcer e reformar criando assentos e cintos de segurança, diminuindo de tamanho e colocando camadas extras de metal para absorver o impacto da nave contra o solo. 

Todos são envolvidos por tirar de metal, cabos e outros materiais. As Crianças de maneira um pouco mais confortáveis e a mixórdia com amarras um pouco mais justas demonstrando que Evony não havia exatamente perdoado as últimas transgressões. 

O Fogo verde se espalha pela nave que pousa em segurança sem que nenhum dos presentes se machuque. A nave começa a se despedaçar liberando a todos enquanto uma nuvem de poeira os impede de perceber exatamente ao haviam pousado. 

Era um dia de grandes feitos para mixórdia dos Pés Escuros.

Quando Porco termina com a agonia da última Quimera, o mundo Outonal, que parecia tão distante se torna concreto à volta da Mixórdia.

Concreto era uma maneira de dizer. A Nave se despedaçava cada vez mais e os Infantes fizeram o que puderam.

Fagulha pragueja contra Ikkarus e a jovem Blitz em lágrimas, corria para seus braços.

"- Eu não lhe trouxe a bordo pra lhe abandonar aqui. Eu nunca faria isso, pequena!"

Com um dos braços vai apoiando o Eshu, enquanto com o outro acolhia Blitz num abraço. Ao aproximar do jovem, Marga responde.

"- Vamos cuidar dele. Ele é forte. Vai ficar bem."

Levanta um pouco a voz para ser escutada pelos infantes.

"- Vocês conseguiram segurar o tranco! Estou orgulhosa de vocês!"

Enquanto falava reconhecia onde a nave cairia.

*Nosso Freehold!*

Ikkarus também entende e se adianta a pilotar a nave. Aparentemente daria certo. Um pouco forçado, mas as Sátiros aguentariam o tranco. Sua preocupação eram os outros todos.

*Ai ai ai, caramba....*

Porém, o Nocker tenta mexer e nada acontece. Os grandes olhos cinzentos se arregalavam ao escutar os gritos de ajuda do Estouvado.

*Agora nós vamos...*

O pensamento engasga em sua mente. Seus braços apertam em volta do Viajante ferido e da menina. Uma atitude instintiva de tentar protegê-los, mas que Marga no fundo sabia ser completamente inútil.

Ante a impotência da Cabrita, naquele momento onde tudo parecia perdido, Lady Evony começa a brilhar. A bela Sidhe de cabelos negros impõe sua vontade para com a nave, que sem opção, cede à sua ordem.

*Pelo Sonhar....*

A nave protege de todas as formas possíveis os tripulantes, sacrificando seus pedaços na queda. Ao pouso forçado que liberta a todos das poderosas amarras, a Sátiro olha em volta e seus olhos doem ao encarar a Condessa. Sua aura magnífica não se dispersara e ela seria exposta.

Margarita começa a tirar a própria blusa para cobrir a Sidhe, mas somente com aquilo, seria impossível conter tamanha beleza. Seu glamour se desprende em urgência. Seria difícil, mas não havia tempo para prendas. Sua arte esconderia a todos.

*Não por muito tempo...*

"- TIREM A CAMISA E PROTEJAM A CONDESSA! SÓ VAMOS TER UM INSTANTE ANTES QUE TODOS VEJAM QUE ESTAMOS AQUI!"

A Sátiro aperta o passo e sem muita delicadeza, quase como num sequestro, cobre a cabeça da Condessa com sua blusa.

"- VAMOS! TEMOS QUE AGIR JUNTOS E TEM QUE SER AGORA!"

OFF: 1 sucesso em olhos velados. A Mixórdia tem 1 turno antes de ser vista por quem passasse por ali.

O irremediavelmente ferido Eshu, que tivera corpo e espírito machucados escuta, inerte ao que acontecia.

Idris poderia até se mover, mesmo com muita dificuldade, mas, naquele momento, não haviam motivos para nada!

*Tá.. Doendo?*

..As palavras lhe despertam do Torpor, e, tudo que este consegue é olhar para a criança e, com seu único olho, tentar transmitir aquilo que mesmo um Eshu não conseguia achar palavras para..


*Mais do que sua mente pode conceber pequeno..*

.. Tudo acontecia rápido, rápido demais para que Idris viesse a acompanhar, o desespero na voz do Nocker quase faz com que Idris se mecha, mas..

*......*

.. O primeiro movimento, basicamente imperceptível para todos, talvez à exceção da criança que o encarava, Idris sorri.

*Parece que você é capaz de lembrar..*

.. as palavras duras do Eshu parecem ter despertado algo primordial na Condessa de Eliuned, sua beleza vem a tona como o rompimento de uma barragem, e, o espetáculo inicial desta quebra dá lugar a um poder icomensurável, lindo, quase divino, mas, inegavelmente, régio.

*SIM..*

.. o pensamento permeia Idris antes que as tiras de ferro, borracha, couro e afins o envolvam e protejam-nos do pior.

O brilho do Glamour dela chega aos seus olhos antes mesmo da luz do sol, enquanto os gritos de Margarita tomavam o ambiente..

*que roupas?* - Pensa um Idris que só trajava Trapos..

"-Isso pequeno - Ele fala apontando para a Condessa em todo seu esplendor - .. é apenas uma das maravilhas que vai ver se vier comigo.. - Ele da um suspiro cansado enquanto estende a mão - .. O que me diz?" - Idris percebia que conseguia falar e andar melhor no mundo outonal, mas, tudo que ansiava naquele momento, era estar de volta à seu Freehold..

Já era praticamente noite quando a nave caía no campus da UFRJ, alguns alunos andavam por ali, mas como a queda havia sido no gramado, um pouco afastado, não havia uma grande movimentação, apenas alguns alunos indo para outros prédios.

Além disso, a nave caía próximo da entrada do Freehold, um prédio pequeno que tinha um subsolo. Lá embaixo, estava o laboratório de Íkkarus que era onde o Freehold se encontrava.

Ariana tira uma jaqueta que usava e coloca por cima da Condessa falando baixo para ela:

" - Vamos Condessa, os humanos não estão preparados para essa visão.. Obrigada por no salvar."

Mais uma vez o dia acabava e o corpo de todos já pedia descanso. Sentiam fome e sede e as crianças já estavam um pouco lentas, da forma que as crianças ficam quando estão cansadas.

A Mixórdia entram no Freehold e uma sensação de segurança e calma pode ser sentida. Estavam em um refúgio, mesmo Evony e Ariana sabiam que ali estavam protegidas tanto pelo Sonhar quanto pelas leis da Escheat que demandavam ao donos do refúgio oferecer proteção. Ariana olha o lugar com seu salão principal com um grande painel de controle e a Lumeeira no centro, ela se vira para a Mixórdia e fala:

" - Alguém peça uma pizza! "

OFF: Todos recuperam 1 nivel de vitalidade. Dano agravado vai se recuperar na taxa de 1 por dia. Dano comum, 1 por hora.