O Baile de Máscaras

Quando Ídris chega próximo aos Sátiros falando apenas com Alana, eles ficam um pouco agitados e o rodeiam mas não o importunam ainda, seus cascos fazem barulho enquanto o rodeiam devagar. Alana por outro lado dá uma risada, apesar de não ser a mais bela das flores, obviamente valeria a pena cheira-la. Ela se aproxima do Eshu, ficando bem perto do rosto dele com um sorriso, passa um dedo de leve em seu novo braço.

" - Ora ora... se não é o simpático Eshu de outro dia... Ídris seu nome não é? Quer dizer que meu caminhãozinho ganhou um braço de ferro, é isso? " 


Ela se aproxima do ouvido do Eshu e comenta: 


" - Me avisa quando melhorar o que eu quero, só assim pra aguentar. " 



Ela fala isso enquanto aperta de mão cheia o pau de Ídris, ela se afasta devagar com mais uma risada, os sátiros pareciam sérios olhando para o Eshu, porém em uma explosão caem na gargalhada. Dante fala para Ídris:



" - Meu amigo... Essa aí tu ia pedir penico viu...  Mas a gente pode se organizar aqui pra você não fazer feio viu! A gente arruma mais uns dois e ela fica feliz."


Todos riem novamente, era diferente e curiosa a forma e liberdade que eles tinham de falar certas coisas que a sociedade julgava "vergonhosa", mesmo  quem estava acostumado com ambientes mais "livres" via algo diferente, não havia nem aquele lampejo de vergonha misturado com culpa ao tocar em assuntos de prazer.

Evony apenas assente com a cabeça para as palavras do Boggan enquanto observa a festa. Os músicos começam a tocar e a Sidhe abre um sincero sorriso. Música era uma das paixões da bela nobre e uma das poucas coisas capazes de tocar seu coração. 

Evony pode ver o Nocker conversando com a estranha boneca de porcelana e o Eshu conversando com a Kinain garçonete em meio aos sátiros que se aglomeravam e faziam a sua própria festa. 

Seus olhos vagueiam por todo o local para então pousarem na Imperatriz e na Condessa Liliane. 

*Vamos entrar nesse jogo também...*

Se dirigindo ao seu acompanhante a Baronesa fala com doçura:

"- Meu querido, se você me der licença eu vou me apresentar a Imperatriz." 

Delicadamente ela retira seu braço e se despede do mafioso caminhando decididamente com todo seu charme e elegância até as duas nobres. A Nobre não interrompe a conversa mas sua presença é impossível de passar desapercebida e na primeira oportunidade que pode ela se apresenta com todo o protocolo e quanto faz uma reverência:

"- Com sua licença Vossa Majestade Imperial, eu gostaria de me apresentar formalmente. Eu sou a Baronesa Evony ap Eiluned, é uma honra finalmente conhecê-la."

A Baronesa faz movimentos graciosos e sua voz belíssima é quase hipnótica. Seu olhar é decidido e confiante. 

*É hora do show.*

A reação da Kitain era agradável, ela sorria com sua bela boca, e, com a mesma se aproxima de Idris..

*!!#(*!@#()@#!*(y*

Uma gama de pensamentos sacanas passa pela mente do Eshu em uma velocidade surpreendente, e, a mesma velocidade lhe traz a certeza de que aquela realmente era uma tarefe impossível à suas atuais capacidades.

*Ainda que eu pudesse ser uma maravilhosa chama momentânea..*

Idris era um ser apaixonado pela vida e por todas os nuances da liberdade, porém, odiava ser diminuído, em especial, em frente a uma plateia, porém, antes que seus pensamentos tornem-se tempestuosos, ele percebe que nada ali tinha o condão de envergonhá-lo, era apenas a natureza daquele povo.

"-Depois dessa pegada, se você diz que só mais dois dão conta, eu acredito, e, acrescento, mal posso esperar a hora HAHAHHAHHAHAHA.."

Como um barco que, no último momento recebe a lufada de vento que o retira do caminho das rocha, Idris sentia que seu espírito quase fora de encontro a regiões escuras dele mesmo, mas, agora continuava a velejar para os portos conhecidos.

Aproximando-se de Alana, ele faz uma nova e exagerada mesura..

"-Potentíssima Alana, dona e proprietária do irascível estabelecimento "Bode", permita-me uma pergunta, já que deves conhecer quase tantas delas quanto Najub.. - O Tom do Eshu perde a pilhéria e torna-se mais sério - .. Ofereço uma troca pela resposta, posto que não ignorarei os costumes, mas, gostaria de saber mais.. - Idris aproxima-se muito do rosto da Sátiro, já sentindo seu membro ganhar uma vida em um momento que não deveria, e sussurra-lhe apontando com os olhos para a Redcap que encontrara dias antes - ... Sobre ela.."

A visão das duas Sidhe interagindo era algo que chegava a doer os olhos, belezas totalmente diferentes juntas.

A Imperatriz recebe a Baronesa com um sorriso:

" - Veja só Liliane, vocês andam orientando muito bem os nobres por aqui. Evony ap Eiluned, seu nome já tem circulado em minha Corte, assim como em minha Casa. Muitos falam de você, sempre coisas boas, claro. Inclusive, tenho certeza que você seria de grande utilidade como uma nobre do meu Império, quem sabe até como uma Condessa."

Violeta olha para Ikkarus com seus olhos sem pálpebras e responde:

" - Todos vocês conseguem ver, apenas a Imperatriz resolveu agir. O Inverno realmente está muito próximo e ela está reunindo o máximo de aliados possível para resistir a ele. Os Sonhos estão acabando, até meu povo, que também está dividido pelo mesmo motivo que o de vocês consegue ver isso. Os ventos sopram pedindo mudanças, a terra não as aceita, enquanto o fogo e a água apenas se adaptam a cada situação. No meio de tudo isso, estamos nós, os forjados tentando faze-los se entender."

Fabíola ri ao comentário do Eshu, Alana escuta a pergunta e responde coçando a cabeça:

" - O nome dela é Desdemona, não a conheci pessoalmente, mas já ouvi histórias de que ela andava com os mais antigos por aqui, uma geração anterior à minha e duas a de vocês. Na época que até Dona Antônia e Juca Quebra-Galho eram jovens. Parece que houve alguma grande traição da parte dela naquela época e ela fugiu, ficou anos desaparecida e voltou agora junto com a Imperatriz. É tudo que eu sei. O que vai me dar em troca agora?"

É quase noite, um grupo com três Trolls chega ao baile, eles também portavam máscaras, porém mais simples. Um deles portava um machado grande e bate com o cabo no chão, fazendo um barulho que chama a atenção de todos, ele fala com uma voz grave porém sorridente:

" - Senhores, sou Sir Brokk e em nome do Duque os dou as boas-vindas. Antes de mais nada, temos um motivo de festa para todos nós, temos um membro que terá o seu Dia do Nome na data de hoje! Por favor, venha, seja lá de onde estiver, se apresente à Corte com seu nome e, caso ache digno, um juramento de fidelidade perante o nosso Duque, em troca, ele fará um juramento de proteção à você."

O Troll olha em volta procurando onde pode estar o novo membro.

Evony sorri de maneira radiante aos elogios da Imperatriz. A Vaidosa Sidhe era extremamente suscetível a elogios e pensa:

*Fico feliz que ela já tenha ouvido falar de mim. Agora me pergunto quem falou o que exatamente...*

A Imperatriz deixa no ar a possibilidade de dar um título de Condessa para Evony e ela se esforça arduamente para disfarçar que esse convite mexeu com ela e responde educadamente:


"- Muita me honra que já tenha ouvido falar de mim Sua Majestade Imperial. E me honra mais ainda um convite para servir em sua corte mas eu já fiz meu juramento ao Duque e preciso honrá-lo. Mas acredito que ainda assim possamos trabalhar em prol de nossa comunidade e da união das duas cortes."

A voz da Baronesa era doce e suas palavras fluíam como mel, já seu olhar deixava transparecer um pouco de sua ferocidade e ambição.

Zvenn se aproxima saindo do ambiente mais escuro do salão. Seus trajes não tinham nenhum requinte... uma calça preta velha com um sapato já desbotado e com "boca de jacaré". Máscaras não trazia consigo e seu cabelo tingia-se com tons descoloridos num degradé que ia do amarelo ao branco nas pontas. Os olhos possuíam olheiras profundas contrastando com a cara pálida que a vestia. O paletó por cima da roupa tinha alguns rasgos, poeira e teias de aranha. Seu andar era desengonçado e ele ia olhando todos aqueles novos rostos com curiosidade, mas como lhe faltava carisma, suas expressões pareciam caretas toscas.

'- Er... Er... licença...' - ia pedindo passagem para cumprir com suas obrigações com sussurros quase inaudíveis, porém notáveis.

Seu treinamento havia sido parco, não sabia como lidar com essas situações. Pra quem olhar, o que fazer e pior, não tinha ninguém pra imitar.

*Claro... começar com o pé esquerdo é sua especialidade, Zvenn...*



Ao chegar no centro, visivelmente desconfortável, se apresenta a todos, se curvando:

'- Zvenn Lehmann, o Sussurro das Almas. Um Sluagh a vosso dispor...'

*Será que fiz certo essa porra? E esse juramento, quem é mesmo o Duque... não erra Zvenn, não erra...*


O Sluagh tenta focar em quem, pelo que havia escutado, parecia ser o duque, mas também não tinha escutado nada muito bem direito. Estava mais perdido que cego em tiroteio.

*Preciso limpar as malditas orelhas...* - pensa enquanto se re-posiciona tentando ficar de frente pra quem achava ser o duque e, começa a falar, entoando seu sombrio sussurro:

" - Em nome do Sonhar, Eu Zvenn Lehmann, o Sussurro das Almas, juro a minha lealdade a ti Duque Keldriam de Gwydion. Como o medo que desafia a vontade, como a noite esconde o dia, como a Lua traz luz para a escuridão, sua vontade será minha vontade. A seus comandos, obedecerei; quando você pedir, eu o atenderei. Que a minha servitude lhe traga conhecimentos e que meus conhecimentos de mim se escondam se algum dia eu invocar a sua fúria. Meu coração, minha mente e minhas mãos são suas de agora e até que me liberte desse juramento."

Idris se deliciava com as palavras da sátiro, ela exalava, em seus mínimos movimentos, uma eroticidade que tornava difícil se concentrar...

*Ela em cima de um jumento...*

... mas as informações eram importantes, aparentemente a Redcap informada, era antiga, mais velha que ele, velhos como Juca e D. Antônia, mais velha que sua mãe...

*..Eu começava a chupar do casco do Jumento...*

... O Eshu se pega em uma confusão pessoal, entre a seriedade e a insistente rigidez que sentia entre as pernas..

A interrupção do Troll é providencial para quebrar o encanto e devolver um pouco de Juízo ao desajuizado Wylder!

*Traição...*

"-Nobre Alana, caso seja agora que deseja sua paga, darte-ei o telefone de um ser que pode equiparar-se a sua fome... digamos.. natural.. - O Sorriso era despudorado - .. mas, caso fosse eu a escolher tua paga, obedeceria a antiga lei da surpresa, posto que nenhum valor fora antes combinado, e daria à ti "Aquilo que eu não esperava encontrar" a primeira coisa que cair em minha posse, em razão de meu destino, será tua.."

*???*

Apenas o ouvido treinado de um artista de palco, acostumado a escutar das crítica aos elogios de uma plateia, são capazes de escutar os sussurros de um novo membro do povo belo, bem, até as histórias mais hediondas possuem sua beleza..

Enquanto aguardava a resposta de Alana, Idris aproveita para ver com qual predisposição tanto o duque, quanto a imperatriz reagiriam a uma promessa de lealdade realizada em frente a toda a corte..

Um grupo de Trolls entra bradando e interrompendo a agradável conversa entre a Baronesa e a Imperatriz. Evony disfarça muito bem sua contrariedade mas tem sua curiosidade aguçada quando eles falam que um outro Changeling passou pela crisálida e que agora está pronto para ter o seu dia do nome. 

O Novo Kithain era um Sluagh estranho que se intitula como Sussurro das Almas e Evony sente um pequeno calafrio enquanto se esforça para escutar sua apresentaçao sussurrada. Olhava para ele com curiosidade enquanto ele faz o juramento de vassalagem ao Duque. 

*Ótima oportunidade para medir as reações da Imperatriz...*

As conversas são interrompidas pelo anúncio do Troll sobre o anúncio da apresentação de mais um membro à Corte. O Sluagh se apresenta e faz o juramento de fidelidade ao Duque, que estava de pé. Todos podem sentir uma onda de Glamour saindo do peito de Susssuros das Almas conforme ele falava as palavras, aquela era a garantia de que o Sonhar havia aceitado o juramento. Após o juramento, o Duque fala:

" - Todos nós ficamos felizes de termos mais um valente membro entre nós, você é muito bem vindo entre nós e é minha obrigação protege-lo como meu súdito..."

Ele retira sua espada, aponta para Zven e profere as palavras:

" - Tomo a vós como meu vassalo. Pertenceis a minha casa tanto quanto as próprias pedras. Prometo acolher-vos, guardar-vos e manter-vos. Prometo honrar vossos serviços de acordo com seu mérito e retribuir em espécie vossa lealdade, Como a lua domina o mar, que minha vontade seja a vossa. Prometo, diante de vós, cumprir a Escheat."

Uma nova onda de Glamour sai agora do Sidhe. Estava feito. O Duque segura gentilmente os braços do Sluagh fazendo-o se levantar e diz:

" - Agora você descobrirá seu nome verdadeiro. Lembre-se, seu líderes estão aqui para guia-los e ajudá-los. Aceitamos esse fardo para garantir a segurança de vocês. "

O Duque faz um sinal para o Trevor Olhos-de-Corvo, o Sluagh vai até Sven e entrega uma runa, é um idioma estranho mas instintivamente Sussurros das Almas reconhece e aprende seu verdadeiro nome antigo. Trevor vai até o ouvido do Sluagh e sussurra as seguintes palavras, enquanto finalmente anoitece e as sombras dos dois Sluaghs parecem dançar à luz das tochas que se acendem sozinhas:

" - Esse é o seu nome, apenas seu, de mais ninguém. Quem souber terá poder sobre você. Só o entregue como prova do seu maior afeto e confiança. "

A Runa desaparece da mão de Sven, Trevor se afasta e novamente o Troll fala:

" - Como é tradição, no Dia do seu Nome, lhe entregamos presentes, como estamos em um momento conturbado, não será algo tá incrível como foi um dia, mas espero que isso possa ajudar. "

Ele entrega um saco com três sementes parecidas com girassol dentro, o Troll prossegue:

" - Essas são sementes de um Baobá Verdadeiro. Fui em uma missão tentar conseguir uma muda para nosso reino, ao chegar lá ela estava destruída, algumas sementes restaram, elas estão mortas já mas ainda conservam um pouco do seu poder: Quem a comer ficará invisível por um curto espaço de tempo. São só três, então use com sabedoria."

Conde Rodiart então fala também:

" - Peço que a Mixórdia Pés-Escuros recebe esse novo Kithain em seu círculo."

Por fim, Triny, a Pooka Pássaro vai até o Sluagh e fala apenas ele:

" - Venha, vou te apresentar um deles, parecem que estão muito ocupados. São aqueles três ali, como podem ver, estão descalços conforme manda o regulamento deles, vai entender. Peço então que também deixe seus sapatos comigo para que eu possa apresentá-los devidamente."

Ela abre uma sacola de pano vazia esperando.

Sussurros-das-Almas se surpreende com o Glamour que emana de si durante o juramento mas se esforça para manter a postura. Saiba que havia a nobreza que ligava para isso bem mais do que ele e não queria começar com os dois pés esquerdos. Eis que o Duque tira uma espada. Era uma espada enorme. E devia ser afiada. E, mais ainda, devia doer...

*O que diabos ele quer fazer com essa espada?*

Tortura, Mutilação, diversas forma de dor e pavor passam pela cabeça do Sluagh que sentia a adrenalina do medo tomar conta de si mais uma vez. E aquilo era mais saboroso que todos os quitutes dos boggans juntos! Como aquela sensação breve e apavorante era saborosa. Com a espada apontada para si, Zvenn com olhar fixo no Duque ouvia o juramento do mesmo. E depois da nova onda de Glamour, com ajuda do nobre, se levanta.

É Trevor quem traz o nome para Zvenn. A runa desaparece a tempo apenas dele conseguir ler e gravar em sua memória aquele nome que seguiria perdido, porém, não mais para ele esquecido. Queria saber mais sobre si e procuraria quando tivesse tempo. Recebe com imensa curiosidade as sementes, as guardando em um dos bolsos do velho paletó e dizendo ao Troll:

'- Agradeço e honrarei este presente usando-o com sabedoria.' - sussurra.

Uma Pooka se aproxima para lhe levar a sua Mixórdia. Haveria de ficar descalço e não ligava para isso. Retirava com calma seu sapato que estava bastante gosmento por dentro e o coloca na sacola. Seus pés agora deixavam gosmento o chão onde pisava, fazendo um ruído asqueroso enquanto caminhava com a Pooka...


'- Estou ansioso para conhecê-los...' - sussurra o Sluagh, ainda curioso e perdido diante das incertezas do que estaria por vir na sua vida a partir desse momento.

Triny deixa o Sluagh colocar o sapato na sacola dando uma leve afastada nele, depois o acompanha até a Baronesa. Ela para à sua frente, como se a Imperatriz não estivesse ali e fala:

" - Baronesa, como apresentado, este é Sussurro das Almas e seguindo a orientação do Duque estou lhe entregando para que apresente à Mixórdia de vocês. Ele inclusive se prontificou à também tirar seus sapatos em respeito à promessa de vocês de andaram sempre descalços como sinal da humildade que a Mixórdia possui. Sussurro das Almas, essa é a Baronesa Evony de Eiluned."

Aquele Manequim responde à Ikkarus:

" - Antes de vocês existirem, nós já existimos. Vocês nos chamam de Inanimae. Somos as montanhas, os lagos, os rios, o vento e o fogo. Mas agora somos mais que isso, somos também os forjados. Espíritos que um dia foram da natureza, mas que hoje habitam em itens criados pelos humanos. Venho como representante de alguns deles para falar que apoiamos a Imperatriz."


Ela olha nos olhos de Nocker e continua:


" - Vocês precisam entender os pontos da Imperatriz para fazer o que ela está fazendo. Se não reagirmos agora o Inverno irá chegar e todos nós seremos destruídos. Teremos um mundo cinza e sem sonhos. Ela está reunindo uma coalisão entre todos os seres do Sonhar para trazermos de volta o medo, o pesadelo e o terror. Porém, ao mesmo tempo isso trará a esperança, a reverência e a admiração. Assim os sonhos serão renascidos. Você consegue entender isso? "

Alana olha para o Eshu pensativa e diz:

" - Então temos um trato. A primeira coisa que cair nas suas mãos será minha. E eu fico aqui torcendo pra que seja a Baronesa mais tarde, quando nós agirmos. "

 Ela pega uma das garrafas de vinho que estavam na mesa e bebe pelo gargalo.

A Baronesa observa quando a Pooka odiosa que lhe pregara uma peça mais cedo chega para lhe apresentar o Sluagh e lhe pregou a mesma peça dos sapatos. 

Sorrindo de maneira radiante, a Baronesa cumprimenta o recém chegado com um leve menear de cabeça e curta reverência apropriada para se tratar com alguém de mais baixa posição social que a Baronesa, no caso um plebeu. 

Com uma belíssima voz (Voz do Rouxinol) e de maneira gentil a nobre da Casa Eiluned se manifesta: 

"- Obrigada Triny. Mas aonde estão suas boas maneiras? Sussurro-das-Almas, essas são a Imperatriz do Inverno ap Leanhaun e a Condessa Liliane ap Fiona."

Agora que o Sluagh via de perto podia notar que a belíssima Sidhe, com toda certeza uma das mais belas criaturas que ele jamais encontrou (aparência 7, Beleza Surreal) usava uma máscara com penas de Cisne Negro que definitivamente só poderiam ter vindo do Sonhar Profundo assim como seu vestido que mudava lentamente de cor e e se apegava fielmente a todas as suas curvas. 

A todo momento a belíssima Baronesa dirigia um gentil sorriso ao Sluagh e sua "energia" era radiante (Carisma 5) e absolutamente tudo que ela falava soava de maneira sedutora (Sex Appeal)

A jovem esperaria a reação das outras nobres para continuar.

O Sorriso do Eshu voltava a se iluminar com uma brancura cegante..

*FINALMENTE ALGUÉM LEMBRA-SE DA ANCESTRAL LEI DA SURPRESA..*

.. Sem esperar convite, Idris pega a primeira garrafa que encontra-se ao seu alcance..

"-Ao desconhecido e à sorte.." - Brinda em alto e bom o Wylder, projetando a voz como sabia fazer..

Olhando rapidamente ao redor, Idris decide que, o desconhecido e a aventura eram elementos que este respirava quase que naturalmente, e, não existindo ocasião mais neutra, decide aproximar-se da Redcap mascarada com quem se encontrara dias antes..

"-Desdemona, minha cara, como poderia fazer eu, para conhecer à ti tanto quanto conheces a mim?" - O tom de Idris era jovial e alegre, com a despreocupação concernente aos ignorantes e aos loucos.

A Condessa Liliane sorri:

" - Eu já conheço a Triny, nossa barda maravilhosa!" 


A Imperatriz apenas acena com a cabeça mantendo um sorriso no rosto.

A visão da Redcap já era algo assutadora em si, havia uma aura de psicopatia que mesmo com o rosto escondido pela máscara transparecia. (intimidação 5).

Ela responde:

" - Jure fidelidade a Imperatriz do Inverno, e talvez eu te conte a minha história."

Violeta responde, tentando simular um movimento de exaltação que ainda assim parecia artificial:

" - Ninguém ensinou nada pra vocês? Qualquer coisa que leve os humanos a imaginar e sonhar irá produzir Glamour. O mesmo humano que tem medo, tem a esperança de se livrar do mal que lhe aflige. O mesmo humano que passava fome também orava para nós pedindo nossas bençãos. Vocês, Kithain, se apegaram tanto aos seus corpos humanos que esqueceram tudo que foram um dia. Vocês, assim como nós, foram deuses e demônios. Vocês davam, mas também tiravam, tudo para mantê-los sonhando."

Ela para de falar por alguns segundos e continua:

" - Estamos falando de Invernos diferentes aqui. A Imperatriz representa uma fatia do todo, o ciclo das estações, onde tudo era retirado dos humanos para que eles pudessem imaginar em dias melhores. O que ela quer evitar é o verdadeiro Inverno, o nosso Inverno, que está bem próximo. Quando o Glamour morrerá e a Banalidade tomará enfim conta de tudo, com isso o Sonhar também desaparecerá e nós junto com ele. Consegue entender a importância do que ela tá fazendo?"